𝕻𝖗𝖊𝖋𝖆́𝖈𝖎𝖔: 𝕾𝖎𝖈 𝕴𝖓𝖋𝖎𝖙

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❝𝘕𝘢𝘥𝘢 𝘮𝘦 𝘥𝘪𝘷𝘦𝘳𝘵𝘦 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘢 𝘢𝘯𝘨𝘶́𝘴𝘵𝘪𝘢 𝘥𝘰𝘴 𝘮𝘦𝘶𝘴 𝘢𝘥𝘷𝘦𝘳𝘴𝘢́𝘳𝘪𝘰𝘴.❞

— 𝘓.𝘚. 𝘍𝘦𝘳𝘳𝘦𝘪𝘳𝘢

 𝘍𝘦𝘳𝘳𝘦𝘪𝘳𝘢

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A noite de Halloween envolvia a cidade em um manto de trevas e falsas ameaças. As ruas fervilhavam com crianças fantasiadas, algumas acompanhadas e outras não, vulneráveis aos adultos e jovens embriagados, todos perdidos em sua própria versão de horror fabricado. Era um feriado para comemorar, com uma áurea divertida, as versões mais sombrias e assustadoras de si mesmo.

Uma grande hipocrisia, já que no restante do ano, todos usavam máscaras para esconder seu verdadeiro eu.

Lalisa havia visto o feio, o rude, a pior versão do ser humano bem em frente aos seus olhos. Ela verdadeiramente conhecia o quão podre eram todas aquelas pessoas fora de suas bolhas de normalidade.

Com todos disfarçados de monstros, personagens aleatórios e até animais, ninguém notou a figura solitária que se movia entre eles, sua máscara de gás totalmente negra se misturando perfeitamente com as centenas de outras.

Ela avançava com propósito, seus passos silenciosos e determinados. A cada passo, a cicatriz em seu rosto latejava sob a máscara, um lembrete constante do motivo de sua missão. As luzes da mansão Alpha Delta Khun brilhavam à distância no campus, um farol de depravação e impunidade.

Parada diante dos portões imponentes, outro lado do gramado, ela sentiu o formigamento familiar em sua cicatriz se intensificar. Era como se sua própria carne pudesse sentir a proximidade daqueles que a haviam marcado. Seus dedos acariciaram a lâmina escondida, ansiosos pelo que estava por vir.

Esta noite, pensou ela, a verdadeira face do terror seria revelada. E ninguém estaria usando uma máscara. Nem mesmo ela.

Enquanto se aproximava da entrada, o som abafado da música e das risadas crescia. Ela podia sentir a vibração da festa pulsando através do chão, como um coração prestes a ser silenciado. Seus olhos, escondidos atrás da máscara fria, percorreram a fachada da mansão, mapeando cada janela, cada possível rota de fuga.

A ironia não lhe escapava. Em uma noite em que todos fingiam ser monstros, ela era a única verdadeira predadora entre eles. Sua mão apertou o cabo da faca, sentindo o peso reconfortante do metal contra sua palma. Cada passo a levava mais perto de seu destino, de sua vingança há tanto tempo, cuidadosamente mapeada.

Enquanto se misturava à multidão de jovens e adolescentes fantasiados, ela pensou em todas as noites que passou planejando este momento. Em como cada detalhe fora meticulosamente calculado. Esta noite não era apenas sobre vingança; era sobre justiça. Uma justiça que o sistema falhou em providenciar, mas que ela estava determinada a executar.

Com um último olhar para a noite estrelada, ela atravessou o limiar da mansão. O ar estava carregado com o cheiro de álcool, suor e expectativa. Mal sabiam eles que, escondida entre eles, estava a personificação de seus piores pesadelos. E antes que a noite terminasse, todos aprenderiam o verdadeiro significado do medo.

A morte já caminhava entre eles, vestida em pele mortal e coberta de vingança.

A iluminação colorida e escura, juntamente a máquina de fumaça e diversas decorações ajudavam a esconder sua figura. Lisa riu quando viu imitações baratas da sua máscara. Não podiam acertar corretamente os olhos, ou a volta da boca. Assim como seu codinome, ela seria um fantasma, deslizando entre eles sem ser notada, quase como em outro plano astral, atravessando seus corpos inúteis até a primeira etapa de seu plano começar.

Tinha cerca de quarenta minutos antes que o segurança voltasse a fazer sua ronda por aquelas bandas, visto o afastamento da Mansão da fraternidade para não atrapalhar os outros estudantes com as constantes festas.

Lisa bloqueou o sinal de qualquer outro aparelho em quilômetros, além dos seus. Sorriu ao ver todos envoltos na névoa da diversão, embebidos no entorpecente feito e dissolvido em todos os suprimentos de água da mansão. Estavam loucos, pulando e dançando em euforia sem saber o que o destino lhes aguardava.

As luzes baixaram ainda mais, tornando-se quase impossível ver alguma coisa nitidamente sem as lentes de visão noturna acopladas na máscara fantasmagórica que Lalisa retirou de sua capa, trocando habilmente pela máscara de gás que retornou a sua capa.

Sua faca saiu do coldre rapidamente, brilhando ao que ela esfaqueou o primeiro membro da ADK.

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Beijos trevosos,

Milos :]

HAUNTED 🔪 JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora