Marry Me

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Jennie segurava o teste de gravidez nas mãos, sem conseguir tirar os olhos dele. Era uma mistura de emoções tão grande que ela nem sabia ao certo o que estava sentindo — alegria, medo, confusão, tudo junto, embolado. Olhou ao redor do cômodo em silêncio, o peso da situação caindo sobre ela. Como seria trazer uma criança a esse mundo? Um mundo onde nada era garantido, onde cada dia era uma luta para sobreviver?

Sentou-se no sofá e passou a mão pelo rosto, pensando no que isso significava. Ter um filho sempre foi um sonho, mas imaginar isso em meio ao caos parecia... absurdo. Ela se perguntava se seria justo colocar uma criança para viver nesse cenário cheio de perigos e incertezas. Jennie sabia que faria de tudo para proteger essa vida, mas o medo de não ser suficiente apertava seu peito.

Os pensamentos dela se encheram de dúvidas. Como essa criança iria crescer? Será que teria amigos? Conseguiria brincar, sorrir, ser feliz? Ou estaria sempre fugindo, sempre se escondendo? Só de imaginar esse futuro, sentiu o coração apertar. A última coisa que queria era dar uma vida dura para o bebê.

Mas então, pensou em S/n. Lembrou-se de tudo o que tinham enfrentado juntas e do quanto S/n era uma força ao seu lado. Se elas haviam chegado até ali, quem sabe conseguiriam criar algo bom em meio ao caos. Talvez não fosse o lar perfeito que ela um dia sonhou, mas seria um lugar onde aquela criança sempre teria apoio, sempre teria amor.

Suspirou, sentindo o peito um pouco mais leve. Por mais louco que parecesse, uma esperança começou a surgir. Talvez o mundo nunca mais fosse como antes, mas quem sabe, com S/n, elas conseguiriam dar um pouco de luz a essa nova vida. Decidiu, então, que enfrentaria o que viesse — com medo, sim, mas com coragem também.

O som dos passos de S/n tirou-a dos pensamentos. Jennie respirou fundo, com o coração acelerado, mas pronta para contar a notícia. Sabia que, junto de S/n, aquele futuro incerto seria mais suportável, e talvez até um pouco mais feliz.

— O que faz aqui sozinha?

Jennie suspirou e, sem pensar muito, estendeu o teste para S/n, que olhou para o objeto e depois para Jennie, incrédula.

— Jennie… — S/n disse, a voz vacilando. — Você está… nós vamos ter um bebê?

Jennie assentiu, nervosa, mas encontrou um sorriso suave no rosto de S/n. Um sorriso que, de alguma forma, iluminava aquele espaço e fazia o peso em seu peito diminuir. O que mais a surpreendia era a paz que sentia ao ver S/n ali, como se, pela primeira vez, soubesse que não estava sozinha.

— Eu… eu sei que é um pouco inesperado — Jennie começou, rindo nervosa. — E, honestamente, eu mesma ainda estou tentando acreditar. Isso tudo é… muito novo, sabe? Mas eu quero fazer isso. Quero tentar.

S/n não respondeu imediatamente. Em vez disso, deu um passo à frente, pegando as mãos de Jennie nas suas, seus olhos brilhando com uma mistura de emoção e felicidade. Ela respirou fundo, parecendo pensar cuidadosamente nas palavras que queria dizer. Então, como se aquela fosse a única coisa que importasse, um sorriso tomou conta de seu rosto, e ela falou:

— Jennie, eu não quero só tentar. Eu quero estar com você… para sempre. Se eu já não sabia viver sem você antes, agora, com essa vida que criamos juntas, eu sei que quero passar o resto dos meus dias ao seu lado. Sei que não passamos pelas “fases normais” de um relacionamento, mas… e se fizéssemos isso do nosso jeito?

Jennie olhou para S/n, surpresa. Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto processava cada palavra que ouvia, uma a uma, até finalmente entender a profundidade do que S/n estava dizendo. Ela sentia seu coração bater acelerado, mas pela primeira vez em muito tempo, era de felicidade, de um tipo de felicidade que quase havia esquecido.

— S/n… você está… — Jennie tentou dizer, mas sua voz foi tomada pela emoção.

S/n se ajoelhou, segurando as mãos de Jennie entre as suas, sem desviar o olhar e tirou a caixinha felpuda do bolso e abriu, revelando o anel dourando e brilhante. O brilho nos olhos dela era intenso, carregado de amor e ternura, como se aquele fosse o momento pelo qual ela esperara durante toda a sua vida.

— Jennie, casa comigo. Vamos enfrentar tudo juntas, construir uma família neste mundo maluco. Talvez a gente não tenha todas as respostas e, definitivamente, não teremos uma vida fácil. Mas eu juro, de coração, que estarei ao seu lado, nos bons e nos maus momentos, por mim, por você… e por essa criança.

O coração de Jennie parecia explodir de felicidade. Sem conseguir conter as lágrimas, ela deu um sorriso largo, rindo entre as lágrimas. Ela não conseguia acreditar no que estava ouvindo, mas, ao mesmo tempo, sentia que aquele era o único caminho que fazia sentido. O mundo ao redor poderia estar desmoronando, mas naquele instante, tudo parecia perfeito. Ali, com S/n, ela finalmente sentia que podia ter uma vida de verdade, uma família.

— Sim, S/n. Sim, eu aceito! — Jennie respondeu, com o rosto banhado de lágrimas, mas com um sorriso que brilhava como nunca antes.

S/n se levantou e a envolveu em um abraço apertado, cheio de emoção, como se cada uma estivesse entregando à outra a parte mais preciosa de si mesma. Aquele abraço era caloroso, era o porto seguro que ambas precisavam, e ali, juntas, perceberam que, por mais incerto que fosse o futuro, estavam dispostas a enfrentá-lo.

Elas se separaram por um instante, apenas para se olharem nos olhos, sorrindo com a certeza de que, em meio a tudo aquilo, tinham encontrado algo que era só delas.

FIM

Zombie Apocalypse - Jennie x You G!POnde histórias criam vida. Descubra agora