Assim que Benjamim entrou pela porta, Jamilly sentiu uma paz imensa. Ela lembrava daquele rosto!
Seus olhos se encontraram e ela foi andando bem lentamente em direção a ele. Quando estavam bem próximos Benjamim disse:
- Minha bonequinha!
Aquela voz! Ela lembrava da voz! Ele era o tio Ben! Depois de tanta escuridão, de incertezas do seu passado, aquele homem trazia uma sensação de segurança, e ela se jogou em seus braços sem pensar em mais nada.
- Tio Ben! – Disse quase gritando e sentindo as lágrimas rolarem pelo seu rosto – Eu lembro do seu rosto e da sua voz! Não lembro de muito mais do que isso, mas eu sei que você me protegia. Não sei como, mas sei disso!
Depois de um momento em que todos se sentiram aliviados ao perceber que Jamilly começava a lembrar do passado, Parker falou.
- Ei! Isso não é justo! Minha filha lembra primeiro do tio?! Nem o pai, nem a mãe, nem mesmo o marido tiveram essa honra!
- Aceita que dói menos! – disse Benjamim brincando. E voltando-se para Jamilly diz – Você se lembra de Luara? Você nos ajudou muito no início de nosso relacionamento.
- Sinto muito, mas não lembro... Me desculpe...
- Não tem problema. Sei que logo lembrará e seremos as boas amigas como antes. – Respondeu Luara. – Esses são nossos filhos: Ahti, Yana e Cristal. – disse apontando cada uma das crianças que estavam em um carrinho para trigêmeos. - Soube que tenho alguns sobrinhos netos. Posso conhecer?
- Sim! Venham! – e se aproximando dos filhos disse – Esses são tio Ben e tia Luara. Digam oi! – Mas como de costume, quando estranhos se aproximavam, seus filhos rosnaram. – Ai ai ai! Não não não! Mamãe já falou que isso é feio! Vocês não são cachorros para ficarem rosnando! Não fiquem imitando o Bruce! – e olhando para os demais convidados falou – Vou gravar essa frase porque não aguento mais repetir!
Mas Benjamim apenas riu ao ouvir os sobrinhos rosnando.
- Eles são protetores... e rosnam como o pai... não sei se te contaram, mas Yago tinha essa mania quando criança.
- Eu preciso me lembrar do meu passado... tem tanta coisa que não entendo! – disse começando a ficar nervosa – Nossas famílias eram próximas? Foi assim que nos conhecemos e acabamos nos casando? – Perguntou a Yago
- Não fique nervosa. Você vai lembrar de tudo. Agora que nos encontramos, vamos te ajudar a lembrar. – Respondeu Benjamim, vendo que a sobrinha estava muito nervosa, voltou a sua tenção para as crianças. – Me apresente meus sobrinhos-netos. Quem é quem? – e olhando para Amaya diz – Começando com essa mocinha agarrada no pescoço do papai.
Jamilly acabou rindo, porque Amaya que até então não havia falado palavra alguma bradou.
- Sai! Papai meu! Mão não!
- Essa mocinha teimosa, tio Ben, é Amaya, e sinto muito por Yago, mas ela não vai deixar ninguém se aproximar dele por muito tempo...
Amaya apertou ainda mais seus bracinhos em volta do pescoço de Yago e enterrou sua cabecinha ali.
- Amaya, papai não vai soltar você, mas será que você pode dizer oi pro vovô Ben? – Amaya fez que não com a cabeça – Faça isso pro papai. Tá bom? Eu vou ficar muito feliz se você disser oi.
Uma Amaya muito desconfiada finalmente levantou a cabeça e olhou nos olhos de Benjamim, mas ao invés de dizer oi, o que se ouviu foi um sorriso seguido de:
- Papai! – e apontando para Benjamim disse – Au au! Oi au au!- e ao olhar para Ranian diz – Papai! Au au gande!
Todos riram, menos Jamilly que não sabia onde enfiar a cara de vergonha.
- Não meu amor! Vovô não é au au! Au au é o Bruce! – e voltando-se para Benjamim diz – Desculpe, não sei de onde ela tirou isso!
E pra piorar ela segue apontando para cada um naquela sala e dizendo que eles são au au.
- Não sei de onde ela tirou isso... Desculpem.
Todos estavam rindo muito, e Jamilly não entendia nada, mas resolveu continuar as apresentações.
- Bem, por ordem de nascimento temos: Niara, Heitor, Samara, Daniel e por último Amaya. – disse apontando para cada um.
Eles começaram a conversar e logo Jamilly estava mais tranquila, mas seus olhos sempre buscavam as pessoas que conhecia: d. Elisangela, Sr. Pedro, Diana e Ângela
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JAMILLY - THE WEREWOLF SERIES - LIVRO 6
WerewolfJá haviam passado dois dos cinco anos dados pela Deusa da Lua para que encontrássemos Jamilly, e até o momento não havia nem sinal dela em nenhum canto do mundo. Sabíamos que estava viva porque a Deusa garantiu isso, e ela jamais mentia. A única coi...