01 - Sweet Pugna

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Notas Iniciais: Oi, gente! Então, me aposentei da plataforma ao lado hahaha. Para inaugurar a minha vinda para cá, decidi postar o primeiro capítulo da minha fanfic que mais pedida por atualização. Tenham uma excelente leitura, cheiro!

Link para a playlist: na bio do meu perfil!


C A P Í T U L O U M

Sweet Pugna


Pior do que acordar de porre — que, com toda certeza, vai me render uma grande dor de cabeça com Tsunade — é se deparar, às seis e meia da manhã, com uma mensagem da sua mãe. Eu sei que muitas pessoas têm uma família maravilhosa e equilibrada, mas a minha deixou de ser isso a partir do momento em que meu pai, Kizashi Haruno, o homem mais conservador e protetor da família que já conheci, arranjou uma amante.

E minha mãe, como a boa cristã do lar que é, fingiu-se de cega da pior maneira possível. É claro que, para uma criança de doze anos, isso foi algo bastante difícil de entender, principalmente quando crescemos numa sociedade onde a família tem o livre arbítrio para ser tóxica, apenas por ostentar esse título em nossas vidas.

Bom, isso não seria um problema, de forma alguma. Eu aprendi a ser independente desde os meus quinze anos, justamente no momento em que passei por uma desgraça enorme ao entrar no meu colegial. Era bobinha, tinha crises de ansiedade e praticava automutilação, e, óbvio, não recebi apoio algum de meus pais.

Aos olhos do meu pai, eu não passava de uma vadiazinha mimada que fez tal ato — como se fosse realmente me beneficiar — para chamar atenção. E eu chamei atenção, mas não foi do jeito que ele acreditava que seria. Para Mebuki, me tornei a vergonha da família, e isso foi só o que faltava para receber total negligência por parte deles.

Então, eu entrei de cabeça no mundo das lutas clandestinas.

O primeiro contato foi com meu ex-namorado, Sasori. Sua prima, Temari, trabalha até hoje como barwoman em uma academia que participa dessa parte ilegal. Ele me apresentou o lugar, inicialmente, como uma terapia. Eram apenas treinos de boxe, mas Tsunade, a dona do lugar, viu algo em mim e me chamou para fazer parte do seu time.

Comecei a lutar, mesmo, aos dezesseis anos. O ano anterior foi apenas treinamento, um treinamento pesado.

Podem me chamar de masoquista, mas quanto mais eu treinava, mais eu me sentia bem. Sentia a adrenalina correr pelas minhas veias, principalmente quando decretavam nocaute para a minha adversária.

O ringue é a minha vida, desde então.

É onde eu me sinto viva.

Mantenho apenas as minhas crises de ansiedade — ainda bem menos do que antes —, porque Itachi se prontificou a me levar à uma psicóloga. Por pouco, não tomei medicações, mas isso não me torna melhor do que ninguém. As mutilações pararam, e me sinto bem melhor sem elas. As lutas supriram essa compulsão da maneira mais improvável.

E isso tudo é uma merda.

Eu sou uma merda.

Constato isso no momento em que leio a mensagem de minha mãe, pedindo, pela terceira vez em duas semanas, mais dinheiro. É só isso que ela sabe fazer, já que foi demitida há três anos por incompetência. Passou mais tempo caçando a amante de seu marido do que trabalhando. E, no fundo, Mebuki nunca quis trabalhar. Queria ser uma eterna dondoca, mas percebeu — tarde demais, inclusive — que Kizashi não tinha tanto dinheiro assim.

A Melhor Amiga Do Meu IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora