George Jones
Austin, o garoto ao meu lado, estava com um cigarro em uma das suas mãos, o garoto estava em uma das suas vibes de sempre, do estilo maconheiro fumante. Já outros garotos da roda estavam apenas algumas garrafas de bebidas que sempre tomamos no intervalo para aliviar.
Alguns dias da semana nos reunimos no campo para fumar e apenas beber enquanto todos matamos nossas próximas aulas. Apesar de ser um pouco arriscado de sermos flagrados, nunca houve nenhum problema.
Estávamos atrás das arquibancadas, quase que escondidos quando passou uma mulher pela gente, a senhora julgou nossas almas até que parou seu andar e começou a nos encarar.
― Algum problema? ― perguntei a velha que nos encarava. Ela confirmou com a cabeça e se aproximou da roda.
― Vão fumar fora da escola, olha o tanto de crianças a alguns metros daqui... Jovem é tudo igual mesmo. ― o grupo deu uma risada besta da velha e ela nos encarou mais feio ainda. Ela intercalava seu olhar entre a nossa roda e as crianças que brincavam na grama ao longe.
― Eu já tive a idade de vocês, sei como é essas brincadeiras. Na minha época eu era assim, já hoje eu me arrependo. ― a mulher de cabelos com alguns fios grisalhos e pretos disse novamente, os garotos da roda reviraram os olhos.
― Na época da pré-história tinha essas velhas chatas também pra atrapalhar? ― Caleb, um garoto do time de futebol, questionou de forma sarcástica para a mulher.
― Vocês não tem mais respeito mesmo, em meu filho. ― disse-nos a velha, Caleb deu as costas como se pouco se importasse e voltou a nos encarar.
A mulher pegou o celular e, aparentemente, começou a gravar um vídeo das crianças jogando no campo, em seguida, direcionou a câmera do celular para a nossa roda. Xavier e Austin riram da mulher e mostraram o dedo médio para a câmera.
Alguns instantes depois, a velha deu um sorriso convencido e saiu andando em direção ao gramado onde os meninos estavam jogando.
Austin estava estacionando seu carro nos arredores da escola, assim que o garoto estacionou o carro nós dois descemos. Ele estava com sua cara de sempre, com zero vontade de estudar e com toda vontade de fumar, mas isso é normal, principalmente com ele.
Caminhávamos em direção ao gramado principal da entrada da escola, mas antes que pudéssemos chegar próximos, Colton se aproximou. O garoto parecia desesperado com alguma coisa.
― Que que deu em ti? ― eu disse quando finalmente Colton se aproximou. Colton balançou a cabeça freneticamente e pegou seu celular.
Colton rolava a tela no celular em uma conta do Instagram, seu olhar desesperado e preocupado me deixava mais ainda apreensivo. Então, assim que Colton virou a tela do celular e nos mostrou o vídeo eu entendi a preocupação do moleque.
O vídeo é daquele dia em que estávamos fumando e bebendo no intervalo perto do campo da escola, seguido por uma legenda emotiva.
"Agora eu pergunto pra vcs mães, olha no nivel desses escolas, como agente manda nossos filhos e filhas pra um lugar desses sem se preocupa. O que o prefeito faz com esses coisas, nada né, pq ele n ve Até pq eles e estudante e ta fazendo uma coisa desses ainda dentro da escola e aa diretora os funcionario nao faz nada a respeito, tem que ter gente dura e firme pra essas coisas de escola e marmanjão"
Diferente do que eu pensava, o perfil que postou o vídeo era de outra mulher, não da mesma velha daquele dia, mas sabíamos que foi a velha que gravou e provavelmente os perfis estão republicando.
― Querem saber da pior? ― ambos negamos com a cabeça, mas Colton continuou a falar. ― O prefeito tá aí conversando com a diretora. ― disse-nos Colton guardando seu celular no bolso.
Austin estava tranquilo como se aquilo fosse normal. Mas eu não, eu estava aflito e quase que, digamos, tremilicado com o que poderia nos acontecer, já que a diretora provavelmente ia identificar quem foi por meio dos vídeos... Então, podemos concluir que provavelmente estamos fudidos.
Só sei que quando meu pai descobrir ele vai me espancar até a morte ou até pior, ele vai me mandar para morar com a minha tia!
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Mandante do Amor (Romance Gay)
Fanfiction"― Você sabe que não quer se afastar... Mas vai lá! Tenta e se fode. ― eu disse, mas Aaron estava atônito, seus punhos cerrados e seu cenho franzido expressavam sua clara fúria. Sua voz, rouca e trêmula, refletia o ódio que fervia dentro dele. O sil...