Zombie Apocalypse - Jennie x You G!P

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O silêncio era contrangedor... pelo menos para mim.

Olhava de canto as vezes, vendo S/n dirigir, mas não demorava a desviar o olhar para a janela.

Vim na intenção de conversar com ela.

Taehyung sempre diz que eu sou muito infantil para algumas coisas, principalmente aquelas que saem do meu controle. Eu odiava quando ele dizia isso, mas depois de tudo que aconteceu entre mim e S/n, percebi que não era mais do que a pura e sincera verdade.

Eu estou muito arrependida e, mesmo sem esperanças de que voltemos a ser como antes, queria me desculpar de forma decente dessa vez... de forma adulta.

Queria resolver toda a bagunca que eu fiz para que o clima estranho e pesado entre a gente acabasse de uma vez.

Mas agora, aqui, bem ao lado dela, travei.

Estou envergonhada lembrando das merdas que eu falei. Me sinto tão constrangida, minha vontade era pular para fora desse carro, mesmo que ele esteja se movendo a 80km/h.

Olhei pra ela de novo.

Ela estava simplesmente ignorando a minha presença ali. Dirigia serena.

Uma mão no volante, e a outra descansava em seu colo, usava apenas para trocar a marcha. Eu sempre achei tão atraente o jeito que ela dirige...

Eu queria começar a conversar, mas minha voz não saía e forma alguma. Eu não conseguia emitir som nenhum.

E logo me veio aquele maldito nó na garganta.

"Eu expulsei da minha vida a pessoa que eu mais amo nesse mundo. Expulsei de forma tão rude, a culpei por tudo quando na verdade ela não tinha culpa de nada. Eu amassei o coração dela como se fosse uma folha de papel. Arrependida, tentei desamassar, mas, sempre acaba rasgando em alguns lugares. Foi isso que eu fiz, tentei consertar e acabei quebrando mais. Agora quero escrever numa folha de papel nova, sem danos, mas recomeços são tão difíceis, não sei se consigo escrever uma nova história".

Chegamos e eu nem percebi que S/n não estava mais no carro, só me dei conta depois de ouvir o baque dela fechando o porta-malas.

Caminhou até a janela e me olhou.

— Você vai ficar no carro?

Eu não respondi. Fechei o vidro e sai do carro, ela trancou e caminhou até uma farmácia.

Estava apenas a seguindo, sem dizer absolutamente nada.

Para que eu vim então?

— Você quer alguma coisa? Se quiser já pega logo — Ela falou.

Ela não falava grosseiramente, mas também não falava delicadamente. Era normal, como se eu fosse uma pessoa qualquer.

E foi estão que criei coragem para falar.

— Me desculpa.

— Hm? — ela se virou pra mim com a testa franzida.

— Me desculpa — eu repeti com firmeza e ela suspirou.

Com certeza, cansada desse assunto.

Achei que ela iria falar "já chega desse assunto", ou dizer "a gente conversa depois" ou qualquer fala que me mandasse calar a boca indiretamente, mas não.

Ela achou uma cadeira, arrastou até que estivesse a minha frente, se sentou e me olhou como quem dizia "continue".

— Eu sei que fui muito infantil com você, disse e fiz coisas que te machucaram profundamente. Eu estou arrependida e só quero lidar com isso da melhor maneira, não quero que o clima estranho entre a gente afete o resto do grupo, todo mundo já está desconfortável com a nossa situação e bom... sei que toda essa bagunça é culpa minha. Eu só quero seu perdão e dizer que isso nunca mais vai se repetir — Eu disse tudo com calma.