Na manhã de domingo, acordei mais cedo do que de costume, a casa ainda silenciosa, com o sol da manhã começando a iluminar as janelas. Precisava espairecer, então decidi sair para correr um pouco, tentando, talvez, deixar a confusão dos últimos dias para trás. Coloquei meu fone de ouvido, calcei os tênis e saí sem pensar muito, deixando a música e a leve brisa da manhã me ajudarem a limpar a mente.
Depois de um tempo correndo, voltei para casa com a sensação de alívio. Entrei direto no banho, deixando a água quente lavar não só o suor, mas também os pensamentos sobre Jin e tudo o que havia acontecido — ou quase acontecido. Não queria pensar nisso agora. Queria apenas seguir em frente e aproveitar o resto do fim de semana.
Saindo do banho, com uma toalha enrolada no corpo e outra no cabelo, decidi que seria uma boa ideia fazer um café da manhã caprichado, daqueles que preenchiam a mesa e faziam a manhã mais leve. Fui para a cozinha, abrindo a geladeira e começando a separar as frutas. Peguei algumas bananas, morangos, uvas e maçãs, cortando tudo em pedaços pequenos e coloridos. Coloquei as fatias em uma tigela grande e fui arrumando na mesa com cuidado, criando um belo arranjo.
Em seguida, me dediquei aos pães e ovos mexidos. Fiz uma travessa de ovos bem cremosos, com um toque de sal e pimenta, e torrei alguns pães, o cheiro do café já invadindo a casa inteira. Enquanto preparava tudo, meu foco estava totalmente na comida, como se aquela rotina matinal pudesse me distrair de qualquer coisa que estivesse me incomodando.
Aos poucos, a mesa foi se transformando em um verdadeiro banquete: suco fresco, frutas, ovos, pães e até um pouco de geleia e manteiga. O silêncio da casa, o som baixo da música no meu fone e o aroma de café recém-passado criaram um clima tranquilo, e por um momento, tudo pareceu exatamente como eu queria.
Estava finalizando o café da manhã quando ouvi passos leves na escada, mas não dei muita atenção, ainda distraída com os últimos detalhes da mesa. Foi então que, de repente, uma voz quebrou o silêncio:
"Bom dia."
Eu dei um pulo, soltando um grito de susto enquanto me virava para ver Jin parado na entrada da cozinha, com um sorriso malicioso no rosto.
"Meu Deus do céu!" Eu levei a mão ao peito, tentando recuperar o fôlego. "Eu esqueci completamente que você ainda estava aqui."
Jin, com aquele olhar típico de quem está sempre pronto para uma provocação, cruzou os braços e encostou-se no batente da porta, o sorriso se ampliando. "Se for para andar assim pela casa," ele disse, com a voz cheia de flerte enquanto olhava descaradamente para minha toalha enrolada, "pode esquecer mais vezes."
Revirei os olhos, tentando esconder o nervosismo que sua presença me causava — e o fato de estar ali, só de toalha, com ele me olhando daquele jeito, não ajudava. "Cresce, Jin," respondi, com um tom de impaciência que não combinava com o calor que subia ao meu rosto.
Ele riu, se afastando da porta e se aproximando da mesa, o olhar ainda fixo em mim. "Você é quem precisa relaxar um pouco, bravinha. Quem sabe esse café da manhã aí não ajuda?"
Subi rapidamente as escadas, ainda meio atordoada com o comentário de Jin, e me troquei. Escolhi um vestido fresco e solto, algo confortável para o calor da manhã, e desci com os cabelos ainda molhados. Quando voltei à cozinha, Jin já estava sentado à mesa, servindo-se de um pouco de suco.
"Bem mais comportada agora," ele comentou com um sorriso provocante, enquanto eu me sentava do outro lado da mesa.
Revirei os olhos, mas tentei ignorar. "Engraçadinho como sempre, né?"
Ele deu de ombros, ainda com aquele ar descontraído. "Só estou elogiando. Você se assustou à toa. Achei que a gente já estava mais... à vontade um com o outro depois desses dias."
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Amor fora do script
FanfictionÉ uma história divertida e romântica sobre Mili, uma garota que, ao descobrir que seu pior inimigo da escola, Jin, pode se tornar seu novo meio-irmão, se vê em uma situação inesperada. Entre provocações e encontros às escondidas, os dois começam a d...