Desafio 2 - Escreva um Conto a Partir de uma Imagem

1 0 0
                                    

RÉFLEXION

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

RÉFLEXION

"Em momentos de minha vida eu duvidava da realidade, se eu era real ou se tudo fosse uma pequena imaginação de minha mente.
Minha mente se encontrava em seu ápice, seu total, talvez eu me levei ao meu limite, já não sei bem do que se tratava de certo ou errado, mas não sei ainda se sou o Riley ou o Julian."
Esses são os pensamentos que habitavam atualmente em minha mente, isto me levava a loucura, porém, me trazia novamente a minha sanidade, me pergunto à que ponto cheguei.
Meu reflexo não era o meu reflexo, por um momento pensei que poderia ter sido uma ilusão do espelho, ou estava enlouquendo, porém não, era só eu no momento da minha ilustre vida me encontrando com o maior pesadelo de minha família, a famosa lenda que assombrava os Leroy, o Réflexion, talvez isto é uma loucura de genética.

- Engraçado... Há que ponto eu cheguei. - Uma pequena risada medonha se surgiu em meio de minhas falas, enquanto isso estava deitado no chão, o espelho do meu quarto estava coberto com uma toalha, o importante que não iria me refletir, somente para não escutar ele suplicando por sua liberdade, só isso...
Levantei-me daquele chão com uma certa temperatura baixa, meu corpo estava de certa forma toda dolorida, meus músculos estavam tensos, porém seguia firmemente e decidido para o banheiro, se faziam dias que eu estava na mesma posição, talvez eu pensaria que, se eu mantesse a minha pessoa deitado sob aquele chão, poderia esquecer tudo e acordar como se tudo fosse apenas um sonho.
Com uma respiração tensa, músculos apreensivos, pensamentos conturbados, batimentos cardíacos descontrolados, minha ansiedade estava chegando ao seu máximo, talvez se eu tentasse colocar apenas um sorriso para disfarçar, porém não consigo.
No momento eu me encontrava a porta do banheiro, estava quase próximo ao espelho, quando abri meus olhos naquele momento, lá estava eu novamente encarando aquele ser humano que no caso era apenas meu reflexo, minha maldição que iria carregar por toda vida.
Nossos olhares se encontraram, por um triz segurei minha respiração, no entendo o indivíduo apenas me encarava em um silêncio profundo, no entanto seus olhos expressavam o mais genuíno e medonho sentimento, acabei por ligar a água da torneira, me abaixei para lavar meu rosto, precisa, necessitava apenas me refrescar e, não pensar naquilo, não carregar aquilo em meus profundos pensamentos.
Mas quando levantei meu rosto que estava completamente molhado, não havia, sim, não existia nenhum reflexo meu no espelho, naquele momento meus olhos se encontravam completamente arregalados, meus batimentos acelerados, quando toquei no espelho que parecia húmido fazendo o movimento circular para limpá-lo, as luzes estavam se apagando e se acendendo, meu canto de visão estava completamente embaraçada, com um pequeno impulso, meu corpo foi puxado para dentro do espelho, no ato de medo, receio, apenas suspirei pelas profundezas de meus pulmões, apenas gritei o nome de meu reflexo.

- Julian!! - Minha voz executava um eco excelente que me fez abrir meus olhos, estava em um lugar desconhecido, apenas conseguia ver espelhos, quando me virei, lá estava ele lá estava ele parado me encarando, mas no instante que tentei segurá-lo minhas mãos se encostaram em uma estrutura, sim, era um espelho.

- Não, Riley, apenas aceite, você não pode me tocar, eu sou o teu reflexo, ou na realidade você é meu reflexo, ou você me liberta, ou iremos ficar aqui até à nossa miserável existência se cai-à em esquecimento total.

Suas palavras eram firmes, em seu rosto carregava uma expressão de frieza, que de certa forma causou calafrios em minha espinha.
No ápice da raiva, encarei aquele reflexo, em palavras que carregavam um certo ódio, expressei-me.

- Não, você que está à invadir a minha vida, você me perturba, eu não consigo mais viver a minha vida em paz, nunca consigo o viver, porque desde o dia que você começou a existir, eu estou enlouquecendo, perdendo a minha sanidade que me restava.

Com palavras de ódio, fechei meus olhos mordiscando meu lábio inferior com um certo ódio.
No ato, me sentei ao chão, encarando apenas aquela imagem que se mantinha de pé no espelho, estava em uma luta com meu interior, meus sentimentos estavam completamente nistirasos, pensamentos a mil por hora, apenas com os olhos fechados, pressentimento de medo se tomava conta de minha alma, lágrimas que se recusavam sair de meus olhos, minha respiração ofegante, apenas levei minhas mãos para meu rosto, mesmo que eu tentasse gritar não conseguia, minhas mãos trémulas, joguei meu corpo por completo no chão, me deitando de costas naquele chão gelado apenas tentava puxar o ar que talvez restasse em meus pulmões, mas era algo que se parecia impossível, não conseguia me concentrar em um só pensamentos, era aquela sensação de medo mais ao mesmo tempo, era uma vontade de morrer.
Meu coração estava apertado, comecei a me machucar, batia contra meu próprio rosto sem parar, enquanto sentia meu corpo estremecer, no momento escutava o Julian gritar pelo meu nome.

- Riley, Riley!! Ei! Pare, você tem que conseguir tomar o controle de si mesmo, não, não se deixe levar, Riley - No momento nem eu mesmo tinha controle sobre minhas ações, sua voz foi se falhando aos poucos, apenas escutava, escutava estalos, eram sons de vidros se partindo, em meu desespero, apenas mantive meus olhos fechados, sentia os objetos constantes bater contra minha pele, neste momento quando houve uma sensação de dor em meu corpo, os sons de vidro se partindo foi abafado pelos meus gritos aos prantos, sentia o vidro cortar minha pele, um desespero se instalava em mim, o medo de talvez falecer naquele local onde nunca tinha conhecimento, no momento do desfecho se houve uma grande luz, que mesmo de olhos fechados eu conseguia sentir a sua presença, mas logo foi tomado pela escuridão novamente, em meio a minha curiosidade, apenas abri meus olhos, me encontrava num lugar escuro, estava completamente vazia, assim começaram a vir várias cenas, em todas elas era o Julian, mas eu, eu era o Julian, porém, como eu podia ser o Julian, se desde que me conhecia, como diria, eu tenho controle de mim mesmo, eu me conheço e me reconheço como Riley, no momento eram, ou poderiam ser apenas alucinações que tomaram minha mente por completo.
Por um comando de um pensamento intrusivo, comecei a gritar, sim, estava a gritar.

- Não, eu sou, eu sou o Riley, eu nunca fui o Julian, isso é apenas coisa de mim mente que está a enlouquecer - Por minhas últimas palavras em meio o grito, me senti como se estava a cair de um penhasco, era uma sensação estranha, fechei meus olhos e novamente sentindo o mesmo impulso de quando fui empurrado contra o espelho, novamente abri meus olhos, estava em uma sala, ela era totalmente branca, os móveis eram brancos em uma rapidez e movimentos rápidos, corri em direção a porta, mas ela é aberta por vários homens, pareciam enfermeiros, que me agarraram me arrastando novamente para a cama, tentava gritar para que pudessem me soltar, mas não havia nenhum resultado no ato, uma sensação sonolenta havia tomado conta do meu ser, uma agulha com um certo líquido havia sido cravado em mim, perdendo todas as minhas forças, mas antes que eu perdesse minha total consciência, pude escutar uma pequena frase.

- O paciente 003, Julian Leroy já se encontra sob controle novamente. -  Sim, era um dos homens que me segurava que comunicava para o outro que apenas anotava em um caderno tudo o que ocorreu naquele lugar e, novamente se houve um impulso contra minha própria alta, desta vez meus olhos se abriram desta vez, eu me encontrava em meu quarto, porém minha mãe estava a gritar pelo meu nome.

- Julian, acorda, Julian Leroy, você está atrasado para a faculdade, hoje você não tinha um trabalho importante para entregar? - Meu quarto havia sido invadido pela mulher de quarenta e cinco ano, que me encarava com uma feição de desaprovação, em um pulo me levantei, apalpei meu corpo, reparei que tudo aquilo que havia acontecido comigo era um sonho, quando virei meu rosto para o espelho que ficava atrás da mais velha que estava à minha frente, pude ver que era minha própria imagem, não era nada fora do comum, a mesma relatando que estava sendo ignorada, apenas saiu do quarto, então tudo que havia se passado com minha pessoa era apenas um sonho, mas no momento acabo por lembrar do meu trabalho de transtornos de personalidade que não havia terminado corro em direção ao meu computador, para terminar o trabalho e tentar entregá-lo à tempo, porém impressionado com o sonho que carregava uma dose de realidade tinha acabado de acontecer comigo.

WRITINGLAB - Projeto LiterárioOnde histórias criam vida. Descubra agora