6 anos depois
- Gabriela! Cuidado com o Diogo. Ele ainda é bébé.
- Papai, porque ele está sempre a dormir? Eu queria brincar com ele.
- A mamãe e o papai já te explicaram que os bébés são dorminhocos. Tu também eras assim estavas sempre a dormir. Tens que esperar até ele poder brincar contigo.
- Vai demorar muito?
- Um pouco. Vou por o Diogo no berço e vamos ter com a mamãe.
Juliette estava a descansar no sofá da sala. Diogo tinha apenas 5 meses de idade e ela estava extremamente cansada. Os últimos meses de gravidez deixaram-a de rastos. Rodolffo era até bastante prestativo, mas isso não impedia ela de se cansar.
Deu-lhe um beijo, deixou a bábá electrónica sobre a mesinha e saiu de casa com Gabriela. No jardim de casa haviam instalado um baloiço e escorregas para que ela pudesse brincar e ele não tivesse que se ausentar.
Rodolffo trazia algum trabalho para ela fazer em casa pois era impossível ir ao escritório, mas Juliette também não queria abandonar o trabalho.
Gabriela tinha iniciado a escola e Ju pensava contratar um bábá quando Diogo tivesse perto de um ano. Até lá queria ser ela a tratar dele com exclusividade. Claro, tinha o Rodolffo que lhe dava algum suporte quando estava em casa.
- Amor, porque me sinto tão cansada? Da Gabriela não foi nada disto e olha que ela deu mais trabalho.
- Vou marcar uma consulta médica. Pode ser que estejas fraca, anémica e isso resulte em cansaço.
- É pode ser. Eu não ando a comer bem. Tenho falta de apetite e não consigo comer certas coisas.
No dia seguinte foram até à clínica. Rodolffo ficou com as crianças enquanto Juliette foi fazer uma bateria de exames.
- Alguns demoraria para vir o resultado, mas as análises era uma questão de horas.
Saíram para almoçar e aguardaram a ligação do médico.
- Então doutor? O que eu tenho?
O médico sorriu ao olhar para os exames.
- Nada de grave. A Juliette está novamente grávida.
Ela olhou para Rodolffo e os olhos encheram-se de lágrimas.
- Eu avisei-te. Eu disse que não podíamos e tu insististe.
- Só porque tu também tinhas vontade. Eu não fiz esse filho sozinho. Eu estou muito feliz, amor. - disse ele abraçando-a.
Eu quero uma casa cheia de filhos.- Porque não és tu que vais parir.
Eles trocavam mimos sem noção de que não estavam sózinhos.
- Ha ha pigarreou o médico.
- Desculpe doutor. Esquecemo-nos de si.
- Eu percebi. Juliette, à parte da gravidez as análises estão bem. Faça o pré natal e quando tivermos todos os exames falamos de novo.
Despediram-se e sairam. Rodolffo colocou as crianças no banco traseiro, nas respectivas cadeira e quando se sentou olhou para Juliette e afagou-lhe o rosto.
- Estou tão feliz. - disse beijando-a.
Fica feliz também.- Eu não estou triste. Estou apreensiva. O Diogo só tem 5 meses. Será que dou conta?
- Nós damos conta, amor. Vamos contratar alguém para te ajudar e eu estou sempre contigo.
- Tu queres mesmo muitos filhos?
- Sim. Cinco se tu também quiseres. Agora põe um sorriso no rosto e dá-me um beijo.
- Eu devia matar-te porque eu ainda estava de resguardo e não usaste preservativo, mas a verdade é que não consigo resistir quando apareces à minha frente enrolado numa toalha.
- Ah é? Não sabia depois destes anos todos que bastava uma toalha para te excitar.
- Entre outras coisas.
Os dois riram das parvoíces que diziam.
Nessa noite depois de deitarem as crianças Rodolffo lavou a loiça enquanto Juliette foi tomar banho e vestir a camisola para dormir.Já na cama, lia o seu livro de cabeceira. Rodolffo entrou no banheiro e ela ouviu o chuveiro.
Minutos mais tarde soltou uma gargalhada e por momentos julgou ter acordado as crianças.
Escorado na porta do banheiro, com os cabelos molhados e desgrenhados, estava Rodolffo numa pose sexy, com uma toalha branca envolta na cintura.
FIM