Imagine um encontro perigoso e inesperado: em um prédio comercial, duas assassinas cruzam caminhos pela primeira vez. De um lado, Jenna, uma caçadora de recompensas fria e apática, sempre à caça sem se importar com ninguém. Do outro, S/n Kaling, uma...
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Já no lado de fora do hotel, Jenna avistou uma cabine telefônica vermelha, seu olhar se iluminando ao lembrar que precisava informar seu chefe sobre o ocorrido. Ela se aproximou, entrou na cabine e discou o número.
— Senhor, sinto muito pelo inconveniente. Contarei todos os detalhes quando voltar ao escritório. Estou voltando agora. — Sua voz estava firme, mas um leve tremor traía a tensão que ainda sentia. Assim que desligou, saiu da cabine e encontrou S/n sentada em um banquinho ao lado, com os braços cruzados e um sorriso cínico nos lábios.
— Eles ficaram bravos com você por ter dormido fora — comentou S/n, sua voz carregando um tom irônico. O brilho nos olhos azuis dela refletia uma mistura de diversão e provocação, o que fez Jenna suspirar e começar a andar na direção oposta.
— Pera aí, onde você vai? — perguntou a mais alta, levantando-se rapidamente e seguindo os passos de Jenna.
— Alguém do escritório já vem me buscar — Jenna respondeu, sem olhar para trás.
— Hein? Mas eu falei que ia te levar! — S/n insistiu, um pouco ofendida.
— Mas eu não pedi por isso — a latina respondeu, o tom de voz calmo, mas determinada.
— Nossa, que maldade! Ah, é mesmo, você esqueceu isso aqui... — S/n retirou do bolso o celular de Jenna, que estava em frangalhos por causa do tiro. O olhar de S/n era um misto de preocupação e diversão, já que a cena era quase absurda.
— É por isso que eu não estava achando! — Jenna exclamou, o olhar de frustração se misturando à incredulidade ao perceber o estado do aparelho.
— Só que ele está totalmente quebrado. E vou te falar, o seu carro também já era, então você está numa fria — S/n fez uma pausa, observando a reação de Jenna com uma expressão que misturava empatia e humor.
— Olha só, me desculpa, ok? — a menor murmurou, sua voz um pouco mais baixa.
— Desculpa?
-- Ué, por ter causado tantos problemas pra você -- Jenna falou.
— Nossa, eu não estava esperando por isso! — S/n respondeu, um sorriso brincalhão surgindo em seu rosto, mas logo se transformando em uma expressão irritada ao ver a reação de Jenna. — Fica tranquila, você não tem que se preocupar com isso. Eu não tive nenhum tipo de prejuízo, pode acreditar. Você só ficou machucada. Na verdade, eu acho que sei bem o motivo... — as últimas palavras saíram em um sussurro, quase inaudíveis.
— O quê? — Jenna questionou, não conseguindo escutar.
— Nada, nada... — S/n desviou o olhar, dando de ombros. — Na verdade, eu gostaria que você me agradecesse em vez de pedir desculpas. Sei lá, tipo um “muito obrigada” ou “jamais vou me esquecer do que você fez”.
Jenna, já perdendo a paciência, começou a se afastar. — A propósito, o agressor pediu para te dizer uma coisa. Ele disse que é hora de acertar as contas, traidora. Então, talvez você já saiba o que isso significa. Agora, tchau e eu espero não te ver nunca mais. — E com isso, a latina virou as costas e se afastou.
Bem que você podia ter me dito isso antes.
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