CAPÍTULO 14

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Aquele tinha sido um dia muito longo e cansativo e logo as crianças começaram a fazer birra e chorar, demonstrando cansaço. Mas dessa vez Jamilly pode contar com vários braços para ajudar a cuidar de sua tropinha.

As coisas estranhas ainda não tinham acabado...

Conseguimos colocar quase todas as crianças nos berços, menos Amaya, que dormiu agarrada a blusa de Yago, e o jeito foi deixa-lo dormir em seu quarto que tinha cama de casal, para que pudesse colocar Amaya ao seu lado, e me preparei mentalmente para dormir na sala, pois não tenho quarto de hospedes. E mesmo eles me dizendo que aquele homem lindíssimo é meu marido, eu ainda não lembro disso, e de jeito nenhum vou dividir a cama com ele...

Depois de acomodar Yago e minha filha voltei para a sala onde todos se preparavam para voltar para o hotel em que estavam hospedados.

Ângela não parava de olhar para Amora, e foi se aproximando lentamente. Durante todo o tempo, ela sempre mantinha seus olhos pregados em Amora.

Quando chegou bem pertinho, fez sinal para que Amora abaixasse pois queria falar um segredo

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Quando chegou bem pertinho, fez sinal para que Amora abaixasse pois queria falar um segredo.

- Eu sei quem você é!

Amora se assustou!

- Ah! Você sabe? Então me diga...

- Ângela, veja bem o que vai falar! Não falte com respeito aos mais velhos! – lembrou Diana – Peço desculpas antecipadas, mas minha filha parece a Emília do Sitio do Pica-pau Amarelo, tem uma torneirinha de asneiras.

Ângela seguia olhando admirada para Amora e soltou em alta voz.

- Mamãe! Ela é uma fada! Você não está vendo as luzinhas em volta dela?

- Que luzinhas o que menina?! Tá sonhando acordada? Vamos dormir que seu mal é sono! – e olhando para Amora diz – A senhora me perdoe. Minha filha as vezes deixa a sua imaginação ir longe demais...

- Não tem problema, eu gostei de ser chamada de fada. – e olhando para Ângela decide ver até onde aquela simples humana podia ir em sua percepção – Como foi que você descobriu meu segredo?

- Pronto! Agora a senhora arrumou um grande problema... – disse Diana sorrindo aliviada – Ela não vai mais lhe dar paz.

Apesar de saber que Amora conseguiria lidar facilmente com aquela situação, todos ficaram abismados e um pouco apreensivos.

- Eu estou vendo as luzinhas rosas e azuis em volta de você tooooodiiiinha! Você pode me mostrar suas azinhas? Eu gostaria muito de ser uma fadinha também!

- Poxa! Eu não posso mostrar minhas asinhas assim pra todo mundo, mas prometo que um dia eu mostro só pra você. Tudo bem? Mas você tem que prometer ser uma criança boazinha e obedecer ao papai e a mamãe sem fazer malcriação. Você pode me prometer isso?

- Xiiiii. Eu sou boazinha, mas a mamãe diz que sou muito respondona e bagunceira. Mas eu gostaria de ver suas azinhas mesmo assim. Mostra por favorzinho!

Todos riram da inocência da menina.

- Vou pensar um pouquinho, mas se a sua mãe disser que você se comportou bem até o dia de eu ir embora, eu mostro.

- Oba!!!! Tia fadinha, agora eu vou embora porque meus olhinhos estão com muito soninho. – e correu para abraçar e Amora e disse em seu ouvido – Minha vovó também tinhas essas luzinhas, mas ela foi morar no céu. A mamãe também tem, mas ela não sabe. A vovó disse que eu não podia contar.

Amora beijou o topo da cabeça de Ângela e sem que outros a escutassem, abençoou a menina com um sonho de fadas. Era algo muito simples.

Sabendo que voltaria a casa de Jamilly no dia seguinte, decidiu tirar a prova na próxima vez que encontrasse Diana. Certamente iria descobrir o sobrenome da família para verificar no livro das bruxas.

- Jamilly, nós já vamos porque estamos todos muito cansados, mas prometemos voltar amanham. – disse Luara

- Estarei esperando. Vou fazer um bolinho, e comemoraremos novamente, mas agora com todos juntos, o aniversário das crianças.

- Espera! – disse Parker – Elas fizeram aniversário hoje?

- Sim. Seu primeiro aniversário.

Muito triste Amora diz:

- Desculpe minha filha por perder essa comemoração tão importante e por ter demorado tanto a te encontrar.

- Desculpe minha filha por perder essa comemoração tão importante e por ter demorado tanto a te encontrar

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- Tudo bem. Vamos começar uma nova fase. Espero recuperar minhas memórias logo. – e olhando pra Benjamim diz – De alguma forma eu sei, tenho certeza, que éramos muito unidos. Gostaria muito que morássemos mais perto, acho que a chave para lembrar do meu passado está com você...

- Tudo bem bonequinha. Nós vamos conseguir isso juntos!

- Eu... eu... posso pedir uma coisa?

- O que você quiser meu amor!

- Eu posso te abraçar mais uma vez? – pediu Jamilly com muita vergonha

Eles se abraçaram e Jamilly respirou fundo, querendo guardar aquele cheiro que lhe trazia uma sensação de paz.

Depois de sua família se despedir com muitos abraços e beijos, eles foram para o local onde ficariam hospedados.

JAMILLY - THE WEREWOLF SERIES - LIVRO 6Onde histórias criam vida. Descubra agora