O encontro dos opostos

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Era um fim de tarde, o sol baixava lentamente no horizonte, espalhando tons dourados pelo céu do Brasil. No meio de uma cidade vibrante, cheia de música e cores, o Brasil caminhava com sua habitual confiança, irradiando energia. Seu sorriso era contagiante, mas seus olhos carregavam um cansaço que só ele sabia explicar. A intensidade de ser quem era, com tantas expectativas e olhares voltados para si, às vezes pesava.

No entanto, naquela tarde, seus pensamentos foram interrompidos por uma presença imponente. No canto de um café, entre sombras e uma brisa gelada que parecia vir de outro mundo, estava o Rússia. Com uma postura firme e misteriosa, seu olhar era penetrante, profundo, como se pudesse ver além das camadas de alegria e descontração que Brasil costumava exibir. Havia algo intrigante na forma como ele permanecia quieto, quase imóvel, observando o mundo ao seu redor com uma calma calculada.

Brasil, com seu jeito caloroso e expansivo, não pôde evitar se aproximar. Havia algo naquele ar de mistério que o atraía. "Oi," disse ele, puxando uma cadeira. "Você é novo por aqui, né?"

Rússia olhou para ele de cima a baixo, os olhos azuis frios como gelo, mas havia uma faísca de curiosidade. "Talvez," respondeu Rússia, com um tom que misturava indiferença e uma sutil provocação. Brasil sorriu, desarmado, não se deixando intimidar pela frieza. Sentia que por trás daquela parede gelada havia algo mais profundo.

"Você parece perdido," Brasil disse, cruzando os braços, como quem tentava decifrar um enigma. "De onde você veio?"

Rússia ergueu uma sobrancelha, intrigado pela ousadia do Brasil em quebrar seu ar distante. "Do norte," respondeu vagamente, girando o copo de café entre os dedos. "Mas acho que não estou tão perdido quanto você pensa."

Brasil riu, o som quente e alegre, como se a própria terra que o formava estivesse pulsando nele. "Ah, então você sabe se encontrar? Porque eu vivo me perdendo por aí. Especialmente em festas..." piscou, tentando quebrar o gelo. Rússia não sorriu, mas algo nos seus olhos suavizou.

"Você é curioso," Rússia comentou, estudando o rosto do Brasil, tentando entender como alguém tão aberto e expansivo podia carregar o peso de um país tão complexo. "E essa curiosidade pode te meter em problemas."

Brasil inclinou a cabeça, sem perder o brilho no olhar. "Eu gosto de problemas. Fazem a vida mais interessante, não acha?"

Por um momento, o silêncio pairou entre os dois, carregado de significados. Brasil sentiu um frio na espinha, como se estivesse sendo avaliado, mas também sabia que havia algo diferente ali, algo que o chamava. Rússia, por outro lado, não conseguia entender por que o calor e a alegria de Brasil o afetavam de forma tão inesperada. Talvez fosse o contraste com a sua própria natureza distante e reservada.

"Talvez," Rússia repetiu, finalmente cedendo, com um leve sorriso nos lábios. "Vamos ver até onde essa sua curiosidade te leva, Brasil."

E ali, naquele encontro de opostos – o calor e a frieza, a alegria e o mistério – começava uma história que, como suas próprias nações, seria marcada por paixões intensas, desafios profundos e uma atração que nenhum dos dois poderia ignorar.


Notas: sim as falas vão ser em aspas porque é mais prático para mim que estou fazendo isso no meio da aula😘

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