Desafio 3.5 - Poema relacionado a Cores e Sentimentos

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A névoa da manhã se dissipava lentamente, revelando um campo coberto de lavanda que se estendia até o horizonte. A luz suave do sol nascente banhava o mundo em tons de violeta, um manto de serenidade que parecia flutuar no ar. Ela caminhava entre as flores, os dedos roçando delicadamente as pétalas, e o aroma doce envolvia seus sentidos, preenchendo o espaço ao seu redor com uma calma quase etérea.

O violeta do campo era profundo, como o crepúsculo antes de um sonho, uma cor que evocava mistério e introspecção. Havia algo ali, na quietude daquele lugar, que ressoava com o que ela sentia por dentro — uma mistura de saudade e aceitação. Cada passo era lento, como se o tempo tivesse perdido a urgência de avançar, como se tudo pudesse permanecer suspenso naquele momento para sempre.

Ela parou e fechou os olhos, respirando fundo o perfume das flores, permitindo-se mergulhar nas emoções que o violeta despertava. Era uma cor que lhe falava de despedidas silenciosas, de amores que haviam se desvanecido, mas também de uma quietude renovadora. O violeta era a cor de quem já conheceu a dor, mas que, agora, a acolhia com uma paz inexplicável.

Quando abriu os olhos, o céu começava a se tingir com leves nuances de azul e rosa, mas o violeta ainda dominava o campo. E, por um instante, ela soube que aquela cor representava algo mais — a transição entre o que se foi e o que ainda estava por vir, uma ponte entre o passado e o futuro. Ali, no meio do campo de lavanda, ela encontrou a resposta que tanto buscava: o violeta era a cor da aceitação, do recomeço silencioso.

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