Aghata narrando.
sai só quarto de Carol e percebi o quanto que doía em mim ver ela assim. andando até a cozinha, percebo que meus sentimentos por ela estão aumentando cada vez mais.
uma imensa onda de choro me invade, porém com minhas últimas forças seguro a mesma. aproveitei fazendo o almoço pra me distrair disso.
depois de uns segundos vejo Carol aparecer na cozinha, ela parece estar curiosa olhando as panelas. a mesma abre um sorriso imediato vendo que preparei sua comida favorita.
ela corre até mim e pulo no meu colo, como é bom sentir seu calor. eu não estava dando conta com o peso de Carol, então, acabei batendo na coitada pra sair.
após ela sair de cima, solto uma gargalhada alta. ela me olha de cima abaixo fazendo careta, e pude perceber o quanto eu sou apaixonada por ela.
Carol me olha estranho e eu logo disfarço o olhar. chamo a mesma pra sentar que eu iria pôr nosso almoço.
que gay, né?
ela se afastou me mim e eu soltei o ar suspirando fundo. ponho a comida de nós duas, e me assento a mesa com ela.
Carol: então.. - diz com a boca cheia. - e aquela mina lá, deu em algo?
Agatha: ah. - eu a olho. - eu perdi a vontade.
Carol: ué, cês tava tão agarrada esses dias. pensei que ela fosse a pessoa certa.
Agatha: não, não. - discordo. - na verdade eu tô de olho em outra pessoa já.
Carol: humm. - ela sorri. - em quem ein?
Agatha: segredo.
eu pisco pra mesma e ela arqueia as sobrancelhas surpresa, abro um sorriso espontâneo e ela acaba rindo também.
tempo depois., 14h07.
agora estávamos deitadas no sofá eu por cima e ela embaixo parecendo desocupadas assistindo dorama. Carol faz carinho com seu polegar em minhas costas e me sinto em uma pequena nuvem.
por mais momentos assim.
alguns minutos depois eu olho para cima e vejo a mesma dormir com a cabeça em pé, engulo o riso na marra e ela acaba acordando.
Agatha: desculpa, não quis te acordar.
Carol: tudo bem. - abre um sorriso.
Agatha: quer ir dormir no seu quarto? - tiro os fones.
Carol: relaxa.
ponho o fone novamente e apoio minha cabeça em sua barriga, rapidamente volto a sentir ela respirando. dou play no dorama novamente, e voltamos a assistir.
muito tempo depois eu levanto sem nenhum movimento brusco, pois Carol estava dormindo de novo.
coloquei um travesseiro em sua cabeça e a olhei dormir por alguns segundos. ela estava tão linda, que me bateu uma enorme inveja de Isis nesse momento.
saio da casa de Carol e vou até a minha, eu estava precisando de um banho. chego em casa, e vejo minha mãe cheirando maconha.
desde que meu pai se foi, minha mãe esteve em depressão profunda. as vezes ela se relembra de que tem uma filha, e de que precisa cuidar de mim.
meu pai morreu faz 5 anos, aquele escroto do caralho. ele sempre bateu na minha mãe, agora que ele se foi por algum momento passou pela minha cabeça que ela iria viver a vida mas não, totalmente o contrário.
ela sai que nem prostituta e fica andando em carro e carro pra conseguir dinheiro. sendo, que posso bancar nós duas juntas.
Milena: oi meu bem, chegou?
Agatha: até quanto tempo você vai se afundar mãe? eu tô cansada de ver você assim, cansada de ter que aturar você todos os dias.
Milena: não aumente o tom de voz pra mim. - ela levanta e vem até mim. - eu sou SUA mãe, e faço o que eu quiser na porra da minha vida.
Agatha: você ta devendo. - viro o rosto. - se você não pagar eu vou ser obrigada a matar você.
Milena: idai? - tenta olhar em meus olhos. - não é você, que está cansada de mim?
Agatha: EU TO CANSADA DE TE VER CANSADA MÃE. VÊ SE ACORDA, PORRA. VOCÊ FICAR ASSIM NAO VAI TRAZER AQUELE TRASTE DE VOLTA. - suspiro me acalmando. - mãe, ele batia em vo..
Milena: CALA SUA BOCA PRA FALAR DO MEU MARIDO. - sinto seu tapa arder em minha bochecha. - ELE ERA SEU PAI, E ELE FAZIA AQUILO POR COISAS ERRADAS QUE EU FAZIA.
Agatha: ok Milena. - limpo as lágrimas que escorrem pelo meu rosto. - desculpa por tentar te alertar a algo que aconteceu já faz tanto tempo que nem você mesma consegue perceber.
Milena: sapatona de merda. - dá um tapa em meu boné fazendo-o cair para trás, enquanto a mesma da um trago em seu cigarro voltando pro sofá.
apanho meu boné do chão indo até o quarto, ao chegar, bato a porta firmemente com força e ouço sua voz abafada da sala.
Milena: PRÓXIMA VEZ QUE BATER ESSA MERDA DESSA PORTA EU VOU TERMINAR DE QUEBRAR EM VOCÊ.
jogo meu corpo na cama e me acabo em lágrimas me sentindo incapaz e insuficiente pra minha própria mãe. poxa, eu só queria o bem dela.
duas horas depois..
saio do banho e vejo minha situação pelo espelho. meus olhos estão totalmente inchados, e minha garganta com uns 15 nó.
visto uma roupa aconchegante e saio pra comer alguma coisa na padaria. geralmente nesses horários eu e Carol come alguma coisinha juntas.
adentro a padaria e vou logo escolhendo algo pra comer. pedi um pão lá com o nome estranho, e um chocolate quente. meu preferido.
me assentei numa mesa em que Carol esteja e após isso, vejo a mesma totalmente concentrada em seu telefone. começo a comer e nem sinal dela perceber minha presença.
Agatha: porra! - olho Carol. - eu tô aqui, ta?
Carol: desculpa. - põe o telefone encima da mesa. - o que aconteceu? seus olhos estão avermelhados e inchados.
Agatha: limpa a barra da Milena pra mim, favor?
Carol: mano, hoje é a quinta vez que ela pega droga e não paga. - balança a cabeça em negativo. - vem na transparência parça.
Agatha: minha mãe ta doente caralho. a cada dia ela fica mais viciada e o motivo dela fazer isso é porque quer esquecer da minha existência.
Carol: Agatha..
perco o apetite e saio da padaria indo pro topo do morro. chegando, sentei-me no chão observando a paisagem da praia.
porra que saudade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Paixão Secreta.
FanfictionCarol e Isis são donas de morro rivais. Carol sempre teve uma quedinha por Isis, porém ela entendia que as duas não poderiam ficar juntas. por motivos de muita ganância, Isis insiste em vingar e fazer justiça pela morte dos seus pais. antes de Carol...