15. Inalação.

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Oi oi oi

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Estou a um dia de me encontrar com Lisa mais uma vez, não poderia estar mais animada

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Estou a um dia de me encontrar com Lisa mais uma vez, não poderia estar mais animada. Meus pais também parecem alegres com a ocasião, eles são loucos para conhecerem ela desde o dia que contei a eles sobre ela, o tão caótico dia da minha vida que eu me dividia entre chorar e tentar manter uma conversa normal.

Eu estou contando com este momento a bastante tempo, para ser sincera... quero muito que ela tenha esse contato com as pessoas que me deram a vida. Meus pais são fenomenais, sempre tiveram uma cabeça centrada, e é isto o que me deixa ainda mais animada. Eles ficaram super felizes quando contei que Lisa está cursando medicina, parecia até que era uma filha deles contando essa decisão, foi a mesma reação que eles tiveram quando entrei na faculdade de música. Quero que Lili se sinta acolhida... sei que não será a mesma coisa, mas ela precisa desse apoio adulto também.

Ainda são três da tarde e já não aguento mais esperar. Pego meu celular e ligo para Lisa em um momento aleatório. Costumo ligar pra ela as quatro da tarde, e por mais louco que pareça, é sempre quando ela está com o cabelo todo bagunçado saindo do banho, óculos embaçados e a carinha mais linda do mundo enquanto tenta equilibrar o celular na cama para conseguir se vestir e falar comigo ao mesmo tempo.

Ela não leva muito tempo a atender, mas parece confusa. Franzo a testa ao olhar diretamente para seu nariz e bochechas mais vermelhas que tudo, parece aqueles personagens animados. O que ela tem? Ela sempre usa a desculpa que o banho estava muito quente e por isso está vermelha, mas ela ainda não tomou banho.

— Lalisa! — brigo com ela, sabendo exatamente o que está acontecendo. Ela está doente e não me contou, por isso estava estranha todo esse tempo. Porcaria! Rosé não me contou também.

— Hum... você ligou mais cedo — ela está tentando esconder o rosto, mas já sei que ela está mal, agora não adianta mais.

— O que você tem, Lalisa?

— Eu não... — ela engasga em uma tosse feia, fazendo meu coração subir na garganta. Porra, ela está terrivelmente mal. Pedirei aos meus avós a receita do chá que eles costumavam fazer quando eu estava mal, isto poderá ajudar quando ela tomar amanhã.

— Você não está bem, Lili... você foi ao hospital?

— Eu não posso...

— Por que, Lili? Suas provas já acabaram, você já entregou todos os trabalhos, o que te impede? Você está mal, olha sua cara.

— Mas eu preciso fazer as coisas aqui... Rosé está enchendo meu saco com esse lance de Natal e... — a tosse seca lhe interrompe, fazendo-a desviar o rosto da câmera. Respiro fundo mais uma vez, preocupada com ela. Quando ela se dá conta que não tem mais do que fugir, sobe uma máscara de inalação desajeitadamente sobre o rosto e se encosta no travesseiro — e eu não tenho convênio, então não vou pagar uma bolada por uma consulta rotineira, Jennie! É muito caro essas coisas, você sabe que sim.

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