Passos em Direção ao Desconhecido

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O sol havia nascido, iluminando a sala com um brilho suave  que parecia simbolizar um novo começo. Brasil e Rússia estavam juntos, sentados em silêncio, absorvendo o que havia acontecido na noite anterior. O clima estava mais leve, mas a tensão ainda pairava no ar, como um balão prestes a estourar.

"Você se lembra do que disse sobre as coisas que você gostaria de fazer?" Brasil perguntou, quebrando o silêncio. "Como se libertar um pouco?"

Rússia assentiu, os olhos perdidos nas cores do céu. "Sim... mas é mais fácil falar do que fazer."

"É verdade," Brasil concordou. "Mas que tal começarmos devagar? Podemos fazer uma lista de coisas que você gostaria de experimentar. Não precisa ser nada grande. Só algo que te faça sentir que você está saindo dessa bolha."

Rússia olhou para Brasil, surpreso com a sugestão. Fazer uma lista? Isso parecia quase infantil, mas algo na proposta fez seu coração acelerar. Ele estava cansado de sempre fazer as mesmas coisas, de estar preso em uma rotina que não o satisfazia.

"Como você sugere que eu comece?" ele perguntou, sua curiosidade despertada.

"Que tal pensar em algo simples, algo que você sempre teve vontade de fazer, mas nunca teve coragem?" Brasil sorriu, cheio de entusiasmo. "Como, sei lá, tentar dançar? Ou experimentar uma comida que você nunca provou?"

Rússia franziu a testa, pensativo. Dançar? Ele nunca tinha pensado nisso. A ideia de expor-se assim parecia assustadora, mas, ao mesmo tempo, havia um certo apelo na ideia de se permitir uma nova experiência. "Dançar... pode ser interessante," ele disse lentamente.

"Ótimo! E que tal também experimentar cozinhar algo diferente?" Brasil sugeriu, sua animação crescendo. "Nós dois na cozinha, fazendo uma bagunça. Pode ser divertido!"

A imagem de si mesmo na cozinha, ao lado de Brasil, fez com que um sorriso involuntário surgisse em seu rosto. "Nunca fui bom em cozinhar. Não sei se seria uma boa ideia."

"Mas é exatamente por isso que é uma boa ideia! Não precisa ser perfeito. O importante é se divertir," Brasil disse, insistente.

Rússia sentiu uma onda de entusiasmo se formar dentro dele, algo que não sentia há muito tempo. A ideia de se soltar um pouco, de deixar a pressão de lado e apenas aproveitar a companhia de Brasil, parecia mais atraente do que ele poderia imaginar.

"Está bem, então. Dançar e cozinhar. Que mais?" Rússia começou a anotar as ideias em um pedaço de papel, enquanto Brasil o observava, um sorriso satisfeito no rosto.

"Talvez uma caminhada ao ar livre? Ou assistir a um filme que você nunca viu?" Brasil acrescentou, e a lista começou a ganhar vida.

Rússia olhou para o papel, e algo dentro dele se agitou. Ele não estava apenas fazendo uma lista de atividades; estava abrindo uma porta para novas possibilidades. "E se, no final de tudo isso, eu me sentir diferente? Como se estivesse mudado?" ele disse, sua voz refletindo uma mistura de ansiedade e expectativa.

"Você vai se sentir diferente, e isso é ótimo! Mudança não é uma coisa ruim. É uma oportunidade," Brasil respondeu, a empolgação em sua voz contagiante.

Com o passar do tempo, a lista foi crescendo e se diversificando. Os dois passaram a manhã discutindo atividades, rindo e se divertindo, e à medida que a conversa fluía, Rússia percebeu que estava começando a se abrir de maneiras que nunca imaginara ser possível.

"Você realmente acredita que isso pode funcionar?" Rússia perguntou, sua voz um pouco hesitante.

"Com certeza! Você só precisa se permitir sentir e experimentar. E se as coisas não saírem como planejado? Não tem problema, a vida é sobre isso. É sobre viver!" Brasil disse, com um brilho determinado nos olhos.

Rússia balançou a cabeça, lentamente assimilando as palavras de Brasil. Ele queria acreditar. Queria se permitir isso. Um pequeno sorriso começou a se formar em seus lábios, um vislumbre da nova possibilidade que estava se desenrolando diante dele.

"Você é diferente," Rússia finalmente disse, olhando diretamente para Brasil. "Eu... não sei o que você fez comigo, mas sinto que posso tentar."

"É isso aí! Você só precisa confiar em si mesmo," Brasil sorriu, seus olhos brilhando de orgulho e alegria. "Eu estarei aqui, sempre que você precisar de mim."

E assim, com a luz do novo dia banhando a sala, Brasil e Rússia fizeram um pacto silencioso. Um compromisso de se apoiarem, de enfrentarem juntos o desconhecido e de se permitirem experimentar a vida de uma forma nova e revigorante. O futuro ainda era incerto, mas, pela primeira vez, Rússia sentia que não estava sozinho.

Próximos passos. Uma nova jornada.






Notas: olá genteee to aqui de novo espero que gostem🤞 (aula de matemática, vou sempre falar porque acho que é da fanfic já ksksk) querem q eu conte do meu pé?

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