◠ 24 - Rësatite. ◡

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            A cada gota de água escorrendo por sua pele, sentia a mente pesar. Em um ato quase mecânico, esfregou a mão no rosto, passando-a pelas madeixas molhadas. O cinza dos cabelos assumia um tom mais escuro conforme a água escorria, enquanto o vapor subia, envolvendo seu corpo.

Pegou o sabão e o esfregou pelos braços. Por um instante, parou, virando o rosto para cima e deixando os braços caírem ao lado do corpo nu, permitindo-se apenas sentir a água morna da ducha escorrendo pelo rosto, levando embora os assombros de uma mente que nunca descansava.

E naquele milésimo de segundo, viu-se anos no passado, quando ainda não era um jovem de vinte anos, mas sim um garoto de dez, olhando pela vidraça da carruagem através de uma pequena brecha na cortina. Avistava do lado de fora a floresta que se erguia, frondosa em sua copa esverdeada e imponente com suas árvores altas de troncos largos e casca grossa, que escondiam em seu interior uma madeira vermelho-fogo. Os olhos acinzentados não expressavam curiosidade ou encanto; apenas observavam, carregando um certo tédio. Esse tédio era uma máscara para ocultar o medo do que viria quando a carruagem a vapor parasse de cuspir fumaça e sacolejar.

No outro banco, sentava-se uma mulher de cabelos loiros na altura dos ombros. Diferente dele, ela não parecia disposta a esconder nada em seu olhar; apenas mantinha os braços cruzados e os olhos fechados. Por um instante, o garoto perguntou a si mesmo como ela conseguia dormir tão em paz com todo o sacolejo da carruagem. Mas a pergunta morreu antes mesmo de ganhar voz.

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