The Few Things (GIRAFA-VERSION)

Lua de Mel?

Oiii :))

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Gizelly's Pov

Está feito. Eu me casei com Rafaella. Após o juiz anunciar o fim da cerimônia Rafaella se aproximou timidamente para me beijar e eu com ar de timidez baixei minha cabeça para que ela atingisse minha testa. Eu não sei o que ela pretendia, mas eu nunca a beijaria.

Nós nos viramos e sorrimos para os convidados. Meu olhar procurou o de Talles, e percebi que ele segurava o riso, então, para não cair na tentação de rir, desviei meu olhar.
Nós seguimos para o local da festa, em outro espaço também aberto, onde mesas, com toalhas brancas e amarelas se dispunham ao redor de uma pista de dança. Em cada mesa havia um arranjo das mesmas flores da cerimônia, cujo nome eu nem fazia questão de saber. Eu e Rafaella paramos para receber os cumprimentos de todos. Com certeza o que mais ouvirmos foi: "Foi uma surpresa e tanto receber o convite".
Após os cumprimentos nós nos dirigimos à mesa principal, onde nossos familiares já se encontravam para o brinde. Rafaella pegou a garrafa de campanhe a nossa frente, eu juro que não entendo como essa garota consegue sorrir tanto no que eu estava considerando o pior dia da minha vida, e perguntou:

- Quer abrir?

- Não. - Respondi seca, mesmo mantendo o sorriso falso. - Fique à vontade. Você é melhor nisso de fingir do que eu.

Ela então abriu a garrafa e despejou um pouco do conteúdo em uma taça, que me entregou logo em seguida, e pegou outra para si. Após isso me olhou e erguendo a mão que segurava a taça disse, para que todos pudessem ouvir:

- A nossa felicidade nesse nova etapa de nossas vidas.

Eu repeti o seu gesto e nós entrelaçamos nossos braços tomando do conteúdo das taças.
Após o brinde o jantar foi finalmente servido, e as pessoas, felizmente,  passaram a se preocupar mais com a comida do que com minha interação com Rafaella.

Meu olhar percorreu o enorme jardim onde estávamos. Reconheci alguns colegas de faculdade e de escola, alguns amigos dos meus pais que sempre iam a jantares na nossa casa. E por fim, meu olhar pousou sobre a mesa de padrinhos. Todos pareciam se dar bem, até mesmo Paulinho que só conhecera os amigos de Rafaella a poucos minutos. Ele sentara entre Bia e um moreno que é amigo de Rafaella desde o ensino fundamental. Eusébio se não me engano. Eles riam de alguma coisa que Bia falará.
Após o jantar, a moça do cerimonial se aproximou e falou:

- O DJ está pronto para abrir a pista. Vamos?

- Onde? - Perguntei.

- A valsa. - Ela respondeu simplesmente e se retirou indo conversar com o DJ.

Eu olhei para Rafaella:

- Não. Não mesmo. Eu não vou dançar com você.

- Gizelly para de ser marrenta. É a tradição.

- Eu não sou tradicional.

- Apenas a valsa. Depois você pode se divertir com seus amigos.

Não deu tempo de responder. No mesmo momento o DJ anunciou:

- Senhoras e senhores, para abrir a pista de dança, eu anúncio as Sras. Bicalho-Kalimann.
Todos os convidados aplaudiram e eu não vi alternativa a não ser me levantar com Rafaella e seguir para a pista de dança. Nós paramos no centro e eu falei para apenas ela ouvir:

- Se pisar no meu pé eu te mato Kalimann.

Ela apenas riu e pegou na minha cintura me puxando para mais perto. A música começou a tocar e Rafaella me conduziu por toda a pista, em passos curtos e ritmados. Para minha surpresa ela não pisou no meu pé, nem para provocar.