A-do-re-i!

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— E essa é a ideia. — Rio finalizava a explicação para Tocantins.

— A-do-re-i! — O menor quase saltitava no lugar. — Pode apostar que eu vou convencer o Mapá!

— Demorô menó. — O carioca trocou um toque de mão estalado com o nortista. — Porra! — Exclamou animado. — Agora é só passar lá no Sul pra colocar o nome na lista valeu?

— Pode deixar! Vou fazer isso hoje ainda. — Se virou querendo ir embora agitado. — Com o Mapá!

Rio de Janeiro estava definitivamente mais alegre, os planos estavam funcionando! Chegou a hora de convencer São Paulo, se conhecia o menor ele seria um pouco difícil. Se já tinha que conversar e adular quando eram só os dois, imagina pra uma festa daquele tipo?

Seu sorriso enfraqueceu um pouco. Suspirou fundo e rumou para a própria sala. Iria incomoda-lo até o último fio de cabelo se necessário fosse, prometeria o mundo e a lua também.

O carioca chegou na sala do sudeste e encontrou somente Espírito Santo em sua própria mesa, imediatamente lembrou do que Pernambuco lhe contara, que o Acre gostava dela. Sorriu maroto se aproximando da mulher.

— Falaê Santinha. — Sentou em sua mesa claramente exigindo atenção. — Tudo certo?

— Iaê Rio! — Ela respondeu simpática e fofa como sempre. — Tudo sim! Adiantando uns documentos aqui. E tu?

— Tô benzão. — Não conseguia esconder o sorriso animado. Nem suas intenções. — Santinha, o que tu acha do Acre?

Ela engasgou, precisou tossir e finalmente ficou vermelha de vergonha.

— Q-que tipo de pergunta é essa Rio....! N-normal pô, ele é legal. — A mulher desviava o olhar para todos os cantos do ambiente.

— Sei, sei... — O carioca fingiu que não tinha visto toda a reação exagerada dela.

— P-por que a pergunta?

— Ah, nada não.... É que eu ouvi umas coisas aí sacou?

RJ fez charme esperando que ela perguntasse.

— Q-que tipo de coisa? — Santinha murmurou baixinho tentando esconder o interesse dela.

— Ah, nada de mais. Só um rumor de quem que ele goxsta.... — Falou como quem não quer nada analisando as próprias unhas, "distraído". Lançou um olhar para ela vendo a garota extremamente inquieta e nervosa em sua cadeira. Ela não perguntaria. — Parece que é tu.

Lançou a informação observando atento e divertido toda a montanha russa emocional da amiga. Quando ela finalmente pareceu estabilizar tinha o rosto corado ao extremo e um sorrisinho persistente nos lábios. Tentava tapar o rosto com as mãos.

— A-a-acho que não.

— Coé. Por que não? Se pá é verdade pô.

— Cê acha....?

— Por que não seria? — Bagunçou um pouco seu cabelo num afago não muito delicado ou suave. — Cê é uma gracinha Santinha. Se eu não tivesse com o Sampa até eu te pegava pô.

ES tirou a mão dele de cima de si com um tapa e o olhou afiada, aquilo não era exatamente o melhor dos elogios. Ainda tinha o rosto incandescente.

— Você não é parâmetro idiota!

Rio de Janeiro se levantou de seu lugar se afastando e rindo alto, era sua hora de ir embora, deixaria a amiga pensar em tudo aquilo sozinha, já tinha feito a sua parte. Agora precisava ir atrás de São Paulo convencê-lo da festa. Onde mais ele poderia estar....?

A "festa"Onde histórias criam vida. Descubra agora