Capítulo 22

106 22 13
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Eu tenho sonhos para lembrar
Eles são todos sobre um amor em Setembro
Sonhos para lembrar
Queimando como o brilho de uma brasa
Eles são todos sobre você

Dreams to remember


A dor era novamente a poesia de Chopin na vida de Baskin. Tão vermelho quanto o sangue de Landon quando o viu ser aberto diante de si, e ao pegar o filho recém-nascido. Os aromas eram diferentes, porém forte.

Experimentou a dor que crescia em seu corpo, assim como os gritos de seu único filho. Era poético, traumatizante, incompreendido.

Landon.

Ela lembrou.

O filho que seu marido deixou para nunca ser esquecido, mas como ela poderia esquecer Landon? Ele fez mais do que ama-la. Ele a salvou. Ainda o sentia no seu respirar e falar. Conseguia vê-lo com clareza diante de si com um sorriso minúsculo, os cabelos brilhantes e os olhos verdes mais bonitos que já viu.

E na trama romântica melancólica do homem que morreu sozinho porque seu grande amor partiu com seu piano, Baskin sentiu o rastejar profundo da sinfonia do inverno de Vivaldi.

Seu falecido marido deixou mais do que uma herança, um filho, e aprendizados. Ele deixou sua genuína raiva pela injustiça. E aquele ódio soava tão bonito quanto o inverno de Vivaldi, subindo pelas veias de Baskin e a deixando submersa na vontade insana de fazer mais do que atirar em um homem.

Abriu os olhos tocando imediatamente o ferimento na perna, levando consigo o filho apavorado com sua morte.

— Patch. – chamou-o precisando erguer a cabeça para encarar o rosto abalado do seu primeiro amor – Pegue o carro, vamos ao hospital.

— Kim.

A troca silenciosa que deram quase a matou.

Ele estava com medo, porque nunca perdeu ninguém para a morte.

Patrick não suportaria, pois não haveria nada que os conectasse entre os mundos. Haveria somente lembranças que se apagariam com o tempo, até desaparecer, e seu filho não carregava nada dela para fazê-lo lembrar.

— O carro! – gritou.

O despertar o fez correr até as chaves.

Ela usou a porta para se levantar, aproveitando para tocar o lugar atingido.

— Foi de raspão. Não tenho muito tempo.

Faltaram alguns centímetros para aquilo mata-la na frente do filho.

Landon a seguiu com as mãos estendidas de sangue.

Patrick retornou deixando a porta aberta e pagando Baskin nos braços, sentindo sangue dela colar suas roupas no corpo.

Mahomes ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora