P.O.V. – Bloom
Assim que acordei tomei banho e preparei-me para sair. Optei pelo costume, uma t-shirt, desta vez rosa e umas calças justas brancas. Antes mesmo de ter terminado de comer ouvi tocar à campainha. Abri a porta ao vizinho.
-Bom dia!
-O que fazes aqui às oito e quinze? Eu disse e meia.
-Não são e meia?
-Não.
Mostrei-lhe o ecrã do meu telemóvel, onde agora marcam 8:16.
-Oh... Desculpa... Eu... No meu...
Ele mostrou-me o seu relógio de pulso, onde marcam 8:30.
-Devias pensar em acertar esse relógio.
-Posso entrar?
-Que remédio tenho?
-Isso é um sim?
-Entra antes que mude de ideias.
Ele entrou e eu fechei a porta.
-Realmente ainda bem que tive a oportunidade de receber e te dar alguns beijos na bochecha ontem. Acho que hoje não teria tanta sorte.
-Acredita que não terias mesmo.
-Acordaste para o lado errado da cama?
-Só não dormi como deveria.
-Amanhã estás boa?
-Assim que me vir livre de ti fico melhor... muito melhor, na verdade!
Ele riu.
-Talvez não estejas tão mal como parece. Continuas extremamente fofa e divertida.
-Podes parar? Tenho de terminar o meu pequeno almoço.
-Eu elogiar-te não impede em nada de ires comer.
-Impede. Obrigatoriamente tenho de me chatear contigo por o fazeres, discutirmos um bocadinho, amenizar as coisas... leva o seu tempo.
Ele abriu um grande sorriso.
-Estar contigo vai ser sempre algo que vou achar extremamente divertido.
-Se não quiseres ir sozinho para a faculdade, cala-te e deixa-me ir comer a minha refeição.
O vizinho assentiu com a cabeça e seguiu-me até à cozinha, onde me sentei novamente a comer.
-A que horas adormeceste?
-Perto das 23.
-Então deverias estar bem e não a arrogante mas bela Bloom que estás a ser agora. E sim, és bela mesmo quando tens essa cara de má.
Mandei-o ir se foder, o que resultou em mais gargalhadas da sua parte.
-Ok, mas porque não dormiste bem? Não encontro outra desculpa para tanto mau humor logo pela manhã, do que uma noite malpassada.
-Não sei. E eu dormi muito bem. Só não descansei.
-A Daphne?
-Vens aqui por mim ou pela minha irmã?
Ele corou.
-Por ti, obviamente!
-Então porque perguntas por ela?
-Que fofa! És ciumenta!
-Isso é fofo?
-Ligeiramente.
-Eu não disse por... Raios! És mesmo chato.
-Virei o jogo! - disse ele, enquanto se ria - Começo a conhecer-te. Sabia que era para implicar comigo, não por causa disso.
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Pressure
FanficBloom, uma rapariga normal de 17 anos, entra na universidade e tem de lidar com a grande probabilidade de novas amizades e amores abrirem profundas feridas do seu passado. Assim como tem de lidar com a pressão de provar ser tão "perfeita" como a sua...