Lost cause

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EVA FERRARI

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EVA FERRARI

— Não — respondi finalmente, em um sussurro, como se estivesse testando a mim mesma, e a ela ao mesmo tempo.

Billie sorriu, aquele sorriso de quem sabe exatamente o que está fazendo. Ela tirou a mão de dentro da minha saia, mas não foi embora. Em vez disso, começou a beijar minhas coxas suavemente, cada toque de seus lábios enviando uma onda de eletricidade pelo meu corpo. Eu inclinei um pouco para trás, apoiando minhas mãos na cama, sentindo o coração bater mais rápido a cada movimento dela.

Os olhos de Billie nunca se desviavam dos meus enquanto seus beijos subiam, lentamente, provocando, cada vez mais perto da minha intimidade. A tensão no ar era quase palpável, e eu me sentia presa naquele momento, como se tudo ao redor tivesse desaparecido.

Mas então, de repente, Darvin entrou no quarto com toda a energia de uma criança de 6 anos, a porta batendo contra a parede.

— EVA! — ele gritou, interrompendo tudo. Billie se sentou no chão tão rápido que parecia ter sido empurrada por uma força invisível, enquanto eu me joguei na cama, tentando parecer o mais casual possível.

— Eva... o papai tá chamando a gente pra sair pra jantar... tá tudo bem, irmã? — ele perguntou, com aqueles olhos inocentes, sem ter ideia do que tinha acabado de interromper.

Eu respirei fundo, tentando manter a compostura e sorrir para ele.

— Tá sim, meu príncipe. Diz ao papai que em uma hora estarei pronta.

— Tá bem... — ele respondeu alegremente, e saiu do quarto do mesmo jeito que entrou, com um sorriso despreocupado.

Assim que ele saiu, uma onda de risadas me atingiu. Eu comecei a rir descontroladamente, a tensão do momento anterior sendo substituída por um alívio quase histérico. Billie, por outro lado, não parecia nada feliz. Ela se levantou do chão com uma expressão irritada, ajustando as roupas rapidamente.

— Isso não é engraçado, Eva — disse ela, apontando para o volume óbvio em sua calça, a voz carregada de frustração.

Eu não consegui parar de rir, mesmo vendo o quão irritada ela estava.

— Ah, uma pena pra você... e pra sua mão, que vai ter muito trabalho mais tarde. — Eu disse, ainda rindo, levantando da cama e empurrando Billie em direção à porta. — Agora vaza do meu quarto e vai se arrumar, que vamos sair.

Billie fez uma careta, resmungando algo incompreensível, mas saiu do quarto, claramente contrariada. Antes de fechar a porta, ela me lançou um último olhar, meio irritado, meio divertido.

— Eu vou me vingar, Ferrari. Só espera.

Eu dei de ombros, sorrindo com malícia.

— Estou esperando.

Between walls- BILLIE EILISH G!POnde histórias criam vida. Descubra agora