Cap 2 - A entrega é o prenúncio do prazer

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- Aceito.

No primeiro "dia de aula" como Giovanna passou a chamar os encontros que teria com Maya, ela pareceu estar muito nervosa, mas não rolou nada além de conversas e passeios.

Afirmou que aquilo era o mesmo que reconhecimento de terreno, elas precisavam se conhecer.

- Tenho fama Maya e minha fama por muitas vezes se tornou implacável para com as mulheres que eu saía, portanto para sua preservação, seria melhor se assumíssemos algum tipo de relacionamento, mesmo que de fachada. Creio que não vá gostar de ficar conhecida como " mais uma da Giovanna".

Ela riu pelo nariz.

- Prefiro ficar conhecida como sua amante do que como "a chifruda da Torres".

Ela gargalhou.

- Não leve tão a sério o que as pessoas falam sobre mim Maya. Não sou a Don Juan que me pintam.

- Então por que se preocupa assim com a minha reputação?

- Apenas por que palavras tem peso. Fora isso, neste dois meses que estivermos juntas serei apenas sua, portanto, não correrá este tipo de risco.

Maya sorriu.

- Hora de experimentar o primeiro passo das aulas Srta. Garcia.

- E qual seria?

- O beijo.

Ela disse segundos antes de tomá-la e beijá-la intensamente.

Maya ficou em choque com o primeiro beijo que recebeu dela. Era intensa, possessiva, e conseguiu lhe tirar o ar em segundos. Foi impossível não comparar ao beijo de Christopher, que era sempre tão igual, cadenciado, repetitivo.

Perdendo a capacidade de pensar, a enlaçou pelo pescoço e devolveu o beijo com avidez.

- Lição número um: A entrega é o prenúncio do prazer. - Giovanna disse com a voz rouca e sensual. - Esse beijo foi magnífico, imagino como será no auge do desejo.

Ela corou.

- Terá de tentar não ficar envergonhada comigo Maya, deixe as coisas fluírem. Sei que não me ama, mas sente algo por mim? - a questionou.

- Bom...eu...Claro que sim, eu não...Não pensaria em você se não...

- Se não me desejasse? - completou e ela concordou.

- Me deseja há muito tempo?

Corou mais ainda.

- Sim, há algum tempo. Você sabe que é uma mulher desejável.

Giovanna riu.

- Me desejava quando estava com seu noivo?

- Uma mulher tem direito a fantasias, o que está tentando fazer? Me deixar mais envergonhada?

- Não, apenas desejava inflar meu ego já enorme.

Ela riu.

- Ora vamos Maya não fique assim. Sei que jamais trairia seu noivo.

- Está tudo bem. Quando pretende...Quando vamos iniciar...

- Está assim tão ansiosa? - Giovanna brincou, mas mudou logo a conversa após ver sua expressão. - Desculpe, é brincadeira. Não estipularemos uma data para isso, ocorrerá naturalmente.

- Mas só temos dois meses e se não der tempo de...

- É tempo suficiente - disse com a voz sensual - Relaxe.

Maya só conseguiu sorrir.

- Quer jantar comigo amanhã à noite? Poderíamos dançar depois o que acha?

- Você dança?

- Digamos que gosto de fazer de tudo um pouco.

Ela sorriu diante da frase.

A semana se passou e cada dia ficava mais intrigada. Giovanna não fazia nada além de beijá-la. Certo que os beijos estavam cada vez mais intensos, e ela sempre a levava as alturas com os lábios, mas não passavam de beijos.

Ela não a tocava ou tentava tocar, não insinuava nada, não a convidava para a casa dela, nada que indicasse que teriam sexo.

Ficava cada vez mais tensa sobre quando iniciariam de fato as aulas sobre as quais falaram.

Era domingo, estavam voltando de uma boate. Maya estava meio alta pelo vinho que tomara. Giovanna era uma companhia adorável, sabia fazer rir, como também sabia ouvir nos momentos certos.

- A regra numero dois: Confie em mim.

A professora - MaGiOnde histórias criam vida. Descubra agora