Enquanto Morgan estava passando sua tarde focada em conhecer melhor America, Agatha estava desesperada.
Desde a manhã, ela têm se preocupado em diversos motivos. Convidar Rio para sua casa, comprar o que Morgan havia a dito, tentar não agir feito uma completa sem jeito quando estiver com ela e, o mais importante, não surtar com as diferentes opiniões que Wanda a dava enquanto andavam pelo centro da cidade. Ela foi a única pessoa que Agatha pensou para a ajudar com isso, mas se arrependeu logo que entraram na floricultura.
Enquanto Harkness passava o endereço de entrega para o atendente, Wanda manteve um olhar curioso na amiga. Ela estava feliz por Agatha estar se dedicando a outro alguém, apesar de estar um pouco preocupada Wanda estava dedicada a garantir que Agatha preparasse um primeiro encontro perfeito. A advogada, após perceber o olhar da amiga sobre si, franziu o cenho em estresse.
- O que é?
- Você tem certeza que flores brancas são uma boa ideia?
Pela milésima vez, Harkness deu um longo suspiro, abrindo um sorriso desconfortável para a ruiva.
- Tenho, Wanda. - ela falou cansada, enquanto recolhia seu cartão do balcão. - Além de que elas têm um significado perfeito para a ocasião.
- Desde quando tem conhecimento sobre plantas? - a Maximoff perguntou enquanto iam para sair da loja.
- Desde que Morgan me conta sobre elas. Ela fala que Rio adora comentar, então só me repassa a informação.
- Ah, claro... - a ruiva deu uma pequena risada. - Ela e Morgan têm uma bela amizade, bom ver que Rio faz bem para ela também.
Os olhos azuis encararam a mais baixa com confusão, mas Agatha resolveu não questionar, uma frustração subindo em seu corpo por não conseguir formar suas palavras de defesa sobre aquilo. Era inegável que Rio estava a alterando desde o dia que se conheceram, mas Agatha gostava de ver essa situação como...
Bom, ela não sabia como definir aquilo, mas sabia que era único. Não tinha sentido com mais ninguém.
- Qual é nossa próxima parada? - Maximoff perguntou com um sorriso alegre, entrelaçando um dos braços com um de Agatha. Esta não teve coragem de desfazer o pequeno laço de afeto, ela deu uma pequena risada.
- Nós podemos parar por um tempo? Vi uma cafeteria aberta, e estou precisando de uma pausa!
- Acho uma ótima ideia.
Seguindo para uma pequena cafeteria que estava próxima das mulheres, elas se familiarizaram de imediato com o ambiente. As luzes fracas, o comodismo da mobília velha e o cheiro de café fazia com que tudo ficasse ainda mais confortável. Fizeram seus pedidos e foram se sentar em uma das mesas, um pouco afastado de todo o resto dos clientes.
Enquanto Wanda começava a contar sobre algo relacionado aos filhos, a mente de Agatha resolveu se afastar. Era bem comum que aquilo acontecesse, Harkness nem se importava, apenas se deixava levar. Seus pensamentos englobavam a ansiedade de tudo ocorrer bem, a maneira em se portar para que Rio a aprovasse, a preocupação sobre a filha e sobre o que ela deveria estar fazendo agora e, um de seus devaneios mais frequentes, a paranoia de que seu encontro pudesse a acorrentar em um poço de angústia novamente.
De repente, seus pensamentos se voltaram para lembranças de quase um ano atrás. Agatha podia ouvir os gritos, as mobílias caindo no chão, o choro de Morgan ecoando baixo no quarto, e seu coração acelerado por apenas lembrar do olhar da ex-esposa. Um olhar vazio, sem qualquer sentimento, que só dizia "Quero a deixar". Agatha estava com medo.
E se ela se entregasse tanto para Rio que, em algum momento, ela enjoasse dela?
Rio era uma mulher jovem, com aparentemente uma vida social bem movimentada, na cabeça de Agatha aquilo não seria difícil de acontecer.
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new romantics | agathario
FanfictionOnde Rio Vidal recebe uma proposta interessante, vinda de uma das mães da escola onde trabalhava: a mulher queria a contratar como professora particular de sua filha, em troca de uma boa remuneração. Porém, assim que começa trabalhar para Agatha Ha...