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- Rodolffo,  já está na hora de voltar para minha casa.

- Ah não,  Ju.  Como se tira assim um  doce da boca de uma criança.   Eu já estava habituado contigo por aqui.

- Primeiro!  Eu não sou um doce e tu não és criança.  - disse Juliette a rir.
Nós somos apenas namorados e eu tenho a minha casa.

- Nós não somos apenas namorados.  Tu és a minha mulher e eu o teu homem.  Faltou o pedido e o casamento, isso é verdade, mas é apenas um pormenor.

- Muito importante por sinal.

- Então amanhã eu vou tratar da papelada.  Casas comigo Juliette?

- Puxa!  Nem jantar romântico,  nem flores e champanhe, nem anel ou suite de hotel.  Será que eu não mereço isso?

- Mereces isso e muito mais. Desculpa, eu vou fazer como deve ser.

Juliette sentou-se no colo dele colocando os braços à volta do pescoço e rindo.

- Porque ris?

- Tu achas sinceramente que eu me importo com essas coisas?  Eu aceito, meu amor.  Caso contigo, sem essas demonstrações.   Basta-me o que tenho no dia  a dia e como tu demonstras o teu amor por mim.

Ele beijou-a sofregamente e ela correspondeu acabando os dois na cama envolvidos numa sessão de sexo.

Não passaram seis meses e os dois subiriam hoje ao altar.  Juliette tinha comprado o vestido fazia mais de um mês e agora estava desolada.  O vestido não cabia nela.

- Mas há um mês estava tudo bem.  Porquê isto?  Será que engordei?

Sua amiga Lurdes tinha vindo ajudá-la.

- Ju, despe o vestido.  Deixa-me ver o que posso fazer.

- Mas está quase na hora.   Vamos atrasar-nos.

- Despe rápido.

Lurdes, habilidosa nas artes manuais, descosturou o vestido nas partes que dava para alargar e depressa estava cosendo de novo.

- Se fosse a ti fazia um teste de gravidez.   Não é possível se o vestido estava bem o mês passado.

Juliette ficou a olhar para Lurdes e marcou o telefone da farmácia da rua.  Fez a encomenda e pediu por favor para ser entregue imediatamente.

Não tardou a chegar e Lurdes correu a entregar-lho.  Ela entrou no banheiro saindo logo a seguir.

As duas estavam estáticas só a esperar o resultado.  Lurdes olhou e riu.  Juliette perguntou:

- Então?

- Vê tu mesma.  Aí está o resultado do vestido encolher.

- Ai meu Deus!  Eu estou grávida?

- Gravidíssima.

- O Rodolffo vai desmaiar quando souber.  Acreditas que há poucos dias ele me disse que sonhava com o dia em que isso fosse real?

- Vais contar quando?

- Hoje né?  Não tem dia melhor para dar a notícia, mas eu queria que esse momento fosse só nosso.  Não quero partilhar com toda a gente.

- Então espera pelo fim do casamento, ou conta numa altura em que estejam sós.

- Vou procurar o melhor momento.

Terminou de se arranjar e logo saíram para a igreja.

ELAOnde histórias criam vida. Descubra agora