Novos Sintomas

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Sophia estava sentada na varanda de sua casa, observando o céu se tingir de laranja e rosa com o pôr do sol. O dia tinha sido agitado, mas havia algo no ar que parecia diferente. Ao longo da semana, pequenos sinais a deixaram inquieta — um leve enjoo pela manhã, um desejo inexplicável por frutas cítricas e uma sensibilidade crescente aos cheiros.

Ela tocou a barriga, sentindo uma mistura de ansiedade e esperança. "Seria possível?" pensou, lembrando-se da última vez que passou por isso. O medo da dor que havia sentido anteriormente ainda a assombrava, mas a ideia de ter um filho com Dominic era uma luz radiante em meio à escuridão.

Enquanto estava perdida em seus pensamentos, Wendy apareceu na porta da varanda. Ela estava radiante, com um sorriso que iluminava o ambiente. "Oi, Soph! Você não parece muito bem. O que está acontecendo?" perguntou, sentando-se ao lado da amiga.

Sophia hesitou por um momento, lutando contra o turbilhão de emoções que sentia. "Eu... não sei. Eu estou tendo alguns sintomas estranhos. Enjoo, e sinto que algo não está certo," confessou, sua voz baixa e hesitante.

Wendy franziu a testa, preocupada. "Você acha que pode estar grávida de novo? Você falou sobre isso quando tivemos aquela conversa no café."

A menção à possibilidade fez o coração de Sophia acelerar. "Eu não sei, Wendy. Eu só... não sei se estou pronta para isso novamente," disse, a vulnerabilidade em sua voz quase palpável.

Wendy pegou a mão de Sophia, apertando-a confortavelmente. "Olha, se você estiver, estarei aqui para apoiar você. Você não precisa passar por isso sozinha. E, se você não estiver pronta, tudo bem também. O que importa é como você se sente."

Sophia respirou fundo, pensando em Dominic. "Ele também queria muito ter um filho. Mas a última vez... eu não sei se ele ficaria feliz ou se teria medo de me perder novamente."

"Vamos fazer um teste. Não custa nada saber. Se você realmente estiver grávida, podemos descobrir isso juntas e enfrentar o que vier pela frente," sugeriu Wendy, sempre confiante e encorajadora.

"Você tem razão. Só... estou com medo," admitiu Sophia, sentindo as lágrimas ameaçarem escapar.

"É normal sentir medo, mas lembre-se, você não está sozinha. Você tem a mim e o Dominic, e, se for esse o caso, vamos lidar com isso como uma equipe. E se não for, pelo menos você terá a resposta que precisa," disse Wendy com um sorriso tranquilizador.

Determinada, Sophia decidiu que ia fazer o teste naquela noite. O pensamento de descobrir se estava realmente grávida era assustador, mas, ao mesmo tempo, a ideia de que poderia ter uma nova vida em seu ventre era algo que a fazia sentir esperança. Quando a noite caiu, Sophia se preparou, com o coração acelerado e as mãos trêmulas, pronta para enfrentar mais uma reviravolta em sua vida.

A expectativa pairava no ar enquanto ela se dirigia ao banheiro, decidida a descobrir seu destino.

Sophia estava nervosa, seus pensamentos girando em torno do pequeno bastão branco que estava em suas mãos. O banheiro era um refúgio silencioso, o único som era o seu coração batendo acelerado no peito. Ela esperou alguns minutos, contando cada segundo com ansiedade crescente.

Assim que o tempo se esgotou, ela olhou para o teste. Os olhos se fixaram na linha que aparecia. Não havia um resultado positivo, apenas a linha de controle, clara e inegável. "Não... não pode ser," murmurou para si mesma, seu coração afundando na expectativa não realizada. O teste ainda não havia detectado a gravidez.

Sentindo um peso enorme nos ombros, Sophia encostou a testa na pia, respirando fundo para controlar a frustração. "Pode estar cedo demais..." pensou, tentando se convencer de que ainda havia uma chance. Ela havia lido sobre isso em várias ocasiões; muitas mulheres obtêm resultados negativos em testes de gravidez, mesmo quando estão realmente grávidas.

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