Buco? Cheguei

86 8 47
                                    

Yay! Mais um capitulo da festa!!!

pq é o q eu tenho escrito mais esses dias~  estou mais na vibe de coisas leves e tals, por isso esta fic e nn outra~ no momento

____________________





— Buco? Cheguei. — Bahia anunciou abrindo a porta de casa. — Buco? — Procurou o namorido onde o olhar alcançava. Escutou alguns ruídos vindos da cozinha, ele estava lá. — Buco. Preciso falar com você meu rei.

Adentrou o ambiente e encontrou-o sentado de costas para a porta e apoiado pesadamente na mesa com uma garrafa de cachaça à sua frente. Isso não era um bom sinal, ele só fazia isso quando o assunto era sério ou delicado demais. Mas a negra já tinha suas suspeitas do que poderia ser.

— Eu também preciso falar com você minha nega. — Murmurou tropeçando as palavras e a olhando de esguelha. — Mas precisei de um incentivozinho. — Mostrou o copo que segurava. — Uma dose de coragem líquida.

— Ôh Buco. — Ela se aproximou e apoiou a mão em seu ombro. Sabia que era brava, mas não gostava de ver seu homem com tanto medo de lhe pedir as coisas.

— Promete que não vai ficar zangada? — Pediu baixinho finalmente a olhando mais diretamente.

Bahia rodeou a mesa e ocupou um lugar perpendicular dele e pegou em sua mão respirando fundo. Se preparando. Mesmo tendo suas suspeitas ainda não tinha certeza do assunto, deixaria ele falar.

— Fale meu rei.

O maior virou o copo que tinha em mãos e enfim pediu.

— Tem uma festa que os minino tão organizando.... — Murmurou desviando o olhar. — Mas não é uma festa qualquer.... É-é uma suruba. — Fechou os olhos com força e se encolheu como que esperando apanhar.

Ela estava certa, era sobre aquilo mesmo. Ficou em silêncio, não sabia exatamente o que falar. As reações tão submissas dele a entristeciam também, não percebia ser tão brava desse tanto.

Pernambuco a espiou temeroso, se era pra apanhar ela estava demorando demais. Bahia suspirou pesadamente e audivelmente, agarrou a garrafa de cachaça dele e virou, bebendo do gargalo uma grande quantidade.

O homem arregalou os olhos surpreso, ela não fazia aquilo nunca. Viu-a depositar a garrafa de volta na mesa com força e olha-lo agressiva.

— Peça. — Mandou.

O pernambucano abria e fechava a boca sem conseguir processar o que estava acontecendo. Até que enfim juntou os caquinhos de coragem e ousadia que conseguiu.

— E-eu quero ir. — Falou rápido se encolhendo novamente. Diante do silêncio a espiou e complementou. — Posso?

— Não. — Viu a mulher virar novamente a garrafa. — Não sozinho. — Respondeu desviando o olhar constrangida.

O queixo do maior pendia solto, não estava mesmo acreditando naquilo. Devia ser alucinação da bebedeira. Só pode.

— Eu s-sei o que é querer ir nessas festas. — A mulher continuou falando, o álcool soltou sua língua. — Só pela diversão. — Bebeu mais um pouco. — Lembro que foi por isso que fiquei com Portugal. — Apontou o dedo para ele. — Na mesma época que tu ficasse com a Angola.

Silêncio. A negra encarou sua cara metade, agora com uma expressão de dúvida no rosto.

— Mas eu nunca fiquei com Angola minha nega.

A "festa" [Hiatus]Onde histórias criam vida. Descubra agora