Capítulo 13

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P.O.V. – Bloom

Estamos de regresso ao nosso apartamento, depois de um fim de semana prolongado em casa dos nossos pais. Fim de semana que correu especialmente bem. O vizinho do bolo não me chamou mais nenhuma vez para conversar e o vizinho que tenho em casa dos meus pais também não parecia estar em casa, o que resultou em algum sossego para mim.

Assim que comecei a desfazer as malas ouvi a campainha tocar.

-Eu vou lá! – disse a Daphne – Espero que seja o meu bolo!

Ri, continuando a arrumar as minhas coisas.

-Olá! – ouvi-a cumprimentar, depois de abrir a porta.

-Trago... o teu bolo! – reconheci a voz dele.

-Muito obrigada! Queres entrar para comer connosco?

-Não... não sei... talvez não seja boa ideia.

-Vá lá! A Bloom não te vai criticar mais do que já estás habituado.

-Mesmo assim... prefiro não testar os seus limites.

-Aproveita que ela hoje está especialmente meiga.

-Eu aposto que contigo estará sempre minimamente meiga. Não posso dizer o mesmo.

-Fica!

-Onde ela está?

-No quarto.

-Eu fico, mas só se ela quiser.

-Força, é a segunda porta à esquerda, pelo corredor. Eu vou preparando o lanche.

Terminei de arrumar as minhas coisas poucos segundos antes de ouvir bater à porta. Fui abrir a mesma dando de caras com o vizinho extremamente sorridente.

-Se me vieste pedir autorização para aceitar algo que a minha irmã te pediu, não sou os teus pais.

Ele sorriu.

-Acho que ela não me pediu para ficar por ela.

Suspirei e virei-me, indo para a minha secretária.

-Podes entrar.

O vizinho aproximou-se de mim.

-Tens um quarto bonito - comentou ele.

-Eu sei!

Ele riu

-Não és nada convencida!

-Sei que tudo o que sou e tenho é bom, não preciso que me digam.

Ele mexeu nos bolsos, tirou de lá uma folha dobrada e entregou-me. Aceitei a folha, já sabendo que se trata do desenho que ele fez. Desdobrei a mesma apenas para confirmar. Pousei-a na secretária. Remexi numa das minhas gavetas e encontrei o que procurava.

-Não preciso de um desenho de ti para nada - disse eu, entregando-lhe o desenho que fiz dele.

Ele abri-o e sorriu.

-Está melhor agora

-Claro que está, eu encontrei as minhas coisas, pintei e melhorei os traços do desenho. Não deixo coisas a meio.

-Significa que também vais completar o conhecer-me? Ou pelo menos, deixar-me chegar a metade da tua lista?

Ri, virei-me para ele e aproximei-me.

-Se é o que realmente desejas...

-Eu quero.

-Mas tendo em conta o que me tens dito, acho que estás a fazer mal as contas. Muito mal mesmo.

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