Ethan Castellani Montenegro
Em plena manhã nublada de sábado eu acordei destruído. Sem dúvidas eu acho que passou um trator por cima de mim ou talvez seja apenas os efeitos do banho de chuva e lama de ontem.
Depois de deixar Aaron na sua casa eu voltei correndo para a minha. No momento em que eu cheguei, tirei apenas a roupa molhada, vesti uma seca, dei boa noite para os meus pais e fui dormir.
Agora, neste exato momento, minha mãe está enchendo o meu saco para levantar. Não creio que na cabeça dela acordar 12h42 é tarde! No mínimo eu deveria acordar 16h para recuperar o sono atrasado.
― Ethan, acorda ou você vai direto pro necrotério! ― berrou minha mãe escancarando a porta. O barulho estrondoso da porta fez minha cabeça doer mais ainda. Além de, é claro, os berros da mulher loira na minha frente. Enfiei um dedo no ouvido e movimentei lá dentro, esperando que a dor que o barulho tinha feito passasse.
Fuzilei minha mãe com o olhar, a mulher balançou a cabeça negando minha falta de vontade em levantar daquela cama. Mas minha cara de cu não foi o suficiente, a mulher continuou falando, não apenas isso, ela abriu a cortina e começou a puxar o lençol em que eu estava enrolado.
Cristina, minha mãe, é uma mulher doce, agradável e linda, mas sabe como ser um pé no saco quando quer. Já meu pai é um cara relaxado, moreno e que sempre fez sucesso entre as mulheres com seus músculos.
Meu pai, com 39 anos, é personal trainer e minha mãe, com 40 anos, é investigadora particular. Ambos com boas qualidades de vida e que conseguiriam viver de forma independente facilmente, mas o amor os juntou. Felizmente, ou infelizmente, é tanto amor que eu enjoo de olhar para eles na maioria das vezes. Que caralho! Quem precisa se beijar a cada 7 segundos?!
Vendo que eu jamais conseguiria tirar mais 10 minutos para ficar na cama, eu me dei por vencido, aceitando a cruel realidade de me levantar de um colchão fofo e maravilhoso para hibernar.
Depois de uma rápida higiene matinal eu deixei meu quarto. Desci as escadas e vi meu pai à mesa com um sorriso de orelha a orelha. A mesa já estava servida para o almoço, mesmo que eu tenha acabado de acordar.
― Como cês se animam tanto assim em uma manhã de sábado? ― perguntei ao homem sentado à mesa. Luke, assim que notou minha presença, deu um leve sorriso e negou com a cabeça indignado. ― Nem vem falar de horário! ― disse antes que ele falasse alguma coisa, meu pai fechou a boca antes que dissesse qualquer coisa.
― Olha como fala com seu pai em, Ethan. ― berrou a minha mãe em um cômodo ao lado. Bufei e revirei os olhos, meu pai apenas deu uma risada sarcástica.
A comida na mesa me chamava com os olhos, mas eu não queria frango assado como café da manhã. Decidido a comer algo mais leve, fui em direção à geladeira e tirei o leite para tomar com cereal.
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Mandante do Amor (Romance Gay)
Fanfiction"― Você sabe que não quer se afastar... Mas vai lá! Tenta e se fode. ― eu disse, mas Aaron estava atônito, seus punhos cerrados e seu cenho franzido expressavam sua clara fúria. Sua voz, rouca e trêmula, refletia o ódio que fervia dentro dele. O sil...