Quando a memória finalmente se dissipou, Livan e Suzane entenderam que precisavam agir rapidamente para salvar Lílares da prisão de suas memórias . Eles se aproximaram dela, que ainda segurava o bebê em seus braços, seu corpo tremendo de dor e tristeza.
"Lílares, está na hora de sair daqui," Livan disse, sua voz gentil, mas firme. "Isso não é mais o seu presente, nem o seu destino."
Suzane se ajoelhou ao lado de Lílares, segurando suas mãos trêmulas. "Você fez o que pôde, deu sua vida por ele. Agora, precisamos de você de volta. Ele está seguro, mas precisamos salvar você."
Por um momento, Lílares ficou em silêncio, ainda abraçada ao bebê, as lágrimas silenciosas escorrendo por seu rosto. Finalmente, ela olhou para ambos, como se estivesse finalmente despertando do pesadelo.
"Eu... eu não posso continuar presa aqui," murmurou. "Eu sei disso agora. Mas a dor... a dor ainda é real."
Suzane apertou suas mãos com mais força. "E nós estaremos com você. Vamos atravessar isso juntos."
Com um último olhar para o bebê, o pequeno imperador que ela havia protegido à custa de sua própria vida, Lílares respirou fundo e finalmente soltou a criança, permitindo que o passado ficasse para trás. A sala ao redor deles começou a desmoronar, como se as memórias fossem se apagando à medida que Lílares se libertava.
"Vamos, Lílares," Livan disse, levantando-a gentilmente. Ele a ajudou a ficar de pé, e juntos, os três seguiram em direção ao lago reverso, que brilhava com uma luz prateada. O caminho de volta para o presente.
O lago era como um espelho de águas profundas, sua superfície ondulando levemente. Eles sabiam que precisavam atravessá-lo para sair do espaço-tempo que mantinha Lílares presa.
"Estamos quase lá," Livan disse, segurando Lílares com firmeza. Suzane olhou para o lago, incerta, mas determinada a ajudá-los a atravessar.
De mãos dadas, eles mergulharam no lago reverso, sentindo a água envolvê-los. Porém, em vez de afundarem, eles começaram a flutuar, como se o lago estivesse os empurrando para cima. As águas brilhavam com uma luz suave, e as memórias de dor e sofrimento pareciam ser lavadas à medida que atravessavam.
Após emergirem do lago reverso, Livan e Suzane, ainda confiantes de que haviam resgatado Lílares, perceberam que algo estava errado. A "Lílares" ao seu lado parecia diferente, sua postura e olhares sutis causavam uma leve desconfiança, mas, exaustos, decidiram ignorar momentaneamente. Pegaram as relíquias do templo da destruição - artefatos antigos que brilhavam com uma aura intensa - e partiram com ela de volta para a pousada, pensando que a missão havia sido cumprida.
No caminho de volta, Suzane tentava esconder sua inquietação. "Você acha que está tudo bem?" ela perguntou a Livan, enquanto caminhavam.
Livan olhou de relance para "Lílares," que seguia em silêncio à frente. "Ela passou por muita coisa... Talvez esteja apenas cansada."
Ao chegarem à pousada, deixaram a "Lílares" descansar no quarto enquanto examinavam as relíquias. Livan e Suzane, ainda sentindo algo estranho, conversaram discretamente no corredor.
"Tem algo diferente nela," Suzane sussurrou. "Não sei dizer o que é, mas ela não parece a mesma de antes."
Livan franziu a testa, a dúvida crescendo. "Talvez só seja cansaço. Mas vamos ficar de olho."
Na pousada, enquanto Livan e Suzane tentavam entender o que havia acontecido no templo, a Lílares.
No entanto, ao tentar se conectar com as relíquias, a menina percebeu que havia um bloqueio, uma energia que reconhecia que ela não era a verdadeira portadora. Frustrada, ela sabia que teria que agir rápido.
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Acreditando em algo que nunca aconteceu
РазноеEm um mundo onde dimensões se entrelaçam e a magia é uma realidade palpável, uma jovem menina carrega o peso de um legado sombrio. Após a morte trágica da princesa, ela entra em uma academia do império, onde se depara com pessoas de sua vida passad...