Paixão Secreta.

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Isis narrando.

caminhando até a boca senti o sol arder na minha pele, é a dor de cabeça ficar mais forte. meu Deus, porque fui inventar de beber até cair?

cheguei na boca e TH tava na salinha das drogas, assim que me viu veio até mim. olho seu rosto e vejo o mesmo totalmente bolado.

Isis: qual foi?

TH: sério Isis? - estala a língua. - porra, como que você deixa aquela arrombada entrar no morro?

Isis: TH, não tô com cabeça pra isso. se for me dar bronca me dá depois, morô? - faço um joinha.

TH: se fode Isis. tu sabe o que aquela filha da puta ta fazendo com os morador tudo ai, e ainda quer deixar ela de gracinha aqui? - balança a cabeça em negativo. - desse jeito tu vai perder esse morro é a tua própria cabeça.

Isis: TH, QUAL E A PORRA DO TEU PROBLEMA? - levanto rapidamente da cadeira. - O MORRO SE TORNOU MEU ASSIM QUE AQUELE DESGRAÇADO DO PAI DELA MATOU NOSSO PAI, E EU TO DANDO MEU SANGUE PRA MORTE DELE TER JUSTIÇA.

com raiva saio da boca, sem pensar adentro meu carro preto e saio do morro. suspirei fundo e cantei pneu até o aeroporto. minha avó e meu avô estariam chegando de viajem hoje.

chegando lá, procurei entre a multidão os mesmos. assim que os vi, corri para abraça-Los. eu estava morrendo de saudade deles.

Vô: minha menina. - ouço sua voz abafada em meu pescoço.

Isis: que saudade que eu tava vô. - deixo as lágrimas caírem.

Vô: eu também estava com saudades de você, minha neta. - se afasta.

Vó Lurdes: minha querida, como vão as coisas por aqui? - a mesma segura minha mão.

Isis: bom, acabei de ter uma briga com o Thales. - reviro os olhos. - os pirralhos de vocês dois nunca cresceram.

Vô: só a altura de vocês que mudou mesmo. - rimos.

Vó Lurdes: fia, tô afim de reunir a gente que nem antigamente pra fazer aquele bolinho e aquele café quentinho que vocês adoram.

Isis: nossa vó, que saudade que eu tava de comer suas comidas. - suspiro.

sinto um alívio ao sentir que escapei da raiva, meus avós trás uma paz imensurável à mim. desde pequena que me sinto confortável ao lado deles.

saindo do aeroporto, entramos em meu carro. dei partida até em casa, e sai para ajudar os mesmos.

Vó Lurdes: vixe fia, que casa linda. - olha ao redor.

Isis: ôh vó, não repare muito. - sinto-me invergonhada.

arrumei um cantinho pra ela e o vô ficar. ajeitei suas roupas tudo organizado nos cômodos, e logo fui atraída pelo cheiro de bolo.

corri pra cozinha, tendo um dejavu de quando eu era menor.

dejavu on:
Isis: vovô! - saio correndo.

Vô: vem cá que eu vou pegar vocês dois.

Thales: vovó o vô quer pegar a gente. - diz se escondendo atrás de suas roupas.

Lurdes: ah, mais eu não vou deixar. - ela ri.

Vô: PEGUEI VOCÊ. - diz fazendo cócegas em Isis.

Isis: VOVÓ. - grita em meio às risadas.

Lurdes: anda crianças, venham comer o bolo. - ela carrega até a mesa.

Thales: vovó eu quero o primeiro pedaço.

Isis: não! eu que quero. - Isis é Thales brigam entre si.
dejavu off.

acabo soltando uma risada quando as memórias vem sobre minha mente. olho novamente pra cozinha, e logo após para sala de estar.

vejo meu vô assistindo o jornal e minha vó preparando meu bolo favorito. logo vem o desejo de chorar, e voltar a infância. não quero perdê-los nunca, porém, sinto que a qualquer momento esse dia possa chegar.

balanço a cabeça afastando todo pensamento ruim. acelero os passos, e vou até a cozinha ajudar a vovó com a cobertura de ninho.

alguns minutos depois, ouço a porta de casa ser aberta. em seguida, ouço Thales gritando meu nome. quando a consciência dele pesa, vem que nem bebê chorão pedir desculpas.

TH: ISIS. DESCULPA EU, ISIS.

Vó Lurdes: que gritaria é essa, em? - cruza os braços me olhando.

Isis: pode deixar que eu vou. - digo rindo seguindo o som de sua voz. - fala o que é, TH.

TH: minha irmã querida.. - faz uma pausa dramática vindo até mim. - desculpa por agir daquele jeito com você.

Isis: hum, é o que mais?

TH: eu imagino o quando deve ser difícil pra você a morte do nosso pai, me perdoa por tocar nesse assunto delicado. - diz quase chorando.

sem conter o riso, solto uma gargalhada estranhamente alta. Vó Lurdes aparece atrás de mim, e finalmente posso ver a lágrima de Thales descendo pelo seu rosto.

TH: VÓ? - grita em surpresa.

Vó Lurdes abre os braços o convidando para um abraço. TH sem perder tempo, corre pros abraço apertado de vó.

TH assim que nota a presença de vô, o abraça também. e eu fiquei com ciúmes, é claro.

Isis: dá pra largar eles, por favor? - reviro os olhos.

Vô: olha o ciúmes Isis. - ele ri.

volto para a cozinha pra preparar o almoço, vó fica sentado com o vô e TH. conversando e rindo sobre altas bobagens.

depois de um tempo, terminei e agora estamos sentados a mesa desfrutando da minha boa comida. conversando, Vó Lurdes nos lembra a vez que TH chegou bêbado em casa com uma garota.

Vó Lurdes: lembra daquela vez, que Thales entrou lá em casa quebrando tudo se pegando com uma garota? - ela ri. - mal sabia ela.

TH: para vó!

Isis: nossa, que vergonha TH. - digo após engolir a comida.

TH: ei, você era pior que eu. - arregala as sobrancelhas.

Isis: queria que na época ela soubesse que você era gay. - rimos.

pós almoço, mandei TH lavar as louças com a vó. sentei com o vô no sofá enquanto comia um pedaço de bolo, e apoiei minha cabeça em seu ombro.

como é bom se sentir em casa.

sinto o sofá murchar e vejo TH do outro lado. o mesmo ria ao ver o vô dormindo, e acabei rindo também. molhei a ponta do dedo com ninho e pus em seu nariz. TH bateu milhares de fotos nossas.

depois daquela brincadeira, acabei adormecendo no ombro de vô, com TH não foi diferente.