07 - Minaccia Phantasma

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Notas da autora:

gente, só um aviso antes de ler: o capítulo anterior sofreu umas alterações importantes!

Pov da Sakura!

—•—

O meu corpo deve me odiar.

Eu consigo ouvir perfeitamente a voz brava e alta de Tsunade me castigando com vários palavrões que eu nunca tive conhecimento antes. Não posso beber igual a um carro velho, mas é claro que não sou capaz de evitar todas as saídas de sexta-feira à noite com Konan e Itachi — fora Yahiko. É quase uma tradição, e quebrá-la resultaria em muitas reclamações no meu ouvido, que não tem um pingo de saco para amolações.

Então, eu tento equilibrar o prazer com a disciplina.

E eu só tenho essa capacidade porque, de certa forma, os treinos e as lutas são o ápice do prazer para mim. Qualquer tipo de atitude que acabe com essa minha prioridade é cortada sem ao menos um resquício de arrependimento ou dúvida. Não sou tão estúpida a esse ponto, e meus melhores amigos sabem bem dessa condição.

Portanto, eu saio quando posso, eles aproveitam enquanto dá, e todos se equilibram nesses termos.
Também não é como se os dois fossem desocupados ao ponto de não terem mais nada para fazer enquanto me esperam parar um pouco. Itachi é um estudante de Direito maluco e sistemático, sua organização é quase uma tortura para mim. Mas em contrapartida, o seu apartamento é o que acaba sendo o mais confortável dos três, então o nosso ponto de encontro sempre resulta lá.

Já Konan, ela tem seus serviços independentes por aí. Eu nunca entendi muito bem, ela explica algo sobre viver a vida livremente e só isso já é motivo o suficiente para que eu apenas acene positivamente com a cabeça a fim de encerrar aquela conversa com teor conspiratório e espiritual.

Mas eu não posso negar que todas as nossas festas terminam em caos puro e muita ressaca para cuidar.
Na noite de ontem, um carinha se solicitou a pagar as bebidas da nossa mesa. Ele jogava papo fora e dava umas investidas em mim, o que resultava num Itachi bravo e muito ciumento. Konan ria sempre que o rapaz ia pegar mais drinks, ela adorava tirar uma com a cara do Uchiha, e Yahiko se pendurava em cima do muro, dizendo que aquele b.o não era seu.

Claro que eu não estava interessada em ficar com aquele garoto, apesar de ele ser muito simpático, educado, respeitador e bonito. Ah, ele tinha uns toques de belezas bem generosos. Tinha um papo divertido e um brilho que me lembrava o Naruto, por isso não foi uma tortura fingir que eu estava super na sua, até porque o clima estava legal.

Porém, não ao ponto de eu sentir algum tipo de atração.

Ele deve ter entendido isso, porque não insistiu nem coisa parecida. Apenas me pediu o meu Instagram e me seguiu por lá.

Geralmente, eu não tenho pique para flertes e pegações aleatórias em festas, mas isso não quer dizer que eu não fico com pessoas divertidas e legais que aparecem por lá, como o cara de ontem. Então, o meu comportamento me deixou bastante pensativa.

E quando eu somei A + B e cheguei a C, que seria o combo de reações que Sasuke conseguiu me tirar da oficina, eu condenei cada parte insana e psicopata do meu corpo todo. Não fazia sentido, não tinha o porquê.

A única explicação plausível seria a adrenalina que eu libero quando entro no joguinho de provocações com o Uchiha, levando algumas ameaças de brinde, mas ninguém me levaria a sério. Nem eu mesma boto tanta credibilidade assim nessa linha de raciocínio.

Mesmo que de alguma forma faça um pouco de sentido, um bom exemplo disso é a luta clandestina. Eu sempre extravaso quando estou no ringue, e Sasuke consegue tirar sempre o meu máximo em todos os atritos. De certo modo, há alguma via conectiva aí.

A Melhor Amiga Do Meu IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora