O Internato Saint Claire era mais do que uma escola para os futuros herdeiros do mundo - era um santuário de luxo e prestígio, onde os filhos e filhas dos mais ricos aprendiam a carregar o peso de seus sobrenomes. Entre eles, estava Eva Ferrari, cuj...
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EVA FERRARI
Acordei de repente com algo molhado batendo na minha cara.
— Eilish, sua puta do caralho! — gritei, me levantando num pulo e jogando a toalha encharcada de volta na cara dela.
Billie riu, segurando a toalha com facilidade e jogando de lado enquanto terminava de abotoar sua camisa social.
— Bom dia pra você também, bebê. Dormiu bem? — ela disse com aquele sorriso provocante que me fazia querer jogá-la pela janela.
— Não me chama de bebê. — resmunguei, revirando os olhos e me arrastando em direção ao banheiro.
— Ah, tá bom então... dragão de cômodo. Melhor assim? — ela falou com uma voz exageradamente doce, acompanhada de um sorriso sarcástico.
Parei na porta do banheiro e me virei com as mãos na cintura. — Eilish, vai se foder. — falei com irritação, mas sabia que isso só alimentava o prazer dela em me provocar.
Ela ergueu as sobrancelhas e deu um passo em minha direção, inclinando a cabeça ligeiramente. — Só se você vier junto, Ferrari. — disse com um brilho nos olhos, me desafiando a reagir.
Respiro fundo, entrando no banheiro e batendo a porta com força, como se isso pudesse afastar a presença irritante dela.
— Você vai quebrar a porta um dia desses, sabia? — ouvi a voz dela do outro lado, abafada pela madeira, mas ainda clara o suficiente para me irritar.
Tentei ignorar, ligando o chuveiro e deixando a água quente escorrer pelo meu corpo, tentando relaxar os músculos tensos pela provocação. Mas mesmo ali, com o som da água caindo, eu ainda conseguia ouvir a voz de Billie em minha cabeça, me provocando.
— Droga, Eilish... — murmurei, esfregando o rosto. Era impossível escapar das provocações dela. O jeito como ela conseguia, logo pela manhã, me fazer perder a paciência era uma habilidade que eu odiava... e de alguma forma, respeitava.
Quando saí do banho, envolta numa toalha, lá estava ela, sentada na cama, olhando para mim como se estivesse esperando pela próxima rodada.
— Ah, a rainha voltou. Agora vai me dar o privilégio da sua companhia ou vai continuar fingindo que me odeia? — ela disse, piscando um olho, claramente se divertindo às minhas custas.
— Eu não finjo que te odeio, Eilish. Eu realmente te odeio. — retruquei, pegando minhas roupas com força e me vestindo rapidamente.
Ela se levantou e começou a caminhar em minha direção, cada passo calculado, como se estivesse sempre no controle da situação.
— Claro que odeia, dragão de cômodo... mas você sabe que adora quando eu tô por perto. — Billie provocou, parando na minha frente, o sorriso no rosto dela era aquele típico que dizia que ela já tinha vencido a discussão.
