O sol se levantava timidamente por trás das montanhas que cercavam Hogwarts, mas para Lanna, o dia começava sem brilho.
Ela acordou com o corpo cansado e a mente pesada, revivendo cada detalhe da noite anterior com uma clareza cruel, Snape, O homem que a havia envolvido em uma tempestade de emoções, que a beijara com uma intensidade avassaladora, agora parecia tratá-la com uma frieza cortante, A sensação de ser usada, descartada, era sufocante, e isso a consumia.Lanna desceu para o café da manhã em silêncio, evitando os olhares curiosos dos colegas.
Sabia que o que havia acontecido entre ela e Snape não era algo de que pudesse falar com ninguém. Estava sozinha, Suas mãos tremiam levemente enquanto mexia na comida, sem apetite, Tudo parecia errado, como se o mundo tivesse perdido o rumo.As aulas passam em um borrão.
Durante as primeiras aulas, Lanna manteve a cabeça baixa, tentando passar despercebida,Mas seus pensamentos estavam longe.
Como Snape poderia tratá-la de uma forma tão íntima e, em seguida, agir como se nada tivesse acontecido? O rosto dele, severo e inexpressivo, assombrava sua mente.
Ela sentia raiva, tristeza e, acima de tudo, confusão. Era como se um buraco negro estivesse sugando toda a sua vontade de lutar, Ela queria chorar, mas sabia que não podia, pelo menos não ali, no meio de todos.O pior veio quando foi a vez da aula de Poções com os Sonserinos.
O coração de Lanna disparou quando entrou na sala de aula, e seus olhos cruzaram com os de Snape por um breve momento, Seu olhar era frio, distante, Ele não era o mesmo homem da noite passada, Seu comportamento, no entanto, logo se revelou ainda mais cruel.A aula de Poções.
Snape iniciou a aula com sua habitual severidade. Ele andava pela sala, os olhos atentos a qualquer erro, pronto para fazer suas críticas habituais. Quando chegou à bancada de Lanna, ele parou, e a atmosfera ao seu redor parecia esfriar.
— Srta. Fhillty — começou ele, o tom de voz carregado de desprezo — parece que a sua capacidade de fazer uma simples poção é tão patética quanto sua habilidade de seguir instruções, Este é o terceiro erro que você comete nesta poção, e estamos apenas no início da aula.
Lanna sentiu um nó na garganta.
Suas mãos tremiam levemente enquanto ela tentava mexer a mistura no caldeirão, Sabia que Snape estava humilhando-a de propósito, mas, dessa vez, não tinha forças para reagir.
Queria gritar, correr dali, mas tudo o que conseguiu fazer foi abaixar a cabeça e continuar mexendo a poção, esperando que ele acabasse logo.Snape continuou apontando seus erros, a cada comentário cortando mais fundo.
Era como se ele quisesse castigá-la pelo que tinha acontecido entre eles, mas não havia dito uma palavra sobre a noite passada.
A aula parecia se arrastar por uma eternidade, Lanna sentia-se à beira das lágrimas, mas não deixaria que elas caíssem, não ali, diante de todos.Foi então que uma voz firme interrompeu a humilhação:
— Professor, isso já passou dos limites. — Era Harry, Ele havia levantado da bancada e olhava diretamente para Snape, com uma expressão de desafio.
Snape estreitou os olhos, surpreso com a ousadia de Potter.
O silêncio que se seguiu foi palpável, e todos os alunos estavam atentos à cena.— E o que exatamente você acha que sabe sobre meus limites, Potter? — respondeu Snape, sua voz mais baixa, carregada de veneno. — Está insinuando que eu sou injusto?
— Não é uma insinuação, é um fato — Harry rebateu, sem hesitar. — A forma como o senhor está tratando Lanna... isso não é certo.
O ciúme se acendeu como um fogo dentro de Snape ao ver Harry segurar a mão de Lanna.
Ele queria explodir, queria arrancar Potter de perto dela, mas sabia que não podia, Não ali, Ele tinha que manter o controle.
Mas por dentro, a raiva queimava, quase insuportável.— Se sente tão confiante assim, Potter? — Snape retrucou, seu tom cortante. — Talvez devesse cuidar de sua própria mediocridade em vez de tentar salvar seus amigos de suas próprias falhas.
Lanna observou em silêncio, ainda sem forças para reagir.
Snape podia ser cruel, mas não podia negar o que sentia quando viu a expressão de dor e ciúmes cruzar seu rosto por um breve momento.
Quando a aula terminou, ela saiu apressada da sala, com Harry, Hermione e Ron logo atrás.Eles saíram dos corredores escuros de Hogwarts, escondidos sob a capa de invisibilidade de Harry.
O ar estava denso e abafado, e o grupo estava inquieto.
Lanna sentia uma estranha mistura de alívio e ansiedade ao estar perto deles, Mesmo sem falar muito, sentia-se menos sozinha.Foram até a cabana de Hagrid, onde se sentaram para conversar.
A companhia deles lhe dava algum conforto, mas seu coração ainda estava inquieto.
A raiva de Snape, a provocação constante de Draco, e as incertezas sobre o futuro estavam todas se acumulando em sua mente.
Mas, antes que pudessem afundar mais em suas conversas, o céu começou a escurecer rapidamente.Nuvens pesadas se aglomeraram sobre a escola, e uma sensação de perigo iminente caiu sobre eles.
O grupo se levantou de repente, com Harry olhando para o castelo com uma expressão preocupada.— Algo está errado — disse ele, com o cenho franzido. — Precisamos voltar.
Eles correram em direção à escola, ainda sob a capa de invisibilidade.
Ao chegarem perto das portas do castelo, viram uma cena que paralisou Lanna: Draco estava no topo da escadaria, segurando a varinha, prestes a lançar o feitiço de morte, O alvo? Dumbledore.— Draco! — Lanna gritou, sem pensar.
O som de sua voz fez Draco parar por um momento. Seus olhos a encontraram, cheios de confusão e medo.
Mas antes que pudesse responder, Bellatrix Lestrange, que estava ao seu lado, riu alto.— Ah, a distração perfeita — disse ela, com desdém. E antes que Lanna pudesse reagir, Bellatrix lançou um feitiço em sua direção, A dor atravessou o corpo de Lanna como uma onda de fogo, e ela caiu no chão, ofegante.
Nesse momento, Snape entrou na cena.
Seu coração gelou ao ver Lanna caída no chão, lutando contra a dor, Mas ele não podia agir como desejava.
Com uma frieza calculada, ordenou rapidamente ao trio de ouro que levassem Lanna para a ala hospitalar.Harry, Hermione e Ron a levantaram e a levaram dali às pressas pois pensavam que Snape iria resolver o que estava acontecendo na escola, enquanto Snape se dirigia para Dumbledore, O rosto do diretor estava sereno, quase como se ele soubesse o que estava por vir.
Snape não hesitou, Com um movimento firme da varinha e uma única palavra — "Avada Kedavra" — ele cumpriu o que havia sido determinado.O corpo de Dumbledore caiu da torre, e o som ecoou por todo o castelo.
Após o ataque, os Comensais da Morte fugiram, e Hogwarts estava em choque.
Snape caminhou de volta para sua sala, seu rosto inexpressivo, como se nada tivesse acontecido.
Mas por dentro, ele estava em pedaços, A imagem de Lanna, caída no chão, o assombrava, O desejo de protegê-la era esmagador, mas ele sabia que, naquele momento, não podia fazer nada por ela.Sentou-se em sua cadeira, sozinho, o silêncio pesando em sua mente.
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Amortentia- Severus Snape
FanfictionSeverus Snape continua como o severo professor de Poções em Hogwarts, enquanto Lanna Fhillty é uma aluna ambiciosa e talentosa da Sonserina, determinada a impressioná-lo. Durante uma aula de Poções, Lanna demonstra um profundo conhecimento e habilid...