Cap.13

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A tensão em Hogwarts havia chegado a um ponto insuportável desde a morte de Dumbledore.
O castelo, que sempre fora um refúgio de segurança para seus alunos, agora parecia um campo de batalha iminente, Corria um rumor sombrio pelos corredores: todos sentiam que algo grande estava prestes a acontecer, mas ninguém sabia exatamente o que ou quando.
Harry, Ron e Hermione andavam lado a lado com Lanna, sua nova aliada, O vínculo que Lanna formara com o trio se fortalecia a cada dia, e ela estava mais envolvida do que nunca nas discussões e preparações que faziam em segredo.

Snape, por outro lado, mantinha-se cada vez mais inquieto, Desde o momento em que a levaram para a ala hospitalar, ele se esforçava para protegê-la da sombra de Voldemort e dos Comensais da Morte, mas sabia que seu papel duplo estava por um fio.
A batalha final estava próxima, e ele temia não conseguir manter Lanna a salvo quando o caos começasse.

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Naquele dia fatídico, todos os alunos e professores foram convocados para o salão principal.
O lugar estava lotado, as conversas sussurradas ecoando pelas paredes de pedra, Minerva McGonagall estava no centro do palco improvisado, tentando acalmar os estudantes e organizá-los, mas havia um clima de desconfiança no ar.
Harry estava sentado ao lado de Hermione e Ron, com Lanna logo atrás, e os três trocavam olhares apreensivos, Algo estava para acontecer, Harry sabia que não era uma simples reunião.

Então, o inesperado ocorreu.

Draco Malfoy, que até então permanecia quieto e taciturno no fundo do salão, levantou-se abruptamente de seu assento, Todos se voltaram para ele, e um silêncio tenso caiu sobre o salão. Draco ergueu a varinha e, com os olhos fervilhando de raiva e fanatismo, gritou:

— Todos vocês que estão do lado errado... vão morrer!

Suas palavras ecoaram como trovões, e o caos explodiu no salão.
Antes que alguém pudesse reagir, o grande portal do salão principal foi arrombado, e Comensais da Morte começaram a invadir o castelo, espalhando medo e destruição.
A sala que antes estava abarrotada de estudantes e professores em pânico rapidamente se transformou em um campo de batalha.

Feitiços voavam de um lado para o outro, luzes de todas as cores preenchendo o ar enquanto os alunos mais preparados, treinados secretamente por Harry, tentavam conter os ataques dos Comensais.
Harry puxou sua varinha e se juntou à luta, gritando ordens para seus colegas, Hermione e Ron estavam ao seu lado, combatendo com uma ferocidade que Lanna nunca havia visto antes.

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Enquanto o caos dominava o salão, Snape avançava por entre a multidão de alunos e Comensais, seus olhos freneticamente procurando por Lanna.
O pânico em sua expressão era visível, embora ele tentasse disfarçar, Ele sabia que Voldemort ordenara que aqueles que não se alinhassem aos seus ideais fossem eliminados.
Lanna, sendo próxima do trio de ouro, estava em perigo imediato.

Ao avistá-la, seu coração disparou, Ela estava sozinha, lutando para se defender de dois Comensais da Morte, sua varinha brandida com determinação, mas Snape via o cansaço em seus olhos.
Ele se apressou, mas antes que pudesse alcançá-la, uma figura sombria surgiu entre eles.

— Ora, ora, quem temos aqui... — Bellatrix Lestrange disse com um sorriso sádico, sua varinha erguida enquanto se aproximava de Lanna. — A jovem garota que atraiu a atenção de dois homens poderosos... que patético.

Lanna estava ofegante, seu corpo cansado da batalha, mas ergueu a varinha para tentar se defender.

Antes que Bellatrix pudesse fazer qualquer movimento, uma figura sombria se colocou entre as duas, Snape, Ele se virou, encarando Bellatrix com um olhar que a fez recuar por um segundo.

— Ela não é sua para tocar, Bellatrix! — rosnou Snape, suas palavras cortantes. — A minha mulher não, vadia!

Bellatrix soltou uma gargalhada desdenhosa, mas seus olhos brilharam com um certo temor.

— Oh, Severus... finalmente se revelando, não é? Sempre tão previsível, Acha mesmo que pode me impedir?

E, com um movimento rápido, Bellatrix lançou um feitiço em sua direção.
Snape aparou o ataque com um reflexo ágil, e a batalha entre os dois começou.
Lanna observava, com a respiração entrecortada, o duelo de magias que acontecia diante de seus olhos. A cada troca de feitiços, faíscas voavam, enchendo o ar com o som de feitiços mortais colidindo.

O duelo foi rápido, intenso, e Snape, movido pela fúria, não deu espaço para Bellatrix continuar.
Com um último movimento, ele ergueu a varinha e, sem hesitar, lançou o feitiço fatal.

— Avada Kedavra!

A luz verde atingiu Bellatrix em cheio, e seu corpo caiu ao chão, sem vida.

Snape respirou fundo, os olhos cheios de ódio e alívio.
Ele se virou rapidamente para Lanna, que ainda estava em choque, e agarrou sua mão.

— Precisamos sair daqui! — disse ele, sua voz urgente.

Eles correram juntos para fora do salão, mas a cena que os aguardava no pátio era ainda pior.
Voldemort estava lá, duelando com Harry, enquanto o céu acima deles parecia se fechar em uma tempestade de trevas.
Comensais da Morte espalhavam-se pelo pátio, e os feitiços rasgavam o ar como tiros de luz.

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Snape soltou a mão de Lanna ao avistar o Lorde das Trevas, sua mente rapidamente entrando em modo de sobrevivência.
Ele sabia que não podia mostrar sua preocupação por Lanna ali, não na frente de Voldemort.

— Severus... — a voz de Voldemort ecoou pelo pátio. Ele estava no meio de seu duelo com Harry, mas seus olhos serpenteantes se voltaram para Snape com uma expressão de desconfiança. — Pensei que estivesse ocupado com outra tarefa, O que faz aqui?

Snape, mantendo a compostura, fez uma pequena reverência.

— Meu Lorde, estou aqui para garantir que tudo saia conforme o planejado — disse Snape, sua voz firme, mas interiormente ele lutava para manter a calma.

Voldemort o observou por um momento, seus olhos escaneando cada movimento de Snape.
Ele então lançou um olhar para Lanna, que estava mais atrás, tentando se esconder no meio da confusão.

— Ah, então é ela... — Voldemort disse lentamente, um sorriso cruel se formando em seus lábios finos. — A garota que causou tanto tumulto, Ela pode ser útil... ou uma pedra no caminho, O que você acha, Severus?

Snape sentiu seu estômago revirar, mas sua expressão permaneceu impassível.

— Ela não é uma ameaça, meu Lorde, Apenas mais uma aluna que foi pega no fogo cruzado — ele disse, tentando desviar a atenção de Lanna.

Voldemort deu uma risada suave, mas perigosa.

— Veremos...

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Enquanto Voldemort voltava sua atenção para Harry, Snape sabia que o tempo estava se esgotando. O caos ao redor deles só aumentava, e ele precisava tirar Lanna de lá o quanto antes.
Mas, por agora, ele tinha que manter sua posição, disfarçar sua preocupação por ela e continuar jogando seu papel no meio da tempestade que se aproximava.

Lanna, por sua vez, sentia o medo crescendo dentro dela.
Ela sabia que, no meio daquele confronto mortal, não havia garantia de sobrevivência para ninguém.

Amortentia- Severus SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora