In the Moondust - Jack x Elsa

❁ Capítulo 10 ❁

Jack pousou seus pés na grama.

Alguns metros a frente, estava Elsa, em pé e parada. E a uma distância maior, ao fundo, havia topos de casas antigas, poucas construções mais altas e um enorme castelo sobre um pedaço de ilha que se conectava ao reino por uma ponte de pedra.

O guardião caminhou a passo lento até Elsa e ficou ao seu lado. Ela não disse uma palavra, apenas permaneceu com seu olhar estático na paisagem do reino. Sua postura ereta era determinada, mas seu olhar carregava profunda desconfiança.

— É Arendelle? — perguntou Jack.

— Sim.

— Hum..., é muito bonito.

— É, é sim...

— Já está aqui há quanto tempo?

— Não muito, estava só esperando você chegar.

Jack balançou a cabeça em concordância, desviando o olhar para Arendelle. A altura do morro onde estavam permitia uma visão privilegiada da extensão do reino à beira mar. O guardião olhou para Elsa pelo canto do olho, ela parecia congelada, incapaz de se mexer.

— Está com medo? — questionou.

— Sim.

— Deve ser... estranho pra você, né?

— Eu achei que nunca ficaria tão perto daqui de novo...

— ... e como está sendo?

— ... desafiador.

— Se quiser, pode fazer isso outro dia...

— ... não.

Jack engoliu um seco e seu coração acelerou. A firmeza da resposta de Elsa fez a adrenalina correr em seu sangue.

— Estou com medo — continuou ela, sem olhar para o guardião —, mas eu quero ir...

— Então..., estarei lá.

Elsa deu um passo a frente. Depois mais um, outro e mais um, e por fim seus pés começaram a guia-la para mais perto de Arendelle. Ela parecia estar hipnotizada por uma força íntima maior que seus pensamentos, dominando-a por completo.

Após se certificar de que Elsa continuava avançando para entrar no reino, Jack levantou voo e sobrevoou Arendelle. As ruas de pedra e a arquitetura dos anos 1800 das casas tiveram preservação invejável ao olhar do guardião. A modernidade estava ali nos celulares nas mãos dos cidadãos, nos raros e pequenos prédios espalhados e nos carros circulando nas vias; mas o charme da antiguidade saltava aos olhos com grande identidade e satisfação.

Jack pousou sobre o teto de uma casa próxima à entrada do reino, os portões de madeira do muro que circundava Arendelle estavam fechados e eram protegidos por dois guardas. Adiante, fora do perímetro, ele viu que Elsa se aproximava e que os oficiais repararam a presença dela.

Não, a última coisa que Elsa precisava era um obstáculo. Ele não podia fazer aquilo, mas..., ele ainda era o Jack Frost, precisava se arriscar de algum jeito.

Em um reflexo rápido, o guardião apontou seu cajado na direção dos homens e disparou dois jatos de gelo, congelando-os. Em seguida, disparou um terceiro jato, desta vez forte, na fresta entre os portões; o impulso empurrou as portas e as abriu.

Elsa arregalou os olhos. Ela olhou ao seu redor e viu Jack sobre o telhado da casa, escondido na sombra da casa maior ao lado. Ele fez um sinal positivo com o polegar direito e sorriu para ela. Ela balançou a cabeça e, hesitante, voltou a andar.