Amor Assassino || S/n Kaling x Jenna Ortega

Capítulo 3

Um possível acordo?

O homem à frente de Jenna e seu chefe, sentado de forma imponente em sua cadeira de couro, tinha uma presença séria e imponente. Ele colocou diversas fotos sobre a mesa, cada uma mostrando uma mulher de expressão fria e olhar calculista.

-- Muito bem, essa é a pessoa que vocês precisam encontrar -- ele disse, apontando para a foto de uma jovem mulher. -- Ela se chama S/n Kaling ela tem 22 anos. A primeira vez que apareceu foi há 12 anos, ainda muito jovem, e já era uma intérprete da Santokai, uma organização extremamente poderosa da Ásia.

O chefe de Jenna tentou intervir, ajustando o colarinho da camisa, mas foi rapidamente cortado pelo homem à frente.

-- Eu sei, a Santokai foi desmantelada há cerca de cinco anos -- ele continuou, o tom sério -- A causa foi o assassinato do diretor, cometido por S/n. Numa única noite, ela matou 18 membros do escalão superior, incluindo o líder. Na época, foi um escândalo gigantesco. Ela é extremamente perigosa. Recentemente, ela se infiltrou em uma organização nossa, resultando na morte de quatro membros.

As palavras do homem pairaram no ar, e Jenna automaticamente lembrou da garota mascarada que cruzava seu caminho repetidamente.

-- Hoje, mais de 20 organizações colocaram uma recompensa pela cabeça dela -- o homem continuou, voltando sua atenção para Jenna e seu chefe. -- Mas garanto que a nossa oferta é bem mais alta. Considerem um contrato exclusivo conosco.

Depois da reunião, Jenna e seu chefe foram a uma cafeteria para discutir o assunto. O aroma forte de café pairava no ar, e o chefe deu um longo gole antes de falar.

-- Eu já tinha ouvido alguns rumores, mas nunca pensei que receberíamos uma oferta assim -- comentou, os olhos fixos na xícara de café enquanto processava a informação.

Jenna, sem levantar os olhos do café à sua frente, perguntou:

-- Que tipo de rumores?

O chefe ajustou os óculos e olhou de canto de olho para ela.

-- Parece que muita gente está desesperada para eliminá-la. Eles estão tentando fazer acordos com várias organizações como a nossa.

Jenna encarou-o com um olhar desconfiado.

-- E você vai aceitar?

Ele suspirou, inclinando-se na cadeira.

-- Olha, sei que o pagamento seria generoso, mas também seria muito arriscado. Ah, e nem pense em fazer nada sozinha.

Jenna sorriu levemente, mas sua resposta foi rápida.

-- Não se preocupe, já estou envolvida em outro serviço no momento.

O chefe se ajeitou na cadeira e, com um tom paternalista, acrescentou:

-- Senhorita Ortega, somos caçadores de recompensas. Nosso trabalho é cheio de perigos e coisas sombrias, mas você ainda é jovem. Acabou de terminar os estudos recentemente, tem uma...família linda... não precisava ter escolhido algo assim para sua vida.

Antes que ela pudesse responder, o celular do chefe tocou. Ele olhou para a tela e soltou um suspiro.

-- Ah, me desculpe, é minha esposa. E não se esqueça de pegar a notinha - disse, levantando-se para atender a ligação.

Jenna revirou os olhos, mas antes que pudesse se levantar, uma jovem de cabelos longos e olhos azuis profundamente escuros saiu de uma mesa próxima, caminhando com uma leveza quase felina. Ela pegou a notinha da mesa com um sorriso travesso.

-- Eu pago -- disse, com um olhar malicioso. -- Aliás, temos assuntos a tratar. Vamos dar uma voltinha?

Algum tempo depois, em uma praça movimentada, a morena reapareceu com dois copos de suco nas mãos, o sorriso ainda mais amplo.

-- Me desculpe pela demora, a fila do suco estava enorme hoje -- disse, sentando-se numa mesa ao ar livre e oferecendo um copo a Jenna. -- Senta aí, não fica em pé. O suco de laranja dessa barraca é o melhor, sabia?

Jenna, sem muito humor para as cordialidades, colocou o celular na mesa, mostrando o vídeo que havia recebido.

-- É essa pessoa que estou caçando agora. Quais são seus termos?

A morena deu uma risada baixa, um brilho de diversão nos olhos.

-- Você não perde tempo, né? Mas nunca atende minhas ligações. Era só isso que queria falar comigo? Quando é que vale esse velho aí? Ele nem parece valer tanto.

Jenna estreitou os olhos, irritada.

-- O que você quer? Por que insiste tanto em entrar em contato comigo? Está me tirando sarro?

A expressão da morena mudou repentinamente. Ela se levantou e, em um movimento rápido, agarrou firmemente o pulso de Jenna, seu rosto a centímetros do dela.

-- Tirando sarro? -- murmurou, sua voz agora um sussurro perigoso. -- Eu só quero que você preste atenção em mim, um pouquinho que seja. Além disso, você não vai encontrar outra benfeitora como eu. Então, seria bom ser um pouco mais gentil, não acha?

Jenna, sentindo a dor no pulso, tentou se soltar, mas a morena logo percebeu e afrouxou o aperto, um sorriso suave surgindo em seus lábios.

-- Desculpa, te machuquei?

Furiosa, Jenna tentou desferir um golpe, mas a morena desviou facilmente. Antes que a latina pudesse sacar sua arma de choque, a morena já havia imobilizado seu braço e apertado sua cintura com o outro, mantendo Jenna presa contra si.

-- Você precisa ser mais cuidadosa -- disse ela, olhando ao redor quando algumas pessoas começaram a prestar atenção. -- Opa, desculpa gente, só uma briguinha de casal lésbico, sabem como é, né? Muito fogo -- falou brincalhona.

A morena se inclinou e sussurrou no ouvido de Jenna:

-- Ah, e sobre as condições do acordo... me encontre no dia 24, véspera de Natal. Não esqueça. Caso fure comigo, vou fazer questão de matar o seu alvo.