Capítulo 4

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O encontro

No dia seguinte, a assassina encarava seu reflexo no espelho do banheiro do hotel

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No dia seguinte, a assassina encarava seu reflexo no espelho do banheiro do hotel. Seus olhos frios e calculistas, de um azul profundo, observavam cada detalhe de seu rosto pálido enquanto ela finalizava os últimos preparativos. A tranquilidade em seus movimentos contrastava com a tensão iminente. Ao sair do banheiro, a visão de uma mulher qualquer deitada na cama, distraída com o celular, nem sequer a abalou.

— Minha senhorita, espere aí — a mulher na cama chamou, levantando o olhar, tentando interromper a saída iminente da assassina.

A garota dos olhos azuis apenas caminhou calmamente em direção à porta, ignorando a mulher. A outra, aflita, rapidamente começou a digitar uma mensagem no celular, logo em seguida fazendo uma ligação desesperada. A assassina, no entanto, mantinha-se indiferente. Antes de abrir a porta, ela pegou sua arma em um movimento ágil, disparando sem hesitação em direção a um ponto específico da entrada. Segundos depois, um som abafado de um corpo caindo no corredor confirmou o acerto.

Sem perder sua calma usual, a assassina abriu a porta, seus olhos frios observando o homem armado caído, agora imóvel no chão. Com uma expressão séria e imperturbável, ela caminhou até ele, pegando o celular que ainda tocava em um dos bolsos do rapaz. Atendeu, virando lentamente a cabeça na direção da garota que permanecia imóvel, sentada na cama e com olhos arregalados segurando seu celular ao lado do ouvido.

— Então, me fala — sua voz gélida cortou o silêncio. — Eu ainda tenho tempo?

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Enquanto isso, no escritório do chefe de Jenna, um ambiente bem mais festivo contrastava com o cenário sombrio do hotel. Luzes piscavam ao redor de uma árvore de Natal exageradamente grande. Jim, sempre alegre, cantarolava distraído.

— Bate o sino pequenino, sino de Belém...

O chefe de Jenna olhou para a árvore, com um misto de desaprovação e incredulidade.

— Ai, Jim, pra que essa árvore enorme?

Jim, com um sorriso inocente, respondeu:

— O que foi, chefe? Hoje é véspera de Natal, o senhor esqueceu?

— Não vai me dizer que você comprou isso com o dinheiro da organização.

— Então...

— Fala logo, Jim.

Jim tentou desviar o assunto, com um sorriso malicioso.

— O senhor sabia que...

— Por que está tentando mudar de assunto?

— Eu jamais imaginei que a senhorita Ortega iria tirar folga no Natal. Passar a noite de Natal só com o chefe... que coisa mais triste pra mim.

O chefe balançou a cabeça, exasperado.

— Não temos opção, né.

— Ei, chefe, podíamos pelo menos sair mais tarde e comprar um bolo, né?

— Pode ser.

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Algumas horas depois, na praça iluminada pelas luzes natalinas, a atmosfera estava tranquila, mas a tensão entre duas figuras era palpável. A assassina de olhos azuis e pele clara esperava, impaciente, seu olhar fixo no relógio.

— Eu falei três da tarde, não falei? Já são quatro horas. Isso é maldade! Desse jeito, vou acabar emburrada com você — reclamou, cruzando os braços.

A menor, uma jovem latina de rosto sério e movimentos decididos, respondeu com frieza:

— Ótimo. Agora que já te decepcionei, posso ir embora, né? — disse, começando a caminhar sem olhar para trás.

A assassina apressou-se em acompanhá-la, seu tom suavizando.

— Ei, espera aí, desculpa. Eu só estava brincando. Isso não é justo. Você podia ao menos me dar uma desculpa decente pelo atraso — disse, enquanto tentava seguir o ritmo da outra. — Você se atrasou de propósito, né? Ficou enrolando pra ver se eu desistia e fosse embora, acertei? Que maldade.

A latina parou por um segundo e, sem olhar para trás, respondeu de forma seca:

— Estava ocupada.

A assassina arqueou as sobrancelhas, surpresa.

— Entendi... ainda temos um tempinho antes do jantar. Vamos dar uma voltinha, então?

Conforme caminhavam pela rua decorada para o Natal, a maior parou em frente a uma loja de joias, admirando os colares e brincos brilhantes que estavam expostos.

— Escuta, você não gosta dessas coisas? Eu nunca te vi usando nada assim — comentou, com um sorriso leve.

A latina, com um ar de desdém, respondeu sem parar de caminhar:

— Eu não gosto. Acho futilidade.

A outra sorriu, um brilho travesso nos olhos.

— Mesmo assim, adoraria te dar algo assim de presente.

A latina revirou os olhos e acelerou o passo.

— Que superficial.

A assassina seguiu-a de perto, passando a mão pelos cabelos escuros da latina e os puxando gentilmente para trás da orelha, revelando um detalhe que a surpreendeu.

— Ah, então você já teve um furo na orelha... fico até mais aliviada. Devia abrir de novo.

A menor continuou a andar rápido, claramente irritada.

— Não, obrigada — respondeu, a voz carregada de impaciência.

A assassina riu, tentando acompanhar.

— Nossa, pra que tanta hostilidade?

A menor acelerou ainda mais, sua frustração aumentando, mas antes que pudesse escapar, a outra lançou um último comentário, com um sorriso provocador.

— Se você não andar do meu lado, isso não vai contar como um encontro, sabia? Ou prefere tentar de novo outro dia?

A latina, apesar de tudo, desacelerou o passo, suspirando profundamente, e a maior sorriu, satisfeita.

Bem do jeitinho que eu gosto — murmurou a assassina, apreciando o momento.

— Bem do jeitinho que eu gosto — murmurou a assassina, apreciando o momento

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Amor Assassino || S/n Kaling  x  Jenna OrtegaOnde histórias criam vida. Descubra agora