Poemas e Poesias - Volume 02

Quando Chegamos ao Fim

Ao chegarmos ao fim de uma trajetória,
Olhamos para trás,
E com o nosso olhar
Decidimos se sentimos
Angústia ou paz.

A dúvida é nossa inimiga,
Ela é a nossa companheira,
É aquela velha bruxa
Que vai buscar ingredientes na feira.

E a receita é confusão,
A qual gera todos os sentimentos,
Receba minha maldição,
Assista o desenrolar dos acontecimentos.

Psicodelia, vozes abstratas,
Humanos mortos na cidade,
Espíritos vivos nas matas.

Luta por liberdade
Em terra mágica,
Narrador desiludido
Contando uma história trágica.

Você está vivo, está morto,
Está lúcido, está louco,
É um pobre,
Pra ficar rico falta pouco.

Anjos e demônios batalham por tua alma,
Não se preocupe, mantenha a calma,
Está fora do seu alcance,
Simplesmente com eles não dance.

Oh, eles estão me consumindo,
Eu estou me consumindo,
Alguém me salve,
Alguém ouça a minha voz.

Lá vem alguém pra me salvar,
Alguém em quem posso confiar,
Ele tem o meu olhar,
E do espelho não para de me encarar.

Lá vem eu.

O redator dos fins,
O relator dos crimes não cometidos,
Dos amores que não existiram,
Da poesia fraca e sem valor.

É o fim, é o fim
De uma trajetória sem sentido,
Palavras escritas durante um ano,
Ano abstrato e perdido.

Nada precisa fazer sentido.