4. Royal.

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Hello

Pronta para a noite de hoje

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Pronta para a noite de hoje. Mesmo com a ansiedade falando mais alto e o medo correndo minhas veias, estou em frente a recepcionista do hotel onde marcamos de nos encontrar, e parece que até meu nome a pessoa deixou na recepção para confirmar minha chegada. Estou com uma pulga atrás da orelha, parece que meu coração vai sair pela boca a qualquer segundo, mas não vou desistir até descobrir quem é e por que de tanto mistério.

Entro no elevador inteiro cravejado com itens dourados e me encolho no canto do espelho, olhando atentamente para os números no alto que não param de subir. Último andar, quarto 347. Estou com o cartãozinho reserva que serve como chave da porta, mas confesso que o medo está me deixando aflita.

Sigo em silêncio até o último andar do corredor e encaro a porta de número 347. Pressiono firme o cartãozinho na mão e o coloco no lugar indicado da porta, desvendando um quarto imenso e completamente espaçoso, a minha espera. Olho para os lados em busca de alguém, mas a única coisa que encontro é uma venda preta e um bilhete escrito à mão perto da venda:

"Espero que tenha gostado do lugar que escolhi, então apenas coloque a venda e fique quietinha aí que te encontrarei em breve. Não tente me enganar, estou de olho em cada movimento seu, pode apostar."

Franzo as sobrancelhas com o bilhete, mas não ouso desrespeitar, apenas coloco a venda em meus olhos e respiro fundo ao usufruir da eterna escuridão. Só consigo pensar em Jennie e na forma que ela parecia assustada com isso, como se a escuridão fosse consumi-la e de alguma forma levá-la a óbito. Dou um sorrisinho suave ao sentir alguém atrás de mim. Sou boa com sinais, meu lado corporal sempre me avisa quando algo está errado, ou certo. Umedeço os lábios com a ponta da língua e me agarro a sensação de duas mãos pequenas me agarrando suavemente por trás, puxando-me em direção a seu corpo macio e desproporcional ao meu.

— Hum? — solto um grunhido ao sentir a mão pequena na minha, puxando-me lentamente em direção ao lugar de sua preferência — isso soa muito esquisito, você sabe, né?

Pressiono os dedos na mão devidamente encaixada na minha, sentindo a maciez. Ela é jovem, graças a Deus. Eu não sei o que sentiria se fosse um pouco mais velha... aposto que seria um pouco estranho.

— Não pode falar nada? Sabe que vai ter que soltar a voz quando eu encostar em você, não sabe?

Dou um sorrisinho sacana e quase engasgo ao ser empurrada em um local macio a qual imagino ser uma cama. Me apoio nos cotovelos e sorrio outra vez, respirando profundamente em busca de qualquer resquício de perfume no ar, mas não consigo nada. Porém quando ela toca meu abdômen, agarro-a nos pulsos e inverto a posição por cima, ficando por cima dela, sentindo sua respiração ofegante e toda sua falta de jeito por não saber o que fazer a respeito disso.

Imagino que seja alguém bem inexperiente já que as mãos agora estão trêmulas e a respiração irregular pra caramba. Percorro a ponta do dedo indicador desde o umbigo descoberto até o queixo, sentindo a textura durante o caminho, percebendo suas formas e tamanhos. Os seios são grandes para o tamanho dela, imagino que ela seja menor que eu, foi o que deu a entender quando grudou por trás do meu corpo.

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