Cap.14

33 5 0
                                    

O céu acima de Hogwarts estava escuro e pesado, como se o próprio castelo sentisse o peso da batalha final, O chão tremia com o impacto dos feitiços, e os gritos de guerra ecoavam pelos corredores destruídos.
O caos havia tomado conta de tudo, mas no centro dessa tempestade, três figuras se destacavam no pátio principal: Harry Potter, o Escolhido, Voldemort, o Lorde das Trevas, e Severus Snape, que agora lutava entre o papel de traidor e aliado.

Lanna, ofegante, observava tudo à distância, suas mãos tremendo enquanto segurava sua varinha.
Ela havia lutado ao lado do trio de ouro durante toda a noite, enfrentando Comensais da Morte e defendendo os inocentes, mas agora o foco estava em Voldemort, e o que restava de esperança se concentrava no duelo entre Harry e ele.

Snape, até então, havia mantido sua fachada de lealdade a Voldemort, mas o momento da verdade finalmente chegara.
Ele sabia que não poderia mais esconder sua verdadeira intenção, não depois de tudo o que havia acontecido.
Ele lançou um olhar para Lanna, que estava do outro lado do pátio, e viu a determinação em seus olhos, misturada com o medo. Eles tinham que fazer algo.

Harry se movia com agilidade, esquivando-se dos feitiços mortais que Voldemort lançava com desprezo, mas estava ficando sem fôlego.
Ele sabia que sozinho não conseguiria vencer o bruxo mais poderoso do mundo, e o peso da profecia estava sobre seus ombros como nunca antes.

Voldemort rugiu, sua voz sibilante ecoando pelo pátio destruído:

— Você acha que pode me derrotar, Potter? Eu sou imortal! Eu sou a morte encarnada!

Harry, com a varinha erguida, não respondeu de imediato, mas seus olhos mostravam a mesma determinação que sempre tivera.

Lanna percebeu que aquele era o momento. Ela correu em direção a Harry, mas no meio do caminho, Narcisa, que ainda lutava freneticamente, a bloqueou, sua risada insana preenchendo o ar.

— Você, garota! Acha que pode mudar alguma coisa? Acha que pode fazer a diferença? — Narcisa gritava, enquanto lançava um feitiço na direção de Lanna.

Lanna se defendeu habilmente, o som de suas varinhas colidindo ecoando pelo ar.
Snape, observando a luta, não pôde mais ficar de fora. Ele finalmente decidiu fazer sua jogada, Com um movimento rápido de sua varinha, ele lançou um feitiço em Narcisa, empurrando-a para longe de Lanna.

— Chega, Narcisa, Sua loucura acabou. — Snape disse friamente, seus olhos cravados na bruxa insana.

Narcisa o encarou, surpresa com a traição de Snape. Mas antes que ela pudesse reagir, um segundo feitiço a atingiu diretamente no peito.
Lanna, ainda ofegante, observou enquanto Narcisa caía ao chão, finalmente derrotada.

Snape olhou para Lanna e estendeu a mão para ela.

— Agora, vamos terminar isso.

Ela segurou a mão dele e os dois correram em direção a Harry, que ainda estava lutando contra Voldemort.
Os olhos de Voldemort brilharam com um ódio inigualável ao ver Snape ao lado de Harry.

— Traidor! — Voldemort gritou, sua voz cheia de veneno. — Você ousa me trair, Severus? Depois de tudo que fiz por você?

Snape ergueu a cabeça, sem medo, sua varinha firme em sua mão.

— Eu nunca estive verdadeiramente ao seu lado, Tom — ele respondeu, sua voz calma, mas cortante. — Sempre estive lutando pela única coisa que você nunca entenderá: o amor.

Voldemort soltou uma risada cruel e insana.

— Amor? Você acha que o amor pode me derrotar? Você é mais tolo do que eu imaginava, Snape.

Enquanto os dois duelavam verbalmente, Harry percebeu que agora era o momento de atacar.
Ele sentiu a conexão com Voldemort, o laço entre suas varinhas, e sabia que era agora ou nunca.

— Expelliarmus! — Harry gritou com toda a força, enquanto um feitiço de luz vermelha saia de sua varinha, colidindo com o feitiço verde de Voldemort, o Avada Kedavra.

Os feitiços colidiram no ar, e por um momento, parecia que o tempo havia parado, As luzes dos feitiços entrelaçaram-se no ar, criando um brilho intenso.
O poder de Voldemort começava a enfraquecer enquanto a força de Harry aumentava, alimentada pelo amor e pela amizade daqueles que o apoiavam.

Lanna, ao lado de Snape, viu que Harry estava ganhando vantagem, mas sabia que precisavam agir rapidamente, Ela e Snape se aproximaram, unindo suas forças.

— Stupefy! — Lanna gritou, lançando um feitiço na direção de Voldemort para distraí-lo, enquanto Snape atacava ao mesmo tempo com outro feitiço, sua varinha lançando uma explosão de luz contra o Lorde das Trevas.

Voldemort rugiu de dor, sua varinha tremendo em suas mãos enquanto o feitiço de Harry o atingia em cheio.
A força combinada dos três era demais para ele.
O poder que ele pensava ser imbatível estava desmoronando diante deles.

Com um último grito de raiva e desespero, Voldemort caiu de joelhos. , Sua varinha voou de suas mãos, quebrando-se ao atingir o chão de pedra do pátio.
O silêncio caiu sobre o castelo enquanto todos os que lutavam ao redor paravam para ver o fim do Lorde das Trevas.

Harry, Snape e Lanna ficaram lado a lado, observando Voldemort desaparecer, seu corpo se desintegrando lentamente no ar.

Os Comensais da Morte que ainda restavam olharam ao redor, em choque, antes de começarem a fugir em todas as direções, derrotados e sem liderança.
A guerra havia acabado, Voldemort estava morto.

Hogwarts estava em silêncio, exceto pelo som do vento que soprava suavemente pelas ruínas do castelo.
As nuvens escuras que cobriam o céu começaram a se dissipar lentamente, revelando o brilho suave do amanhecer.

Snape olhou para Lanna, ainda ofegante pela luta, e por um momento, os dois simplesmente se encararam, Ele sabia que havia chegado o momento de deixar todas as mentiras e subterfúgios para trás. Sem dizer uma palavra, ele deu um passo à frente e a puxou para perto, Seus lábios se encontraram em um beijo profundo e sincero, uma explosão de sentimentos reprimidos por tanto tempo.

A batalha ao redor deles havia acabado, mas esse momento parecia ainda mais grandioso, Todos os que ainda estavam no pátio assistiam, inclusive o trio de ouro, surpresos com o que viam.

Harry, Hermione e Ron trocaram olhares surpresos, mas satisfeitos, Eles sabiam que aquele beijo simbolizava algo muito maior do que apenas o final da guerra: era o começo de uma nova era, onde o amor e a esperança finalmente triunfariam.

Quando Snape e Lanna se separaram, ele a olhou nos olhos com um olhar mais suave do que ela jamais havia visto.

— Finalmente livre — ele disse em voz baixa, apenas para ela.

Lanna sorriu, uma lágrima solitária escorrendo por seu rosto, mas era uma lágrima de alívio, A guerra havia terminado, Voldemort estava morto, e, juntos, eles poderiam finalmente viver sem o medo que sempre os cercara.

Amortentia- Severus SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora