Lalisa Manoban nunca desiste de nada, nem mesmo se para realizar seu sonho ela tiver que aceitar estudar em um colégio de riquinhos estúpidos (segundo a própria). Desde pequena ela se esforça todos os dias para se livrar da vida monótona de sua famí...
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— Posso dar um banho em você, Lili?
— Me dar um banho? — Lisa dá uma risadinha, claramente achando graça da minha pergunta.
— Eu comprei um sabonete em sua homenagem.
— Antes você não usava sabonete? — ela ri. Reviro os olhos. — ok, eu vou ser romântica, prometo!
— Eu comprei o sabonete pra você. Nunca usei ele.
Ela franze a testa, claramente confusa. Pego a mão dela e a levo para o meu banheiro, mostrando a ela o sabonete em seguida. Lisa leva uns segundos até entender, e quando percebe a embalagem vermelha com o desenho do homem aranha, ela faz uma careta e me olha toda sem jeito. Solto uma gargalhada alta com a carinha dela. Eu comprei isso a exatos cinco meses atrás, quando vi no mercado não resisti e tive que trazer pra cá.
— Sério? Isso é uma gracinha — ela ultrapassa e pega o sabonete líquido em seguida, esguichando um pouco em sua mão, sorrindo com o sabonete avermelhado cheio de glitter — isso é tão bonitinho.
— Faz cinco meses que comprei.
— Cinco meses? Meu Deus, Jennie... tudo bem, você pode me dar um banho, amor.
Amor. Temos nos chamado assim ultimamente, me sinto animada só de pensar nisso. Eu quero muito ser o amor dela, de verdade, quero demais.
Eu a beijo de olhos abertos porque sinto a absurda necessidade de esquadrinhar sua reação, de decorar cada detalhe. Lisa segura minha cintura e liga o chuveiro de repente, molhando-nos por inteiro de roupa e tudo. Eu não me importo por ser ela. Esse sentimento me deixa estranha, sinto que nunca na vida senti isso por ninguém. Sei que se fosse Kai ou qualquer outro garoto com quem eu já fiquei eu ficaria extremamente irritada nessa situação, sempre odiei me molhar estando de roupa, tanto que nunca tomei banho de chuva antes, mas com Lisa a ideia parece incrível. Me encosto nela e a abraço antes que ela tente mais alguma coisa.
— Como vou te dar banho se você está vestida?
— Hum... pode tirar. Pra me dar banho você precisa fazer todo o processo antes, não acha?
— Mas você vai ter que me prometer uma coisa antes de começarmos com isso, ok?
— Tipo o que?
— Sem colocações sexuais, beijos ou qualquer tipo de gracinha.
— Que? — a indignação em sua voz quase me faz rir, mas estou falando sério, realmente quero ter este momento com ela, sem gracinhas.
— Vamos lá, Lili... você consegue.
— Você quer me dar um banho sem gracinha?
— Sem gracinha. Só eu e você, o sabonete do homem aranha e o chuveiro. Pode ser assim?
