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Sophia se refugiou em seu quarto, longe de Dominic, tentando controlar a tempestade de emoções que a invadia. As lágrimas escorriam pelo seu rosto, quentes e incontroláveis, enquanto ela se sentava na beira da cama. O coração pesado parecia querer sair do peito, e a dor da insegurança a consumia. "Por que eu não consigo simplesmente ser feliz?" ela pensou, sentindo-se cada vez mais perdida.

Enquanto isso, Dominic, no andar de baixo, se movia pela casa como uma sombra. A briga os havia deixado em um estado de tensão, e ele se sentia angustiado por não saber como ajudar sua esposa. Ele a amava profundamente e não suportava a ideia de vê-la assim, tão triste. Por instinto, ele subiu as escadas, decidido a procurar por ela.

Ao chegar no quarto, ele encontrou a porta entreaberta e ouviu o som contido de um choro. Sem hesitar, empurrou a porta devagar e entrou, seu coração se apertando ao ver Sophia, com a cabeça enterrada nas mãos, as lágrimas escorrendo entre os dedos.

"Sophia..." ele começou, a voz suave e cheia de preocupação. Quando ela olhou para cima, os olhos dela estavam inchados e vermelhos, e o desespero que ele viu a fez sentir um nó na garganta. "Amor, o que está acontecendo?"

Ela hesitou, engolindo em seco, mas as palavras que saíram foram apenas um sussurro: "Eu... eu não sei o que há de errado comigo, Dominic. Eu só me sinto tão insegura... tão inadequada. Eu não quero ser assim, mas não consigo evitar."

Dominic se aproximou, ajoelhando-se na frente dela. "Você não precisa se sentir assim," ele disse, sua voz firme e calorosa. "Você é incrível do jeito que é. Eu escolhi você para ser minha esposa porque você é a única para mim. Não deixe que essas inseguranças controlem você."

Sophia olhou nos olhos dele, buscando alguma resposta, alguma forma de se sentir melhor. "E se um dia você encontrar alguém que não tenha todas essas... essas inseguranças? Alguém que não tenha que lutar contra seus próprios demônios para ser digna de você?" O medo e a vulnerabilidade estavam estampados em seu rosto.

Dominic não hesitou. Ele se inclinou, segurou as mãos dela e, com os olhos brilhando de sinceridade, disse: "Ninguém mais poderia ocupar o seu lugar. Você é única para mim, Sophia. Seu jeito de ser, sua força, até suas inseguranças são partes do que eu amo. Não importa o que aconteça, eu vou estar ao seu lado."

As palavras dele começaram a penetrar a barreira do desespero que envolvia Sophia, e, por um momento, ela se permitiu acreditar. O carinho em seu olhar e a firmeza de sua presença faziam com que a dor parecesse mais leve.

"Eu só quero que você confie em mim," ele continuou, sua voz embargada pela emoção. "Nada pode mudar o que sinto por você. Você é a razão pela qual meu coração bate, e eu não posso imaginar minha vida sem você."

Sophia, ainda em lágrimas, se lançou nos braços de Dominic, procurando o conforto que só ele podia oferecer. Ele a envolveu em um abraço apertado, como se estivesse tentando transferir toda a segurança que ela precisava. "Desculpe por ser tão difícil," ela disse entre soluços, a cabeça repousando em seu peito. "Desculpe por tudo."

"Você não tem que se desculpar," ele respondeu suavemente, acariciando seus cabelos. "Estamos juntos nessa. Vamos superar isso, juntos. Sempre."

O tempo passou enquanto eles permaneciam ali, imersos na conexão que os unia. E, apesar da dor e das inseguranças, Sophia começou a sentir uma nova esperança brotar dentro dela. Afinal, ela tinha Dominic ao seu lado, e isso era tudo que ela precisava para acreditar que poderiam enfrentar qualquer tempestade juntos.

O ambiente no conselho estava carregado, a tensão visível quando Lúcia entrou na sala com um sorriso sedutor, atraindo a atenção de todos. Conhecida por sua beleza e charme, ela rapidamente se dirigiu a Dominic.

"Oi, Dominic," disse Lúcia, seu olhar fixo nele. "Ouvi muito sobre você. É um homem bastante inteligente. E é lindo como falaram..."

Dominic não se deixou levar pelo jogo de sedução. "Isso não é da sua conta, Lúcia. E pelo que me parece, você está se intrometendo onde não é chamada."

Ela riu, como se achasse que sua abordagem era divertida. "Oh, não precisa ser tão sério. Podemos ser amigos, não é? Você é tão... interessante."

Dominic não estava disposto a brincar. "Amiga? Não, tenho minha mulher que é mais que suficiente. Eu sou casado. Se você não consegue respeitar isso, talvez seja melhor rever seu lugar aqui no conselho."

Lúcia deu um passo à frente, ainda tentando manter o tom brincalhão. "Mas isso não precisa ser só trabalho, não acha? A vida é muito curta para não se divertir."

Dominic olhou nos olhos dela com firmeza. "Eu não estou aqui para 'me divertir'. E se você não respeitar meu casamento, terá que enfrentar as consequências."

A porta se abriu, e Sophia entrou, percebendo imediatamente a tensão entre os dois. "Oi, amor! O que está acontecendo aqui?"

"Estávamos apenas conversando," Lúcia tentou disfarçar, mas a tensão era palpável.

Dominic, porém, não deixou dúvidas. "Lúcia estava tentando flertar e ultrapassou os limites. Eu estou pensando seriamente em demiti-la."

Sophia ficou surpresa, seu olhar alternando entre Dominic e Lúcia. "Demitir? Isso é sério?"

"Ela não entende o que significa respeito. Eu não posso permitir que ela continue aqui se não pode se comportar de maneira profissional," Dominic respondeu, sua voz firme.

Lúcia, percebendo que estava em uma situação delicada, tentou se defender. "Isso é um exagero, Dominic! Eu só estava sendo amigável. Não estou fazendo nada de errado."

Dominic não cedeu. "Se você acha que flertar com um homem casado é 'ser amigável', então você não pertence a este conselho. Estou dando um aviso. Da próxima vez, não será apenas uma conversa."

Sophia observou tudo, seu coração batendo forte. "Dominic, talvez possamos resolver isso de uma forma diferente. Lúcia é nova e pode não entender os limites."

Mas Dominic estava decidido. "Não, Sophia. Eu preciso proteger o que temos. E isso inclui garantir que não haja pessoas indesejadas." Ele se virou para Lúcia. "A partir de hoje, você não é mais bem-vinda aqui."

O olhar de Lúcia passou de surpresa para raiva, mas ela não tinha como argumentar. "Você vai se arrepender disso, Dominic. Todos aqui sabem que sou uma ótima profissional."

"Sim, e por isso mesmo, sua falta de respeito é inaceitável. Espero que você encontre um novo lugar onde seus joguinhos sejam bem-vindos," Dominic respondeu, sua voz sem emoção.

Lúcia saiu da sala, claramente ofendida, e Sophia virou-se para Dominic. "Você foi muito firme, amor. Não posso dizer que não admire sua lealdade, mas talvez isso tenha sido um pouco extremo."

Dominic a olhou com seriedade. "A lealdade não é apenas uma palavra para mim, Sophia. É uma promessa. E eu nunca vou permitir que alguém nos desrespeite"

Sophia sorriu, sentindo-se grata pela proteção de Dominic, mesmo que a situação tivesse se tornado intensa. "Eu sei, amor. E eu confio em você."

Dominic segurou a mão dela, seus olhos cheios de determinação e paixão.

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