Capítulo VII - O guerreiro caído

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Ainda em Zorahn, Juko, Elis e Goto recebem a mesma notícia sobre a suposta morte do rei e do príncipe e decidem retornar a Fazurahn imediatamente com o mesmo intuito que tyro.

— Não acredito que isto está acontecendo — disse Juko.

— Devemos retornar agora — disse Goto.

— Você acredita nisto, Goto? Acredita que o comandante Kal assassinou o rei que ele considerava um irmão e o príncipe que considerava um filho?

— Não tenho que acreditar em nada, apenas seguir as ordens.

— Você acredita, Elis?

— Não sei o que dizer, Juko. Os fatos jogam contra nós e nossos desejos.

— Voltaremos a Fazurahn imediatamente, mas isso não quer dizer que eu engoli esta história. Espero encontrar o Lucito lá...

Então eles partiram imediatamente para a capital ter com a princesa Alira.

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Em Naxara, Xen ouvia o mesmo pronunciamento enquanto estava sentado num banco da praça refletindo sobre sua condição. Aquela notícia abalou todo o reino, mas a ele não fazia sentido, pois não conhecia nada de Zallarn, pouco o importava o que acontecia com a realeza; ele estava preso em seus próprios medos e anseios desesperadores.

Mas como qualquer cidadão consciente de Zallarn, Julien estava ciente do que aquilo poderia acarretar no país. Ele conduziu Xen de volta para a universidade e o levou de volta para a arena de treinamento.

— Você sabe o que a morte do rei pode significar?

— Isso não me importa.

— Xen, o reino pode estar ameaçado.

— Ainda não me importa.

— Você precisa treinar para ficar forte. Você precisa ir para Rahalun atrás dos seu amigos.

— Não me diga o que eu preciso fazer.

Xen ainda estava ressentido consigo mesmo. Ele não conseguia encontrar coragem para encarar aquela floresta novamente.

— Garoto, você precisa ficar forte.

— Eu preciso? Você não sabe do que eu preciso! Eu não sei do que eu preciso! Acho que ninguém sabe... afinal, eu não sou nada e nem ninguém...

— Xen — Julien colocou a mão em seu ombro, — você não precisa se forçar a nada, mas se continuar assim com medo nunca vai descobrir seu verdadeiro propósito.

Aquelas palavras o fizeram lembrar do que Nyx havia dito a ele antes de partir. Ele sabia que precisava ficar forte. Ele sabia melhor que qualquer um.

— Xen, descanse. Reflita se é apenas isso que você quer ser.

— Eu não sou nada, apenas um livro em branco!

— Mas isso só quer dizer que você precisa começar a escrever sua história. Todos nós já fomos um livro em branco em algum momento, a diferença é se você vai querer preencher o livro da sua história.

Xen se retirou para seu quarto em Thalaris para pensar no que fazer. Já Julien foi até a sala de Merin para conversa um assunto importante e, como sempre, ele invadiu a sala sem se anunciar.

— Precisa parar com isto, Julien.

— Precisamos conversar sobre este amaldiçoador.

Eles sabiam que tinha alguém solto pelo reino com o livro de Vornathar moldando maldições. Em séculos não havia sido manifestado nenhum caso de maldições e, em apenas alguns dias, ele já haviam constatado dois casos totalmente diferentes. Eles achavam que isto estava relacionado com a morte do rei e do príncipe.

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