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📍Location — Fortaleza, Ceará

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📍Location — Fortaleza, Ceará

A correria me obriga a ir e eu só queria um tempo pra poder ficar, mas a reponsa me faz ter que ir por um bom tempo. Acho que nunca fiquei tão mal igual agora. Pô, ter que se despedir da minha mulher pra ter que ver ela depois de 2 meses não é nada fácil, ainda mais grávida.

Eu fico me culpando por não poder ficar aqui com ela, mas trabalhar com música não é fácil e nunca vai ser, muitas vezes a gente tem que fazer sacrifícios, e esses sacrifícios é o karma que eu herdei da minha família.

Me dá um grande peso na consciência de saber que eu não vou poder estar aqui com ela e que eu vou perder os primeiros meses da gravidez dela, porque eu queria acompanhar desde o início, mas não vou poder.

Sentir seu cheiro pela última vez me dá um aperto no peito. Seu choro baixinho ecoava no meu ouvido, duas lágrimas pingavam no meu moletom cinza.

— Chora não pequena — acariciei suas costas.

Vê ela nessa situação mexe muito comigo. Eu faria de tudo só pra poder ficar aqui com ela, mas nem tudo é do jeito que a gente quer.

— Eu vou sentir sua falta — falou baixinho com a voz fraca e tirou o rosto da curva do meu pescoço.

Senti um aperto enorme no peito. Pô, eu moveria céus e terras por essa menina, eu faria qualquer coisa pra não ver mais ela assim, mas nessas horas até o possível se torna impossível, eu não tenho escolha em relação a isso.

— Eu também vou princesa — limpei seu rosto com meu polegar.

— Promete que vai me manter informada sobre tudo, tudo mesmo? — me olhou com o olhar frágil.

— Prometo — coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da sua orelha e dei um selinho nela.

Logo saiu pelas caixinhas de som do aeroporto o anúncio do meu vôo. Nós dois nos olhamos e era perceptível sua tristeza em seu olhar.

— Boa viagem vida — me deu um abraço e eu retribui.

Seu cheiro doce e viciante tomou conta do meu olfato.

— Valeu linda — depositei um beijo no seu ombro — te amo muito amor — acariciei sua cintura.

— Também te amo vida — afastou o rosto do meu pescoço e me deu um selinho.

Mordi sua boca de leve, puxando para perto da minha novamente e iniciei um beijo calmo, sua língua dançava com a minha, o gosto de melancia do seu trident favorito, estava em todas as partes da boca dela misturado com maconha.

Suas mãos passavam pela minha nuca, fazendo eu me arrepiar com os arranhos que ela dava.

A falta de ar chegou depois de um tempo e ela finalizou com dois selinhos, no final ela juntos nossas testas, fazendo eu sentir sua respiração batendo no meu rosto.

𝐎 𝐃𝐈𝐀𝐁𝐎 𝐕𝐄𝐒𝐓𝐄 𝐏𝐑𝐀𝐃𝐀 | Mᴀᴛᴜᴇ̂ Onde histórias criam vida. Descubra agora