Viagens ao Sudoeste - Parte 02 - Ampére

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Aquela velha casa de madeira,
Naquela pequena chácara
Onde ficávamos
Era quente como um deserto.

O mercado das atendentes bonitas
Para sempre me marcou,
Aquela assembléia de Deus
Um tanto me ensinou.

As crianças vendendo sorvete
Naquele sol ardente,
Espero que no futuro
Sejam homens competentes.

O queijo vendido por aquele senhor
Que visitavá-nos na obra,
Nunca mais provarei outro igual,
Não lembro-me de um dia
No qual estivesse mal.

E a lanchonete na esquina
Onde passávamos noites proveitosas,
Músicas chatas e coisas saborosas,
E seus atendentes, pessoas calorosas.

E o rio traiçoeiro, pedras em todo lugar
Seu beijo com a chuva destruiu
Um desavisado lar.

Um lugar calmo,
Sem criminalidade,
As ruas pacíficas,
Tão pequena cidade.

Aquela casa branca,
Linda e glamourosa,
Passava a imagem
De uma vida maravilhosa.

Todas as pessoas pareciam se conhecer,
Qualquer encontro aleatório
Era motivo pra se entreter.

A praça estava sempre vazia,
Cadeiras espalhadas pelo lugar,
Quão pequeno era o banco
Onde o dinheiro íamos buscar.

Aquela linda menina do materiais de construção,
Por pouco não roubou meu coração,
Dias de cansaço, noites de alucinação,
Ampére, seus encantos e desencantos
Para sempre em mim ficarão.

Poemas e Poesias - Volume 02Onde histórias criam vida. Descubra agora