Capítulo III - Uma charada pra vida

15 3 20
                                    

Ao norte de Zallarn, após uma gigantesca cadeia de montanhas chamada Barreira de Erigon, essa formação é considerada quase intransponível. No entanto, existem alguns passos secretos controlados por guerreiros de uma grande nação: Condria.

Inimiga declarada de Zallarn, Condria foi a única nação que se recusou a assinar o tratado de paz proposto por Thalor, soberano de Zallarn. Durghal, a capital de Condria, está situada em um vale montanhoso e protegida por uma muralha natural de pedra. Sendo a sede do regime militar, é governada por seu regente, Drukin, que rege o país com mão de ferro.

O povo condrino é conhecido por seu poder militar. Diferente de Zallarn, que se concentra na manipulação de zar, Condria foca em forjar armas cada vez mais poderosas para superar o poder militar de seus inimigos. A última grande guerra, que ocorreu há vinte anos, foi uma consequência de disputas territoriais entre Zallarn e Condria. Drukin desejava tomar à força a província de Solara, onde se concentram os maiores manipuladores de zar de Zallarn, e assimilar essa área ao seu reino. Com a vitória de Zallarn, Thalor propôs um tratado de paz chamado "Tratado do Sol", uma lei internacional que impedia que qualquer um dos países invadisse outras nações. Contra sua vontade, Drukin viu-se obrigado a assinar o tratado, o que garantiu sua derrota. Ele se sentiu humilhado! Imaginar perder a guerra e ter que admitir isso por escrito era insuportável.

— Soberano, o comandante Gulit quer vê-lo — disse o guarda real.

— Deixe-o vir até mim.

Adentrando a sala do trono no palácio de Drukin, Gulit, comandante geral do exército de Condria, trazia consigo um pergaminho de couro.

— Diga, Gulit, o que deseja tratar comigo?

— Soberano — disse Gulit, ajoelhando-se em presença do trono — recebi, agora pela manhã, um pergaminho de couro vindo diretamente de Zallarn.

— Continue — ordenou, ajeitando-se em seu trono.

— Neste pergaminho está escrito apenas um nome.

— Diga logo qual.

— Hulio. E, para minha surpresa, o homem que carregava este pergaminho era o próprio.

— Hulio? Eu conheço esse homem.

— Ele está à espera de seu chamado. Disse que só falará em tua presença.

Drukin consentiu a entrada daquele forasteiro em seu palácio. O convidado foi instruído até a sala do trono e pôs-se de joelhos, mostrando reverência à presença do rei.

— Você não é Hulio — disse o rei.

— Com toda certeza, soberano. Eu sou Serb, mensageiro do senhor Hulio.

— E que mensagem ele deseja passar para mim?

— Ele propõe uma aliança.

Dia 2

Enquanto isso, ao chegarem em Naxara, Elara, Salrah e Xen se deslumbravam com a beleza da cidade intelectual. Sua grandiosa biblioteca reluzia à distância, e a universidade era um verdadeiro deleite; as colunas de mármore branco e diorito brilhavam sob a luz do sol, refletindo o esplendor da cidade.

Adentrando a cidade do conhecimento, o trio começou a se deparar com manipuladores de zar de todos os tipos. Pessoas voando em vassouras, as famosas bruxas, eram comuns em Naxara, onde a maioria se acomodou para aprender sobre a magia do zar. Xen não conseguia esconder sua surpresa, admiração e temor ao ver tantas coisas novas; sua memória o traíra, e era como redescobrir um novo mundo.

— Lindo, não é, Xen?

— Com certeza — concordou, ainda gaguejando.

— Elara, eu preciso encontrar o reitor. Você pode ir com ele até a biblioteca? Quem sabe alguém lá o conhece.

Zallarn ExplorerOnde histórias criam vida. Descubra agora