Capítulo 31

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Você aparece como um sonho para mim
Como as cores de um caleidoscópio
Me dando tudo que eu preciso
Cada respiração que eu dou
Você não sabe? Você é lindo

When i look at you


Baskin finalmente removeu todos os seus pontos na perna. Não foi tão doloroso quanto Patrick disse que seria. Talvez ele fosse apenas medroso. Não teve pressa de ler todos os seus novos e-mails, porque significava desesperança. Por isso levou mais tempo que o necessário para cuidar da lisa e torta cicatriz na coxa. Não era uma das mais bonitas que já viu, porém houve piores na emergência.

Retornou para o quarto, sentando-se na cama e pegando o notebook.

Ela queria boas noticias. Não aguentava mais permanecer dentro daquela casa enorme, ouvindo marteladas e furadeiras. Ser uma cirurgiã era importante. Alguém certamente precisava das mãos delas, ou de seus cuidados. Não podia continuar naquela gaiola sem fazer nada.

Os primeiros e-mails foram inúteis. Respostas robóticas. Todas de recusa. Os hospitais e clinicas do Kansas não precisava dela. Pensou em ir atrás de vagas diferentes, mas não precisava virar garçonete nas primeiras semanas, ainda podia esperar um pouco antes de perder o controle. O próximo e-mail era de um hospital que a negou assim que pisou no Missouri, realmente não queria reler uma negação repetida, mas clicou em cima do nome para amenizar o nervosismo.

Baskin respirou fundo ao ler as letras miúdas, ajeitando-se a cada virgula.

— Patrick Valon Mahomes. – sussurrou o nome como se o dono fosse aparecer a qualquer instante em um passe de mágica, pois ele havia feito sua mágica. – Eu não acredito. – riu alto erguendo as mãos para os céus – Seu intrometido!

Ela tinha uma entrevista de emprego em um dos melhores hospitais do Kansas.

Precisa agradecer Patrick pessoalmente por ter ligado para o prefeito ou presidente.

Uma ajuda como aquela colocaria Baskin em uma posição delicada, mas precisava daquele empurrãozinho se quisesse se sustentar seu a herança do falecido marido.

Vestiu-se para impressionar, usando seu melhor terninho vermelho, pois todos no Kansas pareciam amar aquela cor. Queria dar uma boa impressão.

Patrick permitiu que ela usasse seus carros, então escolheu o menos chamativo. Ela mal podia acreditar naquela oportunidade. Conectou na playlist do filho e tentou se acalmar ouvindo uma das óperas favoritas de Landon, pois valia a pena a tentativa.

Chegara ao hospital com o coração martelando no peito. Se fosse envergonhada, envergonharia Patrick. Precisava ser perfeita. Ela precisava deixar todos impressionados com suas pesquisas desenvolvidas em Princeton.

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