O passado não podia ser mudado. Ao criar consciencia dos erros cometidos, bastava aceitar e lidar da melhor maneira possível no presente. No entanto, Patrick não podia mais permitir que sua vida continuasse sendo uma montanha-russa de emoções, princ...
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À noite eu acordo com as fronhas ensopadas E um trem de carga passando Pela minha cabeça Só você pode saciar o meu desejo Estou em chamas
I'm on fire
Baskin não aceitou as ofertas insistentes de Patrick, e apesar dele se preocupar muito com ela e Landon, seria inadmissível deixar sua vida no Kansas para orbitar ao redor do lugar que ele fugiu fazia muitos anos. Ele precisou retornar para casa, vestir a camisa quinze e entrar em campo com seu time.
Ainda se impressionava em como Kansas era um lugar brilhante, principalmente ao som de suas músicas favoritas. Ele adorava o clima intenso que o rodeava, indo entre a fama surreal que conquistou com trabalho duro e as fortes ligações que construiu.
Patrick estava em diversos comercias, telões da cidade, com o rosto estampando revistas, participando de várias programas nacionais, com o nome circulando o mundo de maneira desenfreada. Ele era o próprio evento, principalmente ao lado de Travis Kelce. O dinheiro entrava em sua conta bancaria criando torres gigantescas capazes de atravessar a atmosfera.
Não parecia que ele um dia sobreviveu de macarrão instantâneo.
Aprendeu a curtir a vida com um cartão sem limites. Repleto de carros na garagem, e motos novas que faziam sons arrepiantes. Os automóveis clássicos sempre deixavam seus amigos sem fôlego. Também havia os milhares ternos, porque ele se sentia um CEO de sucesso empreendendo sem medo de perder milhares.
Ter tanto recurso, não o tornava digno de decorar a própria casa. A obra que pagava não estava indo bem, porque sempre mudava de ideias e os moveis não pareciam certos para um pai de família. Mas que família? Ele só tinha os filhos e os Kelce, talvez Baskin e Landon.
Felizmente era bom aproveitar o dia no clube mais caro do Kansas, usando roupas de grife, bebendo o melhor vinho e discutindo banalidades com o melhor amigo. Eles comiam o filé mais suculento preparado pelo chef francês, riam dos ricaços que os odiavam por gargalhar tão alto e tentavam não soar muito esnobe.
Patrick dava aquela boa vida aos filhos, ou pelo menos tentava, porque não era fácil ser um pai tendo uma ex-esposa do contra. Ele pagava milhares com babás que falavam difícil e nunca sorriam, também liberava uma quantia para que tudo fosse comprado de acordo com os gostos de cada um. As festas que pediam eram sempre muito luxuosas para crianças que esqueceriam em alguns anos, mas tudo bem, porque ele sequer teve um bolo decente.
Assim como Patrick, Pat e Ster possuíam a oportunidade de ficarem confusos pela manhã ao decidir qual roupa usar. Enquanto Patrick andava pelo closet perdido com tudo que o dinheiro lhe oferecia, seus filhos coçavam a cabeça diante do armário lotado. Eles não precisavam de ajuda para pegar um novo modelo e passar mais alguns minutos encarando as opções de sapatos. Patrick abria a gaveta dos seus relógios favoritos, pegando um que valia tanto quanto seu carro, Pat usava um perfume mais valioso que muitos dos brinquedos que tinha, e Ster vestia seu melhor vestido da alta-costura.
