Capítulo 6

56 11 8
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



Basta dizer quando, eu jogaria de novo
Ele era meu melhor amigo
Lá no terreno baldio
Eu senti mais quando brincamos de fingir
Do que com todos os Kens
Porque ele me tirou da minha caixa
Roubou meu coração torturado 
Deixou todas essas peças quebradas 
Me disse que estou melhor

Mas eu não estou

My boy only breaks his favorite toys



Ela deveria ter levado a sério tudo que ouviu sobre Patch. Esteve esperando muito de um garoto popular com um futuro além daquelas terras contaminadas por crimes. Não se podia confiar em ninguém, principalmente nos homens.

Baskin sentiu-se triste com a verdade, porque por um instante imaginou que ele pudesse gostar um pouco dela, ainda que fosse calada e introvertida. Ela tinha medo de dizer tudo que pensava, com receio de ser repreendida e abusada psicologicamente. Se Baskin desse voz a suas vontade, todo seu mundo viraria ruinas e cinzas.

Garotos continuariam sendo garotos até o fim. Não importava o que acontecesse.

Fora algo que sua mãe lhe disse ainda lucida.

Era fácil para uma menina amadurecer tanto quanto uma mulher era capaz, porém meninos não chegavam tão longe mentalmente. Não que fosse certo uma garota de quinze anos ter que pensar nos problemas de adultos, mas não existia outro remédio para aquilo, e Baskin não via esperança no fim do túnel.

No fim, Patch partiria com a melhor garota da cidade e construiria um império muito longe dali, esquecendo-se de todos os momentos que passou ao lado de Baskin. Entretanto, seria impossível para ela esquecer, pois o passado a moldou de certa maneira, tornando-a insensível e vazia.

Se ainda houvesse lágrimas, teria chorado.

Uma dama não chorava em publico, a menos que fosse um evento realmente emocionante.

E o que havia de emocionante em ser rejeitada em publico?

Talvez tenha sido por isso que Baskin abriu um bonito sorriso no momento em que Patch desviou o olhar e encarou a loira ao seu lado. Ele parecia pronto para dizer algo além de sua frase mórbida, mas pressionou os lábios encarando os tênis.

— Licença, preciso usar o toalete. – falou em seu tom polido que agradaria seu pai e faria sua mãe franzir o nariz.

Baskin não perguntou onde era o banheiro, pois ao sair da sala, encontrou a cozinha e a porta dos fundos.

Ela andou pela lateral da casa sem fazer barulho com seu novo vestido, e encarou a noite perigosa do Texas. Naquele momento não faria diferença o perigo que a esperava. Ter a inocência roubada não doeria tanto, e o maníaco que a atacaria choraria com pesar junto dela no asfalto áspero.

MahomesOnde histórias criam vida. Descubra agora