O passado não podia ser mudado. Ao criar consciencia dos erros cometidos, bastava aceitar e lidar da melhor maneira possível no presente. No entanto, Patrick não podia mais permitir que sua vida continuasse sendo uma montanha-russa de emoções, princ...
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Eu tenho sonhos para lembrar Eles são todos sobre um amor em Setembro Sonhos para lembrar Queimando como o brilho de uma brasa Eles são todos sobre você
Dreams to remember
A dor era novamente a poesia de Chopin na vida de Baskin. Tão vermelho quanto o sangue de Landon quando o viu ser aberto diante de si, e ao pegar o filho recém-nascido. Os aromas eram diferentes, porém forte.
Experimentou a dor que crescia em seu corpo, assim como os gritos de seu único filho. Era poético, traumatizante, incompreendido.
Landon.
Ela lembrou.
O filho que seu marido deixou para nunca ser esquecido, mas como ela poderia esquecer Landon? Ele fez mais do que ama-la. Ele a salvou. Ainda o sentia no seu respirar e falar. Conseguia vê-lo com clareza diante de si com um sorriso minúsculo, os cabelos brilhantes e os olhos verdes mais bonitos que já viu.
E na trama romântica melancólica do homem que morreu sozinho porque seu grande amor partiu com seu piano, Baskin sentiu o rastejar profundo da sinfonia do inverno de Vivaldi.
Seu falecido marido deixou mais do que uma herança, um filho, e aprendizados. Ele deixou sua genuína raiva pela injustiça. E aquele ódio soava tão bonito quanto o inverno de Vivaldi, subindo pelas veias de Baskin e a deixando submersa na vontade insana de fazer mais do que atirar em um homem.
Abriu os olhos tocando imediatamente o ferimento na perna, levando consigo o filho apavorado com sua morte.
— Patch. – chamou-o precisando erguer a cabeça para encarar o rosto abalado do seu primeiro amor – Pegue o carro, vamos ao hospital.
— Kim.
A troca silenciosa que deram quase a matou.
Ele estava com medo, porque nunca perdeu ninguém para a morte.
Patrick não suportaria, pois não haveria nada que os conectasse entre os mundos. Haveria somente lembranças que se apagariam com o tempo, até desaparecer, e seu filho não carregava nada dela para fazê-lo lembrar.
— O carro! – gritou.
O despertar o fez correr até as chaves.
Ela usou a porta para se levantar, aproveitando para tocar o lugar atingido.
— Foi de raspão. Não tenho muito tempo.
Faltaram alguns centímetros para aquilo mata-la na frente do filho.
Landon a seguiu com as mãos estendidas de sangue.
Patrick retornou deixando a porta aberta e pagando Baskin nos braços, sentindo sangue dela colar suas roupas no corpo.